A Política Social

          Me chamo Andressa Luane Oliveira Freitas, estou cursando Serviço social pela Ulbra no pólo de Novo Hamburgo. Eu e minhas colegas, Carine Jeane Morbach Fontes, Roseli Teodoro Caberlon Martins e Teresinha dos Santos, realizamos o Projeto de extensão universitária "Na Paz: Estratégias para Promoção da Igualdade Racial e de Gênero nas Escolas" na escola estadual de ensino médio Antônio Augusto Borges de Medeiros, situada na rua Ipiranga, número 430, bairro Rondônia, Novo Hamburgo, no dia 24 de outubro de 2018, com a turma do segundo ano do ensino médio, turno matutino.

          A entrevista foi agendada com a professora Sirley Aramburu Abreu, para o dia 23 de agosto de 2018. Na data marcada fomos à escola, e conversamos com o vice diretor Alberto Silvio Moroni, falamos sobre o projeto "Na Paz", e que tinhamos interesse em aplicar a oficina na escola, também entregamos uma cópia do projeto para o vice diretor, ele gostou muito da idéia e sugeriu as turmas do 2o  ano do ensino médio, ele disse que poderíamos juntar as três turmas do 2o  ano, possibilitando um maior número de participantes. Depois disso conversamos com a professora Sirley Aramburu Abreu, ela concordou com a realização da oficina em sua aula, e então procedemos a entrevista com ela, marcando a oficina para o dia 24 de outubro de 2018, as 7h30min.

          Para realização da oficina nós confeccionamos o tabuleiro, o dado, os cones, placas de concordo/discordo, também foi impresso os mosquitos disponilizados na net aula, juntamente com as fichas para avaliação dos alunos, cartas de perguntas, e lista de presença.

           No dia 24 de outubro de 2018 chegamos na escola às 7h30min e fomos recepcionadas pelo vice-diretor, que nos encaminhou para a coordenadora pedagógica Maria da Graça de Campos Rodrigues, e ela nos conduziu até o auditório da escola, então organizamos o ambiente e os materiais em seus lugares e ficamos aguardando a chegada dos alunos. Logo após nos informaram que uma das turmas não iria participar pois estavam fazendo prova. Também foi nos passado que a dinâmica só poderia ser realizada até as 8h30min, devido a outra turma já ter reservado o local. Posteriormente os alunos chegaram acompanhados da professora Evani M. Dutra, no total haviam 32 alunos presentes, com idades entre 14 e 17 anos. Ao entrarem no auditório pedimos para eles se acomodarem depois cada uma de nós se apresentou e falou um pouco sobre o projeto, explicamos a dinâmica, falamos também sobre a profissão de Assistente social. Logo após pedimos que formassem 3 grupos, eles rapidamente formaram os grupos. Cada grupo elegeu um representante que iria jogar o dado para avançar com o pino pelas casas do tabuleiro, então eram sorteadas as cartas de forma aleatória e o representante do grupo lia a carta sorteada e o assunto da carta era debatido entre os membros de seu grupo. Proporcionamos um tempo para eles discutirem o assunto em grupo, depois o representante do grupo falava da proposta da carta para os outros alunos, e o que eles haviam concluído a respeito do determinado assunto, os outros alunos através da placa concordo/discordo que haviam recebido  poderiam concordar ou discordar das idéias do grupo que se apresentou, foi dado a oportunidade se alguem quisesse dar sua opinião. Em seguida nós acadêmicos lia a carta e complementava com o objetivo de informar e sanar as dúvidas existentes a respeito da temática. Foi realizado somente uma rodada de discussão sobre os temas: violência, discriminação, racismo e democracia racial, devido ao tempo ser curto.

         O primeiro grupo pegou a carta disparadora com o tema relacionado ao racismo e machismo, na carta tinha a seguinte pergunta: Vocês conhecem que existe alguma relação entre o racismo e o machismo na sociedade brasileira? Os integrantes do grupo, depois de terem debatido o assunto, chegaram a conclusão de que não existe diferença. Alguns alunos com as plaquinhas discordaram, porém a maioria concordou com a afirmação do grupo. Alguns falaram que nas duas formas existe a violência que causa dano ou fere outra pessoa, seja física ou emocionalmente,disseram que isso sempre ocorre por alguem não aceitar ou se achar superior em relação a outra pessoa, e por este motivo acaba humilhando ou agredindo o outro. Então nos estimulamos eles a refletir sobre a origem dessas discriminações, ou seja de onde vem , o que ocasiona isso, também questionamos como eles lidam com isso no meio que eles vivem, se alguém já havia presenciado alguma situação de discriminação e como eles reagiram perante o ocorrido. Alguns participantes relataram situações vivenciadas, e afirmaram que o machismo e o racismo aparece com muita frequencia nas relações familiares e na sociedade em geral.

        A carta disparadora que o segundo grupo pegou foi sobre como podemos desenvolver a cultura da paz no nosso dia a dia, os integrantes desse grupo concluiram que existem fatores imprecindíveis para o desenvolvimento da cultura da paz como o amor, respeito, o diálogo para resolver os conflitos e também não aceitar qualquer tipo de violência. Alguns alunos também afirmaram que cada um deve fazer a sua parte para haver alguma mudança. Nós acrescentamos dizendo que a mudança deve ocorrer de dentro para fora, se cada pessoa praticar atos positivos no meio em que vive, trabalho, família, escola, todos acabam sendo beneficiados de alguma forma e a mudança consequentemente acontece.

       O assunto do terceiro grupo foi sobre gênero e os papéis para homens e mulheres, eles falaram sobre a desigualdade que ainda existe entre homens e mulheres, apesar dos direitos iguais ser um assunto tão mencionado atualmente. Todos os outros jovens concordaram que essa desigualdade existe, alguns até mencionaram o fato da diferença salarial existente entre homem e mulher que exercem a mesma função. Foi também exposto que a maioria das mulheres acumulam funções, trabalham fora e depois chegam em casa e tem várias tarefas para realizar, enquanto os homens geralmente trabalham fora e em casa não tem tantas tarefas assim.

        O último grupo ficou com o tema sobre discriminação, a carta disparadora dizia o seguinte "A discriminação entre os seres humanos perpetua devido às diferenças entre eles. Que diferenças são essas? O que vocês pensam sobre essas formas de discriminação?" A maior parte deles afirmaram já terem sofrido ou presenciado algum tipo de discriminação. Citaram vários tipos de discriminação, como a racial, de classe social, por religião, opção sexual, tatuagens, entre outras. A professora Evani, que estava com a turma, participou falando sobre os avanços que ocorreram ao longo do tempo para diminuir a discriminação, citou a lei de cotas que oportuniza o ingresso de pessoas negras nas universidades beneficiando assim muitas pessoas.