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Totalitarismo: Nazi-Facismo

Por:   •  2/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.045 Palavras (13 Páginas)  •  433 Visualizações

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IVY RICHA DA SILVA
WILLIAM TOLEDO
VITÓRIA CÉVOLO GONÇALVES
MONICA CRISTINA BARCHI
PAULO SÉRGIO PEREIRA FILHO

CONTEXTO DE ASCENSÃO DOS REGIMES TOTALITÁRIOS DA EXTREMA DIREITA DURANTE O SÉCULO XX

Rio de Janeiro
2016

Resumo

Durante o período entre guerras, os regimes totalitários ganharam força de extrema direita e extrema esquerda. Com o avanço do pensamento comunista e a Revolução Russa em 1917 os regimes totalitários de direita cresceram  ainda mais na Europa por medo de um avanço maior do Comunismo no mundo. O Nazismo na Alemanha e o Facismo são os principais movimentos que apesar das semelhanças se diferem entre si, o Nazismo com seu principal líder Adolf Hitler e o Facismo com seu líder Benito Mussolini.

Palavras-chave: Totalitários. Nazismo. Facismo. Hitler. Mussolini.


SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
  2. NAZISMO.......................................................................................................... 4
  3. FACISMO.......................................................................................................... 7
  4. CONCLUSÃO................................................................................................... 8
  5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS............................................................ 9

   

  1. INTRODUÇÃO

O século XX inúmeros países sofreram momentos turbulentos em relação a politica e economia principalmente,  mais especificamente no período entre a primeira e a segunda guerra mundial (de 1914 a 1918 e de 1939 a 1945) que as crises aumentaram. Como a Europa foi “palco” de varias batalhas das guerras mundiais, esse continente foi o mais abalado  por países enfraquecidos pelo investimento alto econômico e militar impossível de recuperar após a guerra. Uma das consequências da crise econômica que acontecia na Europa, foi a crise ideológica, com tanta pobreza e miséria a população estava desacreditada no sistema capitalista e liberal, e também  perdendo a ‘fé’ na democracia, com esse pensamento vão surgindo ideologias em torno de dois antagonismos: A extrema direita e a extrema esquerda. De um lado a extrema esquerda crescia com o pensamento comunista, crescendo com a Revolução Russa. Por outro lado dois movimentos de extrema esquerda surgiram: o Facismo na Itália e o Nazismo na Alemanha, esses eram os principais movimentos totalitários que surgiram nesse contexto histórico.
O totalitarismo é uma experiência política que se refere a alguns tipo de governo estabelecidos na Europa do pós-Primeira Guerra. O termo foi primeiramente cunhado pelo filósofo Giovanni Amendola, que definiu o regime totalitário enquanto auge de um processo onde um indivíduo ou partido político passa a controlar o Estado. No entanto, o totalitarismo também pode ser definido por meio de uma relação com a sociedade onde os indivíduos têm suas vidas intimamente controladas pelo governo. 
 Na esfera política, o totalitarismo reprime sistematicamente a existência de diferentes grupos políticos divergentes da orientação oficial. Por isso, tais governos costumeiramente defendem a adoção de um sistema unipartidário, sendo nenhum outro grupo político reconhecido.  Na economia, vemos a instalação de uma doutrina de caráter visivelmente intervencionista. A participação direta do Estado na economia seria um ponto onde qualquer outra forma de ordenação das atividades produtivas seria contrária ao fortalecimento da economia e do próprio governo. Geralmente, esse tipo de intervenção se manifesta na implantação de empresas estatais e na regulação direta dos empreendimentos da iniciativa privada. 
Tendo a concentração de poderes como um de seus traços mais característicos, os governos totalitários estabelecem as forças armadas e policias como uma extensão do Estado. Frente aos possíveis opositores políticos, a polícia tem como papel fundamental garantir a submissão ao governo utilizando de violência física, tortura, prisões arbitrárias, espionagem, censura e exílio. As forças armadas, complementando essa ação, devem estar fortemente munidas contra qualquer ameaça externa. Além de utilizar da força, intervir na economia e assumir todos os papéis do Estado, o totalitarismo também conta com uma visão ideológica bastante específica. Buscando o elogio a períodos históricos “gloriosos” ou a fundamental ação de alguns “heróis nacionais” o regime totalitário preocupa-se em incluir a ideia de que sua ação política visa retomar um tempo de glórias e conquistas. Para legitimar tal visão entre os cidadãos, é costume controlar os meios de comunicação para propagandear suas ideias.
Ainda
podemos destacar que as práticas totalitaristas podem existir em alguns governos que não se reconhecem totalitários. Dessa forma, não podemos dizer que o totalitarismo sumiu completamente ou perdeu força entre as nações que partiram para a adoção de um regime democrático. Mesmo em algumas democracias, a questão da liberdade individual, organização dos movimentos sociais ou o sistema eleitoral podem conter alguns traços de natureza totalitária.

  1. NAZISMO

      2.1Pressupostos históricos

A situação da Alemanha no contexto de ascensão do nazismo caracterizou-se pelas tentativas de reorganização política e reestruturação econômica com a chamada República de Weimar que se instaurou após a queda do regime monárquico do Kaiser (imperador), no fim da Primeira Guerra e culminou nas pesadas resoluções do Tratado de Versalhes. Em meados de 1919 reuniram-se em Versalhes, na França, as principais nações vencedoras da Primeira Guerra Mundial, entre elas a Inglaterra e a anfitriã França. O Tratado de Versalhes foi um tratado de pós-guerra que impôs pesadas penalidades à recém criada República de Weimar, este tratado definiu que a Alemanha havia sido a única responsável pelo desencadeamento da guerra e que deveria devolver os territórios conquistados à França. A Alemanha perdeu também suas colônias africanas de Togo, Camerum e Sudeste africano. No total 1/8 do território alemão foi perdido, assim como 1/10 de sua população. O Tratado de Versalhes impôs também sérias restrições ao exército alemão, o tratado definiu que o exército germânico não poderia exceder à 100 mil homens, sendo estes oficiais em fim de carreira, também foi definida a redução drástica de armamentos, foi exigida a desmilitarização da margem esquerda do rio Reno. A marinha alemã foi praticamente extinta. Foi garantido aos vencedores da guerra o direito de julgar os responsáveis pelo conflito. Foram estabelecidas pesadas somas em dinheiro e matérias primas como reparação de guerra e que deveriam ser pagas pela República de Weimar, que já nascera endividada e em grave crise econômica.
A resposta do povo alemão ao Tratado de Versalhes foi de revolta. Houve diversos protestos por toda a nação germânica. A cidade de Weimar, sede da nova república, viu sua recém empossada Assembléia Constituinte aprovar as normas impostas pelo Tratado de Versalhes.
Após a assinatura do Tratado de Versalhes, as atenções mundiais estavam voltadas para a Alemanha. O que fez com que o mundo capitalista e o mundo socialista vissem na República de Weimar um campo de disseminação de suas ideologias. Essa pressão externa abriu uma perigosa porta para a disseminação de ideologias extremistas tanto da direita fascista, apoiadas pela temerosa burguesia alemã, e da extrema esquerda que ambicionava uma revolução comunista na Alemanha.
Após a Primeira Guerra Mundial a Alemanha ficou com a sua economia debilitada oscilando entre momentos de grandes crises e momentos de estabilidade, este sobe e desce da economia afetaram também a política, causando revoltas e fazendo florescer uma esperança de tempos melhores e, principalmente, aguardavam ansiosamente por uma chance de vingança pela humilhação causada pela derrota da Primeira Guerra Mundial.
O palco de uma Alemanha endividada,, com grandes taxas de desemprego, com seu orgulho nacional ferido. Surgem movimentos políticos visando a ascensão política para chegar ao poder. Neste período cresceram muitas milícias para-militares formadas principalmente por ex-integrantes do exército alemão, estas milícias eram financiadas por grupos burgueses, industriais e comerciantes, tementes do crescimento do movimento operário alemão de esquerda que acreditavam no comunismo como saída para a crise imposta pelo Tratado de Versalhes.

A partir desse contexto, o Partido Social Democrata (SPD, Sozialdemokratische Partei Deutschlands), então um dos principais partidos de esquerda do país, começa a perder força, pois o povo via o SPD como um grupo de traidores que aceitaram as imposições do famigerado Tratado de Versalhes. Com o enfraquecimento dos social-democratas, a Alemanha passou a ver o crescimento de duas vertentes políticas antagônicas. Tanto a direita ultra-nacionalista quanto a esquerda marxista, cresciam a cada pleito eleitoral, fato que levava a classe média e a burguesia a tremer com a possibilidade de um governo socialista de extrema esquerda ou até mesmo com uma possível revolução comunista no país.

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