Seminários de Pesquisa - Modelo de Projeto de Pesquisa

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Projeto de Pesquisa

Tatiana Vieira Rossato

1. Tema

Orientação para prevenção do suicídio na cidade de Bento Gonçalves.

2. Problema

- Transtorno mental, é o motivo maior que tem levado as pessoas a enfrentarem o medo da morte e cometerem suicídio?

3. Hipótese

- Transtorno mental, é o motivo maior que tem levado as pessoas a enfrentarem o medo da morte e cometerem suicídio.

4. Objetivo

Orientar as pessoas com potencial suicida e evitar o número crescente de suicídio na cidade de Bento Gonçalves.

6. Referencial teórico

Milhões de pessoas morrem por ano por diversas causas. E um dos maiores medos do ser-humano é a morte. Mas se o maior medo é da morte, por que as pessoas cometem suicídio?

        A resposta mais obvia seria porque está “louca”, seria isso mesmo? No decorrer deste trabalho veremos se o transtorno mental é a maior causa que tem levado as pessoas a enfrentarem o medo da morte e cometerem suicídio.

De acordo com Santana (2014) a palavra “suicídio (etimologicamente sui = si mesmo; - caedes = ação de matar), significa morte proposital”, desejo de escapar de uma situação de sofrimento intenso e por isso decide tirar a própria vida.

 Lucena Carlos (2010 apud DURKHEIM,1897, p. 298) o “suicídio é todo o caso de morte provocado diretamente ou indiretamente por um ato positivo ou negativo realizado pela própria vítima e que ela sabia que devia provocar esse resultado"

Então, o suicídio é um ato intencional provocado pela pessoa, é uma maneira de fugir da situação, seja qual for o motivo. Enquadram-se nesta lista de suicidas: adolescentes, homens, mulheres, e idosos, a classe social independe assim como gênero e cor, e os tipos de suicídio Segundo Cabral João Francisco P. (2011, apud DURKHEIM, 1980) são três.

Suicídio egoísta -  é aquele em que o ego individual se afirma demasiadamente face ao ego social, ou seja, há uma individualização desmesurada. As relações entre os indivíduos e a sociedade se afrouxam fazendo com que o indivíduo não veja mais sentido na vida, não tenha mais razão para viver;

Suicídio altruísta - é aquele no qual o indivíduo sente-se no dever de fazê-lo para se desembaraçar de uma vida insuportável. É aquele em que o ego não o pertence, confunde-se com outra coisa que se situa fora de si mesmo, isto é, em um dos grupos a que o indivíduo pertence. Temos como exemplo os kamikazes japoneses, os muçulmanos que colidiram com o World Trade Center em Nova Iorque, em 2001, etc.;

Suicídio por anomia - é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade social não seja mantida. Em uma situação de crise econômica, por exemplo, na qual há uma completa desregulação das regras normais da sociedade, certos indivíduos ficam em uma situação inferior a que ocupavam anteriormente. [...] fazendo com que, [...] os índices desse tipo de suicídio aumentem. É importante ressaltar que as taxas de suicídio altruísta são maiores em países ricos, pois os pobres conseguem lidar melhor com as situações.

O suicídio ocorre em todo lugar estima a cada ano a taxa de suicídios, em todo o mundo, tenha alcançado o resultado de “16 óbitos por 100.000 habitantes. Isso significa um suicídio a cada 40 segundos". (NOGUEIRA, 2013 apud WHO, 2002).

De acordo com Nogueira Ricardo de campos (2013, apud WHO, 2013) “o Brasil são cerca de 25 mortes por dia, totalizando em torno de 9.000 mortes ao ano que representam um aumento de 43% nos últimos 25 anos. Em 2009, por exemplo, a taxa de mortalidade por suicídio no Brasil foi de 5,5 por 100.000 habitantes”. “Por outro lado, o país está entre as dez nações com maior número absoluto de mortes por suicídios” (NOGUEIRA, 2013 apud ROCHA et al, 2007).

O suicídio é classificado em três diferentes categorias: ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio consumado. O comportamento suicida compreende a ideação suicida, o planejamento do suicídio, a tentativa e o suicídio propriamente dito. É importante atentar para o fato de que ter pensamentos de morte não é incomum, mas se torna patológico quando eles se apresentam como única solução possível para o sofrimento. A ideação suicida compreende ideias e pensamentos ligados ao desejo de se matar. Pode evoluir para a tentativa de suicídio e para o suicídio consumado (NOGUEIRA, 2013 apud WERLANG e BOTEGA, 2004).

“Um ponto importante a ser considerado segundo, Botega e Werlang (2004), é que [...] em sua maioria de estudos realizados com pessoas que tentaram o suicídio, ou com pessoas que estavam em tratamento psicológico ou psiquiátrico e que se suicidaram. Mas esses dois grupos, sem dúvida, não são representativos da totalidade dos casos de suicídio”. “Neste sentido, Clark e Fawcett (1992 apud BOTEGA, 2006), num estudo retrospectivo de casos de suicídio identificaram cinco achados importantes”:

• aproximadamente 60% das pessoas mortas por suicídio nunca o haviam tentado antes;

• dos que morrem por suicídio, 50-60%, nunca consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida das pessoas mortas por suicídio nunca o haviam tentado antes;

• dois terços dos que cometem suicídio comunicaram claramente essa intenção a parentes próximos ou amigos, na semana anterior.

• metade dos que morrem por suicídio foram a uma consulta médica em algum momento do período de seis meses que antecederam a morte, e 80% foram a um médico no mês anterior ao suicídio. Mas ainda permanece correto que 50% dos que se suicidam nunca foram a um profissional de saúde mental;

• com base nas evidências proporcionadas por entrevistas com familiares e amigos, bem como por documentos médicos e pessoais, um diagnóstico psicopatológico pode ser feito em 93-95% dos casos de suicídio, notadamente transtornos do humor (40-50% dos casos de suicídio tinham depressão grave), dependência de álcool (em torno de 20% dos casos) e esquizofrenia (10% dos casos). (BOTEGA, 2006 p. 213)

Os tipos de suicídio e categorias se interligam, o comportamento suicida compreende a Ideia suicida seja ela individual ou coletiva, assim como o planejamento do suicídio, e a tentativa do mesmo. Como vimos os dados do estudo não devemos considerar somente esse grupo acima relacionado temos que considerar também os dados das pessoas nunca o haviam tentado suicídio antes; as pessoas que nunca consultaram com um profissional de saúde mental; as que comunicaram claramente essa intenção a parentes próximos ou amigos, as que foram a uma consulta médica em algum momento do período de seis meses.