A INSTITUTO DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (IFCHS) DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
Por: Victoria Laura • 30/8/2022 • Trabalho acadêmico • 1.636 Palavras (7 Páginas) • 112 Visualizações
UFAM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (IFCHS) DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
SERVIÇO SOCIAL
VIVIANE MEDEIROS HERNANDES
VICTORIA LAURA MACIEL CORREA
DANIELLE TELES RAMOS
Teoria do Reconhecimento e Movimentos Sociais
Manaus
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (IFCHS) DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
SERVIÇO SOCIAL
VIVIANE MEDEIROS HERNANDES
VICTORIA LAURA MACIEL CORREA
DANIELLE TELES RAMOS
Teoria do Reconhecimento e Movimentos Sociais
Manaus
2021
Introdução
Este trabalho busca fazer uma análise dos Movimentos Sociais, em especial o Movimento da Comunidade LGBT, buscando compreender os fatores que levam estes indivíduos a compor estes movimentos. Partindo das idéias da Teoria do Reconhecimento, verificamos como estes grupos se organizam e como se dá a ação coletiva dos mesmos, assim como os principais fatores que levam estes a se inserirem em um movimento social, destacamos a importância do reconhecimento no processo de legitimação de direitos, partindo-se do pressuposto de que as políticas públicas criadas para atender as demandas do movimento LGBT são frutos de uma ação coletiva de atores sociais que estão envolvidos nesta ação em busca de garantia de direitos.
Capítulo I – Teoria do Reconhecimento
1.1 A definição de reconhecimento fomentou-se a partir das ideias de Hegel, em suas obras o filósofo descreve “reconhecimento” como uma forma de autorreconhecimento e de reconhecimento pelo outro. Discorre também sobre como esse reconhecimento seria, uma das características apontadas é a intersubjetividade e a forma como será alcançada, através de lutas. Essa ideia de relação é peça chave para a Teoria do Reconhecimento é na vinculação entre os indivíduos que as identidades se constroem e que a auto-realização pode ser alcançada. Sabendo que o indivíduo só consegue a liberdade vivenciando a comunidade, e que apenas coletivamente ele pode sentir e usufruir dessa liberdade, o filósofo articula sobre essa questão da construção da identidade. De que o indivíduo só pode ter uma relação positiva consigo mesmo se for reconhecido pelos demais membros da comunidade.
1.2 São três as dimensões do Reconhecimento: A primeira delas abrange as relações primárias, ligadas à experiência do amor e da amizade e fazem parte da esfera emotiva. Essa esfera permite que o indivíduo desenvolva uma confiança em si mesmo, é indispensável para seus projetos de auto-realização; A segunda dimensão engloba as relações jurídicas próprias do campo do “direito”. Tal área jurídico-moral assegura aqueles direitos que permitem que a pessoa seja reconhecida como autônoma e moralmente imputável, possibilitando assim o desenvolvimento dos sentimentos de auto-respeito; A terceira dimensão compreende a solidariedade social. Para além da autoconfiança e do sentimento de auto-respeito, essa dimensão trata da esfera da estima social, em que os projetos de realização pessoal podem ser objeto de um respeito solidário numa comunidade de valores.
1.3 A luta por reconhecimento se inicia pela experiência de desrespeito de uma ou várias dessas dimensões do reconhecimento. Uma das formas de desrespeito é o desrespeito no âmbito do amor, são os maus-tratos e a violação, que ameaçam a integridade física e psíquica das pessoas. Outra é o desrespeito ao direito, que são a privação de direitos e a exclusão, esse atinge a integridade social do indivíduo como membro de uma comunidade político-jurídica. E por último, mas não menos importante, o desrespeito à solidariedade, que são as degradações e as ofensas, que afetam os sentimentos de honra e dignidade do indivíduo como membro de uma comunidade cultural de valores.
Capítulo II - Movimentos Sociais e a Teoria do Reconhecimento
As ações que ultrapassam as ações contidas no desempenho individual ou grupal são as que ganham visibilidade e dão destaque ao grupo ou movimento social, a cidadania coletiva une os coletivos sociais da sociedade civil e pressiona o Estado pela regulamentação, implementação e vigilância da aplicabilidade de direitos. Essa ação social ganha sentido com a construção de uma identidade que é uma forma de aprendizado, esta une sujeitos sociais que não tem seus direitos reconhecidos e formam os grupos que formam os movimentos sociais, que buscam por um bem coletivo que venha
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