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Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.789 Palavras (8 Páginas)  •  154 Visualizações

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SUMÁRIO

I – INTRODUÇÃO

II – DESENVOLVIMENTO: A política Social no Brasil

III – CONCLUSÃO

IV – BIBLIOGRAFIA

INTRODUÇÃO

        O Brasil sempre foi um país social. Acolhe diversas etnias, culturas, costumes, experiências religiosas. E, evidente, essa abertura faz com que o Brasil tenha um atrativo peculiar e seja um bom lugar pra se viver.

        Com o passar dos anos, foi-se notando que, embora sendo “um bom lugar pra se viver”, o Brasil ainda apresenta quase nenhuma política que confirme essa premissa e continua mantendo aquela arcaica e dolorosa política de escravidão. No período colonial os senhores tinham tudo e os escravos tinha de se alegrar por terem ao menos a senzala por moradia e sem nenhum direito. [1]  Essa característica encontra-se presente na estrutura social brasileira e é, de certa forma, mantida até tempos hodiernos.

        Neste trabalho, buscamos perceber como essa realidade é notória entre os anos 1960 a 1980 numa ótica social. Entre muitas crises, ditaduras, repreções e democracias, manifestações populares... o Brasil que se vê hoje é fruto do que foi plantado ontem.

I - A POLÍTICA SOCIAL NO BRASIL

O mundo nunca foi tão pequeno.  A globalização favoreceu diretamente para esse processo de proximidade. Todos os países estão ligados entre si e se comunicam em tempo real. Todas as informações são veiculadas de norte a sul e leste a oeste de forma simultânea. Tal fenômeno permite aos governos e as pessoas saberem de forma imediata o que está se passando no resto do mundo. O que tem seus pontos positivos e negativos. Positivo, destacamos a integração mundial. Negativo porque favorece uma tomada de atitude precoce por parte dos diversos governos, não dando, de certa forma, oportunidade para que a situação na qual se enquadre determinada nação de reagir, recaindo sobre ela o peso da maquina comercial e sanções econômicas.  

Para não se enfraquecer na dinâmica de acompanhar o desenvolvimento global, o Brasil apresenta mecanismos com o intuito de fortalecer sua estrutura frente às diversas economias mundial.  É bem evidente que os países de primeiro mundo influenciam diretamente nas políticas sociais dos países emergentes e principalmente no Brasil que se enquadra como um dos países emergente que segue na linha do desenvolvimento devido à íntima relação comercial e parcerias nos diversos ramos da diplomacia com muitas e diferentes nações. Esse processo, em parte, atrofia o desenvolvimento integral do Brasil devido a grande distância das políticas Sociais. Os países emergentes não suportam ou não conseguem acompanhar o desenvolvimento acelerado dos países de primeiro mundo sendo forçados a cederem aos caprichos e exigências que lhes são impostas, numa abertura de fronteiras comerciais, relações exteriores, interferências nas políticas internas, etc.

As políticas sociais são obrigadas a receberem, nesse cenário, uma nova configuração. E agora mais robustecida e concreta, impulsiona o país de modo a transmitir confiança frente ao resto do mundo.[2] Essas transformações, favoreceram para uma mudança de mentalidade e de condições de vida da sociedade. As pessoas já não se submetem mais a pobreza exacerbada. A busca do conforto e de melhores condições de vida se torna uma constante, apontando para um grande êxodo rural e inflando os grandes centros urbanos. A consequência direta que esse processo gera é principalmente o surgimento de novas classes. Por falta de conhecimento técnico e intelectual, a mão de obra se torna demasiadamente barata. A exploração dessa nova classe, os menos favorecidos, agrava ainda mais a exclusão social exigindo políticas sociais mais eficazes e dinâmicas alterando a configuração das políticas sociais já existentes. No Brasil, entre 1960 e 1980, levados pela insatisfação, pobreza e ditadura desencadeou-se uma onda de reivindicação popular no interior da sociedade. Foram de grande expressão as lutas sociais das classes estudantis e trabalhistas.[3] Sob influência pesada do positivismo, essas lutas são reprimidas fortemente baseadas no grande slogan “ordem e progresso”. Onde não há ordem, não pode haver progresso. O progresso é fruto da ordem e a ordem acontece pelo progresso.  

Os últimos governos brasileiros, porém, não se preocuparam em desenvolver uma política social voltada para as pessoas. Acreditava-se que para uma maior ordem e crescimento da nação, o caminho seria investir no econômico e menos no social[4]. A economia se torna a maior preocupação do governo. Para se justificar, se diz que mantendo as grandes empresas e indústrias, organizando a sociedade submissa a aristocracia é a saída mais segura de manter estável a economia capitalista, o que refletirá diretamente no social[5]. A política social passa a assistir com prioridade o capital e não mais o social propriamente[6]. Nesse contexto, a política social erigiu um estatuto teórico, no âmbito do serviço social, que lhe permitiu realizar a articulação entre a perspectiva analítica de sociedade e de profissão. No Brasil, ao final da década de 1970, os assistentes sociais já se posicionavam fortemente em relação à "formulação das políticas sociais enquanto intervenção estatal". Essa trajetória lhes possibilitou o diálogo com uma argumentação mais consistente junto aos defensores do "produtivismo econômico" da tecnocracia brasileira.

Isso foi possível, por um lado, em razão da gênese da profissão vincular-se ao contexto de enfrentamento da questão social através das políticas sociais, assegurando as condições necessárias para a expansão do capitalismo monopolista. Por outro lado, há o reconhecimento de que a política social reveste-se de um caráter contraditório, pois, ao mesmo tempo em que atende aos interesses do capital, atende também às necessidades da classe trabalhadora. Portanto, a sua expansão é marcada pela luta dos trabalhadores na perspectiva da conquista e da consolidação dos direitos sociais.

Essa realidade favoreceu a uma íntima relação dos serviços sociais com religião. A religião assumiu de forma mais concreta e dinâmica aquilo que era próprio das políticas sociais dos estados. Porém, não é de tudo ruim. Com a intervenção da religião em questões sociais, o serviço social ganha uma notoriedade maior e consequentemente uma valorização e também uma maior responsabilidade. Marcando presença onde realmente deve-se fazer presente, e sendo convocada quando necessária para assistir a quem de direito, os serviços sociais passam a serem empregados novamente em favor dos menos favorecidos. O risco que se corre, no entanto é a desvinculação do Estado com esse compromisso peculiar.

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