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Capital Humano - Economia do trabalho

Por:   •  25/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  735 Palavras (3 Páginas)  •  360 Visualizações

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A Teoria do Capital Humano

O estudo sobre capital humano data de muito antes do nascimento do termo. Quando Adam Smith escreveu o clássico Riqueza das Nações (1776), a noção de que as habilidades individuais de cada um geravam diferenças visíveis em alocação no mercado de trabalho já permeavam seus estudos.

A partir dos estudos de Smith outros autores desenvolveram a teoria e o termo que hoje conhecemos como capital humano, que se refere a um conjunto de capacidades produtivas através do conhecimento, atitudes e habilidades que cada indivíduo desenvolve ao longo de sua vida e que geram resultados em uma economia (Baptiste, 2001; Becker, 1962; Blaug, 1975) conforme citado por ......(2010 p.4).

Construímos o capital humano de diferentes formas, desde a escola primária passando pelo ensino médio e universidade, até treinamentos informais ou mesmo experiência em dado setor ou trabalho específico. Todas essas experiências compõem o capital humano atribuído aos indivíduos sendo que cada um possuí um conjunto de capacidades diferente dos demais, visto que, o tempo, dinheiro e dedicação investidos variam de pessoa para pessoa.

Estudos revelam que quanto mais tempo despendemos com estudos, desenvolvimento pessoal e profissional, maiores são as chances de alocação no mercado de trabalho e também maior serão os rendimentos futuros obtidos através desse investimento.

Essa realidade pode ser constatada no Mercado de trabalho local, onde pessoas com formação acadêmica ou mais instruídas conseguem melhores ofertas de trabalho mesmo em meio à crise que já vem perdendo força, mas que ainda atinge milhares de pessoas.

O mínimo exigido para disputar uma vaga de trabalho hoje é o ensino médio completo, abaixo disso o trabalhador não tem autonomia para buscar ofertas melhores, precisa aceitar o que aparecer a fim de garantir seu sustento. Qualquer vaga que demande maior responsabilidade ou conhecimento técnico exige que ao menos o trabalhador esteja cursando algum curso superior. Essa demanda por trabalhadores capacitados vem aumentando o número de pessoas ingressando em cursos superiores.

Na realidade brasileira, porém, ocorre o chamado trade-off com relação ao trabalho e estudos. As pessoas escolhem ganhar menos durante o período de estudo, visando se especializar e garantir um emprego e renda melhor no futuro, visto que muitas vezes é preciso abrir mão do trabalho integral ou mesmo meio turno. Ou escolhem um emprego com remuneração condizente com o mercado de trabalho, mas que sem o investimento em educação e trabalhando tempo integral, traz um retorno imediato, que dá a sensação de maior remuneração.

Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os estudantes são extremamente penalizados enquanto cursam o ensino superior ou técnico. Não desfrutam de uma realidade onde podem passar cinco anos estudando e aperfeiçoando seus conhecimentos antes de entrar no mercado de trabalho. Essa realidade força os profissionais brasileiros a buscar alternativas para conciliar tanto empregos em turno integral quanto estudos e muitas vezes isso se traduz em cursos de graduação extremamente longos passando dos normais quatro ou cinco anos que seriam necessários para concluí-los. Isso se mostra como algo muito ruim para a economia, visto que, estudantes que passam muito tempo na graduação possuem chances menores de continuar a se especializar, buscar uma pós-graduação, mestrado e mais adiante doutorado, mantendo assim a baixa renda perante outros países.

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