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Serviço Social em Tempo de Capital Fetiche: Capital financeiro, trabalho e questão social

Por:   •  5/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.541 Palavras (7 Páginas)  •  713 Visualizações

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INTRODUÇÃO

                Iamamoto trás como foco, a análise do trabalho em seu processo de realização. Tem como objetivo, apreender o processo de mercadoria como movimento que abrange as esferas da produção, da distribuição de produtos, criação de valores e mais valia e sua realização no mercado. Todo esse movimento só foi possível com ação do capital se apropriando da terra, deixando de ser fonte de subsistência direta, obrigando os filhos da terra a trabalharem como assalariado.

                O processo de produção quando é materializado em produto, são reduzidas a “coisas” naturalizando e desconsiderando as relações sociais históricas onde o individuo foi separado dos meios de produção.

                É preciso atentar se para as relações sociais das quais realiza o trabalho concreto, pois nessa sociedade, o objetivo não é apenas produzir produtos e serviços que satisfaçam as necessidades sociais, mas objetiva a produção da riqueza. Essa riqueza tem origem nas condições do trabalhador livre, proprietário de si mesmo e de sua força de trabalho, porém existe uma dependência econômica. O trabalhador vê se constrangido a vender sua energia vital aos proprietários dos meios de produção.

                Essa energia vital, ela chama mercadoria, é contrapartida necessária para ter o dinheiro e assim a subsistência, educação, e também a reprodução da família que vai ser fonte de oferta de trabalho para continuidade do capital. Sendo assim o indivíduo é condenado a pobreza pela divisão social do trabalho que foi a distribuição desigual da propriedade. Neste caso os meios de vida é alheio ao trabalhador, pois o capital é que oferta o emprego.

                Todo esse processo desencadeia na esfera da circulação, onde acontece à metamorfose, o dinheiro que o capital investiu, transforma em produto, entra no mercado, e no final do processo, ele extrai mais dinheiro que lançou.

                A relação entre compra e venda da força de trabalho se assemelha as características de mercadoria. Porém, o que a autora que saber é o conteúdo dessa força e o significado para os sujeitos.  Para explicar se dirige a Marx, ele explica que a mercadoria não existe fora do sujeito, já que ele cede um tempo de sua disposição. Ou seja, a mercadoria só tem valor de uso a partir do momento que ela pode ser trocada por dinheiro, assim ele é capaz de satisfazer suas necessidades. O objeto de sua troca é objeto direto de suas necessidades, mas há algo que o individuo não percebe, ele se coloca indiferente frente ao que realmente produz. Continua falando sobre esse valor de troca, usando a expressão “mediação evanescente” que explica que o dinheiro tem a função de meio de troca, para obter os meios pela sua sobrevivência, essa mediação não se limita ao quantitativo, ele vai além, ao qualitativo. O primeiro se refere ao quanto o individuo pode produzir, e o segundo a sua qualidade.

                A autora ainda usa Marx para explicitar a função do capitalista, para ele o capitalista é o possuidor do capital-dinheiro, e seu objetivo é o valor de uso, usar a mercadoria de maneira que se aproveite o valor excedente que ela tem, produzir mais valia. A partir do momento que se coloca em atividade a força de trabalha ela se torna trabalho, capaz de aumentar o capital adiantado. A autora continua dizendo que se fosse apenas aumentar o capital adiantado, não teria sentido, o que querem é produzir mais capital.

                Para Marx “a força de trabalho em ação é trabalho vivo, exercido por um sujeito com capacidades, faculdades, como possibilidades, por fim, como trabalhador”.  A mercadoria não tem existência independente da pessoa do trabalhador. A partir do momento que o individuo exerce seu trabalho ele objetiva suas capacidades e subjetiva sua realidade.

                O capitalista apropria-se dessa força de trabalho como uma vitalidade frutífera, como indicou Marx. Pois, a força de trabalho tem a capacidade de criar valor, e gerar mais-valia. O trabalhador se submete a essa relação, como a única forma de subsistência no sistema capitalista, uma vez que não possui os modos de produção.

                Nos dias atuais, a tendência do capitalista é reduzir o trabalho o tempo de trabalho necessário e ampliar o trabalho excedente. Ou seja, ao longo da jornada de trabalho, o tempo é dividido em duas partes, a primeira, o trabalhador produz o valor que corresponde ao seu salário, que é o trabalho necessário para a sua sobrevivência. Já na segunda parte, ele produz o trabalho excedente, mais que o suficiente para ele sobreviver, que é denominado de mais valia.

                No cotidiano, o trabalhador não percebe essa exploração, essa divisão, pois o capitalista maquia a realidade através do salário. Assim, o trabalhador não percebe essa contradição e veste a camisa da empresa.

                Dessa forma, o que importa ao capitalista é o trabalho excedente e a sua ampliação. O trabalho é, portanto, processo de criação de valor, e de valorização e fortalecimento do capital. Esse é o processo de exploração alheio, que torna o trabalhador alienado. Com isso, a venda das mercadorias não enriquece o trabalhador que as criou, mas ao capitalista que detém dos meios de produção.

                Segundo a autora um dos principais objetivos no desenvolvimento do processo de produção é a mais valia (trabalho não pago), onde o homem se torna mercadoria dentro das condições propostas pelo capitalismo. Com a produção e reprodução do trabalho e das relações sociais sob a ordem do capital, o homem se tornou um ser alienado, um sujeito estranho e alheio aos valores existentes materializados, pertencendo ao trabalhador somente seu esforço.

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