Resumo metodologia do trabalho cientifico
Por: jusena • 5/4/2016 • Resenha • 1.575 Palavras (7 Páginas) • 450 Visualizações
André Ferri;
Flávia Emanuelle Soares;
Franciscarla dos Santos;
Josilene Rodrigues Muniz;
Juliana Sena.
RESUMO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DA DISCENTE ANELISA PERTICARRARA CANIVAROLO. TEMA: MOVIMENTO ESTUDANTIL DE SERVIÇO SOCIAL E A SUA CONTRIBUIÇÃO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO QUE SE REFERE À COMPETÊNCIA ÉTICO-POLÍTICA.
Trabalho para obtenção de nota da Disciplina de Metodologia do Trabalho Cientifico, 1° Semestre do Curso de Serviço Social, oferecido pela Universidade Federal de Mato Grosso.
Professora: Marluce Aparecida Souza e Silva.
CUIABA
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIA HUMANAS E SOCIAL
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
André Ferri;
Flávia Emanuelle Soares;
Franciscarla dos Santos;
Josilene Rodrigues Muniz;
Juliana Sena.
RESUMO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DA DISCENTE ANELISA PERTICARRARA CANIVAROLO. TEMA: MOVIMENTO ESTUDANTIL DE SERVIÇO SOCIAL E A SUA CONTRIBUIÇÃO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO QUE SE REFERE À COMPETÊNCIA ÉTICO-POLÍTICA.
Trabalho para obtenção de nota da Disciplina de Metodologia do Trabalho Cientifico, 1° Semestre do Curso de Serviço Social, oferecido pela Universidade Federal de Mato Grosso.
Professora: Marluce Aparecida Souza e Silva.
CUIABÁ
2014
O Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pela discente Anelisa Perticarrara Canivarolo, exposto como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social, oferecido pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), sob orientação da Professora Doutora Izabel Cristina Dias Lira, foi realizado através de pesquisa exploratória obtida por meio de entrevista semiestruturada junto aos discentes do Curso de Serviço Social, levantamento bibliográfico de textos, artigos, monografias e documentos produzidos em encontros estudantis entre outros. Através dessa Pesquisa Analisa Perticarrara identifica a contribuição do Movimento Estudantil de Serviço Social na construção da competência ético-política na formação profissional, bem como faz uma análise da visão dos alunos do curso de Serviço Social do ano de 2011 em relação à esta contribuição e ainda, o que os leva a integrar ou não a estes Movimentos. A autora demonstra através dessa pesquisa o percurso que o Movimento Estudantil, Movimento Estudantil de Serviço Social fizeram correlacionando estes movimentos ao contexto histórico do Brasil num período que vai desde a criação da União Nacional dos Estudantes no ano de 1937, até os dias atuais. Para isso, Anelisa descreve a Trajetória dos Movimentos Estudantis inserida num período de grande agitação política no Brasil, retratando momentos decisivos para a história deste País. Citamos alguns a seguir: A instauração do Estado Novo com Getúlio Vargas na Presidência no mesmo ano em que foi criada a União Nacional dos Estudantes (UNE), que a partir de 1938 ganhou legitimidade como órgão máximo de representação dos estudantes e mais tarde mobilizou estudantes, trabalhadores e políticos contra o nazifascismo e contra o "Estado Novo"; Hegemonia do Partido Socialista no período de 1947 a 1950, momento que ocupa posição de luta pela liberdade econômica do país, e que os estudantes que participavam do Movimento Social por conta da campanha "O Petróleo é nosso", sofrem repressão policial; "Período Negro ou Policial", conhecido também como "fase direitista", apontada por um retrocesso na participação política e também pelos métodos antidemocráticos, período que ocorreu uma crise no Movimento Estudantil ocasionando uma divisão de seus membros entre a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que foi superada após os estudantes progressistas saírem em protestos contra o alto custo de vida, passagem de bonde e outros durante o governo de Juscelino Kubitscheck; A desistência de Jânio Quadros da Presidência da república em 1961 e a posse de seu vice João Goulart, com um certo fascínio pelos princípios políticos dos países comunistas, o que causou relutância dos militares; A UNE propunha a Reforma Universitária, dentre outras mudanças sociais; "Greve de um terço", Movimento Estudantil que visava direito ao veto nos órgãos colegiados, congregações e conselhos universitários, a qual teve avaliação negativa pela própria UNE, que criou diretrizes para nortear os Movimentos afim de que isso viesse a esclarecer a respeito da Reforma Universitária, ocasionando união entre Movimentos Populares e Movimentos Estudantis; A UNE propunha o fim do vestibular como uma ação relevante para democratizar o ensino superior; A queda de João Goulart da presidência da República causada pelo Golpe Militar de 1964, cujo momento era de repressão e censura gerando uma relação conflituosa entre estudantes e governo. O prédio da UNE foi incendiado e os documentos do Centro Popular, destruídos. Nesse ínterim, em 1968 os militares assassinam o estudante Edson Luis, então a população se une aos estudantes e saem em passeata, músicos populares escrevem canções em protesto; No mesmo ano os Militares invadem um congresso da UNE que ocorrera na cidade de Ibiúna-SP e prendem a maior parcela de congressistas e líderes, de forma que o movimento fora desarticulado. Neste ano o Governo Militar instaura o Ato Institucional nº 5, o qual invalidou direitos políticos e dessa forma culminou com a alienação da Universidade em detrimento ao povo; No fim da década de 70, com os primeiros sinais de enfraquecimento do regime militar, a UNE dá início a um processo de reestruturação; Em 1978, é realizado o Encontro Nacional dos Estudantes de Serviço Social (ENESS), que a partir daí passa a ser realizado todos os anos e os debates eram estruturado sob a perspectiva de conjuntura, Movimento Estudantil, Universidade, cultura e formação profissional.Nesse contexto surgem os novos Movimentos Sociais, os quais analisavam o cotidiano numa perspectiva de reivindicação e formação da liderança. Em 1988, é criada uma Subsecretaria de Estudantes de Serviço Social na UNE (SESSUNE), e então o curso de Serviço Social avança ao refletir sobre a direção social da profissão; Em 1992, em mais um marco histórico para o país e para os Movimentos Sociais, o Movimento Estudantil aparece como articulador da campanha pró-impeachment "Fora Collor", nesse período também foi elaborado o anteprojeto da "Campanha Nacional pela reestruturação da formação profissional", o qual teve grande relevância para o Movimento Estudantil de Serviço Social pela construção metódica de propostas palpáveis de intervenção e também pela memória histórica. Em 1996, a ENESSO, ABEPS e o CFESS/CRESS apresentam a proposta das novas diretrizes curriculares para o curso de serviço social, uma ação expressiva dessas entidades e de relevância ímpar para a formação profissional do discente do Curso de Serviço Social. A coerência do novo currículo passa a ser um requisito ético para o profissional e estudante de Serviço Social, bem como um desafio político para que a Universidade venha a cumprir com o papel empenhado à formação da cidadania plena e crítica. Para uma formação profissional conexa com o projeto ético-político do Serviço Social, salienta-se o apoio do chamado tripé: Ensino, pesquisa e extensão. Anelisa Perticarrara aponta a participação da UFMT na história dos Movimentos Estudantis e destaca a expressividade dos Movimentos Estudantis de Serviço Social realizados no Estado de Mato Grosso, pela troca de informações e experiências entre os estudantes e a oportunidade de relacioná-las ao trabalho, questão social, formação profissional, movimentos sociais, cultura, cidadania, direitos e política social, denominando-os como Movimentos de natureza político-formativa e científica. Esses eventos incidem em táticas para a sustentação do Movimento Estudantil de Serviço Social, colaborando assim para a formação profissional, objetivando ações combativas, reflexivas, criativas, críticas e propositivas. Delibera em relação as demandas que orientarão os atos da ENESSO e desta forma oferta sua contribuição para a formação política, visando uma sociedade livre de alienação, desfazendo da lógica capitalista. O Movimento Estudantil é formado por sujeitos políticos os quais contestam a "ordem" imposta pelo Capitalismo e é imprescindível a participação dos discentes para que haja construção da visão crítica, ética e política do futuro profissional. O crescimento das escolas privadas e cursos à distância ameaça uma educação de qualidade, no sentido de formar profissionais alheios a esta construção pois a maior parte desses estudantes são também trabalhadores, os quais se dividem entre a jornada do cotidiano e a própria formação, não permitindo dessa forma o engajamento dos mesmos nos Movimentos Estudantis. Através da pesquisa exploratória que se deu buscando resposta aos questionamentos entre os discentes da UFMT, 80% dos entrevistados eram do sexo feminino, a metade dos entrevistados haviam participado de grupos religiosos, o que nos leva a acreditar que existe aí uma relação do Curso de Serviço Social com a tradição confessional, a qual acompanhou o curso por muito tempo. Os estudantes da UFMT, os quais participaram desta pesquisa são em proporção participantes do Movimento Estudantil e outra não participantes destes movimentos. Os não participantes do Movimento quando indagados sobre a implementação do novo currículo do Curso de Serviço Social da UFMT, afirmaram ter conhecimento sobre o assunto, porém pode ser notado através de seus discursos que apresentam uma visão equivocada sobre as diretrizes de bases sendo esta visão formalista e reduzidas a matérias e disciplinas e é justamente aí que se encaixa a ruptura da nova lógica curricular, que se propõe a desfazer esta visão e à construção permanente de conteúdos teóricos, culturais, éticos, políticos e se compromete com uma formação de qualidade.Os estudantes que participam do MESS, indicam estas diretrizes como contribuição para uma formação pautada em posicionamento político e valores éticos, confirmando o valor destes para a formação ético-política dos futuros profissionais. Sendo assim a conclusão que se observa é que o Movimento Estudantil de Serviço Social, instrumento de lutas que desperta nos estudantes a vontade de fomentar discussões acerca da formação profissional, contribui de forma sistemática a esta formação, direcionando estas discussões ao campo cultural, ideológico de projetos cotidianos da vida universitária e pela aliança com outros segmentos a partir da conceituação do ambiente acadêmico como um local de intervenção e disputa.
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