A EDUCACAO A DISTANCIA FRENTE AOS DESAFIOS DA REGIÃO AMAZÔNICA

1 INTRODUÇÃO

1.1 AS PARTICULARIADES DO ENSINO A DISTÂNCIA.

Este texto tem como objetivo destacar algumas particularidades do Ensino a distância, analisando questões favoráveis para a aprendizagem e desenvolvimento do educando que propõe-se a esta modalidade de ensino. No Brasil esta modalidade vem ganhando espaço. Visto que o ensino tradicional e presencial faz parte culturalmente da mentalidade social brasileira, e possui dois sujeitos ativos neste processo, a educação a distância quebra paradigmas.

De acordo com Alves apud Golvea e Oliveira “hoje, mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a Educação a Distância em todos os níveis de ensino, em programas de formais e não formais, atendendo milhões de estudantes” (2011, p.86). No Brasil a Educação a Distância veio ganhar força no século XX, onde registros mostram anúncios em jornais sobre cursos profissionalizantes por correspondência, e até mesmo Universidades oferecendo cursos, como aponta Alves “a Universidade de Brasília, pioneira no uso da Educação a Distância, no ensino supe¬rior no Brasil, cria cursos veiculados por jornais e revistas, que em 1989 é transformado no Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância (CEAD) e lançado o Brasil EAD“ (2011, p.88).

No entanto, no Brasil somente em 1996 que a Educação a Distância é oficialmente considerada “sendo as bases legais para essa modalidade de educação, estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, embora somente regulamentada em 20 de dezembro de 2005 pelo Decreto n° 5.622” (ALVES, 2011, p.89);

1.2 Educação a Distância e seus desafios.

Esta modalidade de ensino a distância, é defendida por diversos teóricos que apontam a democratização do ensino através desta prática. Como afirma Alves, “a Educação a Distância oferece oportunidades que pelo modelo presencial seria difícil ou impossível de atingir, pois possui uma ampla abrangência e grandiosa magnitude não somente no nosso país, mas em todo o mundo” (2011, p.91).

É possível verificar que esta proposta de ensino em muito se difere da educação presencial em ambiente formal. Dentre os diversos desafios encontrados na educação a distância é o desenvolvimento da aprendizagem autônoma, visto que o aluno torna-se responsável por sua aprendizagem e desenvolvimento.

O professor/tutor torna-se intermediário dos conhecimentos, facilitando e intermediando conceitos, conteúdos e conhecimentos trabalhados coletivamente em ambiente virtual. Pode-se perceber ainda que os alunos que disponibilizam-se em participar destas formações, não devem deixar de cumprir prazos e atuar nas atividades como ocorre algumas vezes em cursos presenciais, onde os alunos deixam de apresentar ou participar de determinadas atividades propostas.

Apesar de não haver a presença física, o ambiente virtual não deixa de atender as individualidades, proporciona o desenvolvimento da autonomia do aluno, onde este é peça chave do processo de aprendizagem, e o professor/tutor possui papel secundário, orientando e respeitando o ritmo do aluno e a maneira como este deseja e pode estudar, de acordo com suas necessidades pessoais.

Educação a distância é uma relação de diálogo, estrutura e autonomia que requer meios técnicos para mediatizar esta comunicação. Educação a distância é um subconjunto de todos os programas educacionais caracterizados por: grande estrutura, baixo diálogo e grande distância transacional.” (MOORE, 1990 apud BELLONI, 2001, p. 26)

Silva (2004) em seu artigo Educação a distância e o seu grande desafio: o aluno como sujeito de sua própria aprendizagem, o autor aponta três componentes básicos para a aprendizagem autônoma, que são: o saber, o saber fazer e o querer”. A Educação à Distância vem suprir necessidades educacionais sob novas perspectivas, possibilitando o desenvolvimento de uma formação mais solidificada pautada no raciocínio crítico, participativo e criativo, vinculando teoria e prática.

Na região amazônica, a Educação à Distância é