SAÚDE MATERNO-INFANTIL: INDICADORES CLÍNICOS DA SAÚDE MÃE-BEBÊ
Por: Thales • 1/6/2020 • Trabalho acadêmico • 3.256 Palavras (14 Páginas) • 1.336 Visualizações
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
Projeto Integrador:
SAÚDE MATERNO-INFANTIL: INDICADORES CLÍNICOS DA SAÚDE MÃE-BEBÊ
Beatriz Solange S.S. Santos RA: 2217102492
Claudenice Barbosa Amorim da Rocha RA: 2217104479
Daniel Moraes de Oliveira RA: 0918110067
Larissa Lizzieri Alcântara Cruz RA: 2217102220
Niriane Vanderni Nascimento RA: 2217102812
Rafaelli Iris Silva RA: 2217113061
Raquel Pereira Mendes Silva RA: 2217102361
Sheila Borba Rodrigues Gonçalves RA: 2217111071
Sthefany Arcanjo de Paula RA: 2217102579
Thales Amaral Silveira RA: 2217113298
Sala 423 Turma 5º B
Professora Orientadora: Dra. Margarete S. Marques
SÃO PAULO
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 2
2 OBJETIVO 5
3 JUSTIFICATIVA 6
4 MÉTODO 7
5 ENTREVISTA SEMI DIRIGIDA 8
6 DISCUSSÃO 11
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 13
8 REFERÊNCIAS 14
INTRODUÇÃO
No decorrer de vários séculos o papel social dado à mulher e a maternidade passaram por muitas transformações sociológicas. Segundo GRADVOHL (2014), na idade média a família era constituída apenas com interesses econômicos, e, portanto os filhos gerados a partir desses casamentos arranjados tinham a finalidade de manutenção dos bens e criação de herdeiros para as riquezas da família. Neste contexto a maternagem e o cuidado das crianças eram negligenciados, e por essa razão a mortalidade infantil e crianças jogadas a própria sorte eram comuns, pois a criança era vista como um “pequeno adulto” que não necessitava de cuidados especiais.
Ainda segundo GRADVOHL (2014), essa visão da criança mudou com o desenvolvimento do capitalismo. A maternidade e maternagem passaram a ser vistas como um dever patriótico, onde as mães eram vistas como responsáveis pelo futuro da nação, criando futuros bons cidadãos trabalhadores e úteis à sociedade, pois para o sistema capitalista o aumento da população também estava associado ao enriquecimento. Para os pais, cabia o dever de sustentar a mulher e os filhos. A partir desse momento, criou-se uma pressão social para que as mulheres se tornassem mães, e as que não podiam ter filhos ou simplesmente não os queriam eram vistas socialmente como inadequadas, pois naquela época era muito presente o mito do instinto materno associado às mulheres.
Com o início do movimento feminista, Simone Beauvoir despertou a sociedade de 1949 reflexões sobre a condição feminina e aos lugares e papéis sociais dados a condição feminina no ocidente. Beauvoir refutava a ideia de instinto materno, e discutia como essas representações restringiam a maternidade como a única atividade em que uma pessoa do sexo feminino poderia ter. Com sua ideia de que “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, em sua obra “O Segundo sexo”, apontou como características tidas como exclusivamente femininas, eram na verdade, construções históricas apoiadas ao papel de gênero dado as mulheres naquela época. (EMIDIO, 2011).
Na atualidade, (EMIDIO, 2011) descreve que ainda que tenham ocorridos grandes mudanças sócio históricas no que se diz respeito ao ideal de maternidade, (com as novas constituições de família), e ao papel social da mulher, podemos ainda afirmar que mulheres que declaram não desejar tornar-se mãe ou ainda que digam sofrer devido ao desgosto pela maternagem apesar do amor pelo filho, são vistas com reprovação, como se não estivessem obedecendo às regras biológicas, ou até mesmo a teoria fomentada pela psicanálise freudiana de que o tornar-se mulher se dá pela via da maternidade, como continua busca pelo falo ausente. EMIDIO (2011) também acrescenta que muitas mulheres escolhem não ter filhos, pois a maternidade coloca em conflito muitas questões de identidade, pois ameaça a mulher em sua profissão, sexualidade, liberdade e prazeres.
EIZIRIK e BASSOLS (2013) analisam o quanto a sociedade ainda incentiva a maternidade desde a infância das meninas, nas brincadeiras de boneca onde o brinquedo que representa um “bebê” precisa ser alimentado e acalentado, assim como nas brincadeiras que ensaiam a futura dona de casa, cozinhando, lavando e cuidando do lar.
EIZIRIK e BASSOLS (2013) acrescentam ainda que para a comunidade familiar a gravidez é sempre um evento importante, enquanto para a mulher é cansativo fisicamente e emocionalmente. A mãe atravessa momentos de ansiedade e depressão. Pode ter alterações de sono, fobias relacionadas ao medo do parto, fantasias relacionadas a seu corpo, medo de as anomalias e doenças do feto, medo da morte, e de sua vida pessoal e conjugal (se for o caso) após o nascimento de seu filho.
Há conjuntamente as diversas mudanças hormonais e corporais, durante a gravidez e posteriormente no puerpério (pós-parto) onde é comum sentimento de tristeza, insuficiência, medo, ansiedade que pode culminar no chamado baby blues, (uma espécie de depressão pós-parto leve), na própria depressão pós-parto ou até mesmo na psicose pós-parto. (EIZIRIK e BASSOLS, 2013).
Outro aspecto importante, que vale ser ressaltado é a dificuldade que algumas mães encontram em amamentar seus bebês recém-nascidos.
“É reconhecido ser o curso da amamentação ao seio especialmente importante para a pequena criança, pois de suas boas ou más experiências ao seio elas desenvolvem várias atitudes emocionais para com a mãe, bem como atitudes para com a maneira de receber alimentos ... a amamentação ao seio que decorre com sucesso exerce influência favorável no desenvolvimento emocional futuro da criança” (Middlemore, 1941/1974 p. 29).
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