Síntese Crítica Sobre o Posfácio de Tempos Líquidos
Por: petit gatona • 4/4/2020 • Trabalho acadêmico • 540 Palavras (3 Páginas) • 157 Visualizações
O posfácio de Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman, é uma obra que se utiliza
de várias comparações, exemplos e metáforas e que se enriquece com a ideia de vários
autores para que, por fim, possa se formar o objetivo central do texto, que é basicamente
fazer-se entender o que é e qual o papel da sociologia - não só a ortodoxa, mas também a
sociologia feita na e para a modernidade líquida.
Para dar início a sua linha de raciocínio, de uma maneira introdutória o autor fala
sobre o historiador e o poeta e suas semelhança. Eles possuem tarefas parecidas: eles
descobrem. É como se os dois destruíssem uma muralha atrás da qual se esconde algo que
sempre esteve lá, nenhum deles realmente inventa a história ou a poesia, eles mostram o que
já existe, o que já existiu. Ao decorrer da leitura, nota-se que esse poeta pode ser, na verdade,
o pesquisador social, esse que, seguindo a sociologia, estuda e nos mostra, sem verdades
absolutas, os fatos e a realidade.
Seguindo o texto, Bauman apresenta uma frase de Alfred de Musset que diz que os
“grandes artistas não têm pátria”, ou seja, não possuem um país fixo. Trabalhando em cima
dessa frase, Bauman cita alguns autores, como Juan Goytisolo e Jacques Derrida. Ambos os
autores viveram em alguns países além do seu país natal: o romancista espanhol Goytisolo
morou durante anos na França e nos Estados Unido, bem como o filósofo Derrida. Após
contar um pouco do pensamento e das experiências desses autores, Bauman nos apresenta a
principal mensagem que os dois têm em comum: a ideia de que a arte não tem pátria está
equivocada, pois a verdade é que a arte e os artistas podem e devem ter muitas pátrias, o
segredo é estar à vontade em todas elas, o segredo é estar à vontade em vários
universos.
Na próxima etapa do texto, Bauman fala sobre a ideia de “território
flutuante”, de Michel Maffesoli, onde “indivíduos frágeis” encontram uma
“realidade porosa”. Resumidamente, é como se esse “flutuamento” fosse uma
sociedade multicultural - como essa em que vivemos - onde só se adaptam à elas
pessoas ambíguas, fluidas, num estado de permanente transformar-se, em um
estado de constante auto transgressão. Essa sociedade não consegue se fixar no
chão - e esse chão, por sua vez, pode ser exemplificado como uma sociedade
monótona, sem transformações - então, a “cidade flutuante” flutua,
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