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A UTILIZAÇÃO DE TEXTOS INFORMATIVOS PARA O ENSINO DA DISCIPLINA CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL

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Por:   •  5/4/2014  •  2.315 Palavras (10 Páginas)  •  755 Visualizações

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A UTILIZAÇÃO DE TEXTOS INFORMATIVOS PARA O ENSINO DA DISCIPLINA CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Atualmente, o tempo vem cobrando da sociedade à prática do novo conceito de Educação, o qual está centrado no desenvolvimento humano integral, enfatizando o aluno como centro do processo educacional, com a escola considerando e respeitando o seu contexto histórico-cultural sem inibir o afloramento das potencialidades criadoras do mesmo. Isso, por que: “[...] A Educação é uma prática social. É uma prática humana, constitutiva do ser social do homem, desde a aldeia até a civilização do mais avançado desenvolvimento tecno-científico [...]” (OLIVEIRA, 2005, p. 13). Ela tem o homem como a sua fonte máxima de alimentação. E ele, o homem, o maior beneficiário de sua herança.

Podemos afirmar desta forma que a educação é modificação da vida social, efeito do trabalho e do esforço do ser humano para adquirir seu poder aquisitivo econômico e social. Para Heller, 1998 apud (SACRISTÁN, 2000, p.44):

A educação traz consigo a promessa de libertar o homem das limitações de sua origem porque, nessa mentalidade, tanto a contingência inicial de ter nascido em uma circunstância quanto o contexto que rodeia não são percebidos como imutáveis [...].

E quando falamos do Brasil, devemos levar em consideração o grande atraso da nossa história educacional, pois um país tão explorado cultural, social e financeiramente como o nosso, tem o dever de oferecer aos seus alunos uma educação sedutora a ponto de diminuir o índice de abandono por esses alunos e levá-los a encontrar o prazer pelo saber através da educação com o aguçar da consciência crítica. E no tocante à liberdade no ato de aprender, o grande educador Paulo Freire (2001, p. 64), afirma que:

Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores em busca de sua realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os visionários que se antecipam têm dúvidas e frente as quais sugerem novas fórmulas.

Ainda na realidade educacional brasileira, alguns teóricos apontam a escola como responsável pelo sucesso ou fracasso dos alunos das escolas públicas, tomando como base explicações que variam desde o seu caráter reprodutor até o papel e a prática pedagógica do professor, que de acordo com seu ponto de vista, deveria ser pautada em competências.

Para a inserção no processo do ensino com competência e responsabilidade, o professor deve estar preparado para as mudanças. O primeiro passo é a escola perceber que está dentro de um sistema dialético, portanto, deverá busca renovação de acordo com as necessidades dos alunos, como mostra Candau (1994, p.26) quando diz que: “o educador, nunca estará definitivo e pronto, pois sua preparação, sua prática continua meditando através das teorias e confrontando entre si”. Nessa concepção a competência e inovação da escola dependerão da sua responsabilidade que motivará e caminhará para as transformações realizadas pela constante reflexão sobre a sua prática, propondo aos educandos conhecimentos inerentes aos diversos contextos escolares e extra-escolares, encontrar meios que facilitem sua aprendizagem e o desenvolvimento educacional. Espera-se que essas ações também sejam aplicadas ao ensino de Ciências Naturais nas escolas de Ensino Fundamental.

1.1 Contexto histórico do ensino de Ciências Naturais

Historicamente são notáveis as novidades teóricas no ensino de Ciências, especialmente a partir do século XVI, quando começa a surgir a Ciência Moderna, cujos resultados ampliam as relações entre Ciência e Tecnologia. A ocorrência dessa parceria e o grande alargamento teórico desde então provocaram evidente otimismo e confiança em relação a esses fazeres humanos, muito significativos no século passado, mas que foram revistos mais recentemente pela percepção de que também o desenvolvimento e a aplicação da ciência devem ser alvo de controle social.

O ensino de Ciências Naturais, recente na escola fundamental, tem sido praticado com disparidade de propostas educacionais, que se advêm ao longo das décadas como elaborações teóricas e que se expressam, de diversas maneiras, nas salas de aula. Muitas técnicas, ainda hoje, são fundamentadas na simples transmissão de informações, utilizando como recurso exclusivo o livro didático e sua transcrição no quadro; outras já aliam avanços, produzidos nas últimas décadas, sobre o processo de ensino e aprendizagem em geral e sobre o ensino de Ciências em particular.

Até a promulgação da LDB nº 4.024, de 20/12/1961, as aulas de Ciências Naturais eram ministradas apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial. Essa lei ampliou a obrigatoriedade do ensino da matéria a todas as séries ginasiais, mas somente a partir de 1971, com a LDB nº 5.692, o ensino de Ciências passou a ter caráter obrigatório nas oito séries do primeiro grau.

Quando foi promulgada a LDB de 1961, o cenário escolar era dominado pelo ensino tradicional, ainda que empenhos de renovação estivessem em processo de reforma. Aos docentes competia à transferência de conhecimentos acumulados pela humanidade, por meio de aulas expositivas, e aos alunos a reprodução das informações. No recinto escolar, o conhecimento científico era tido como um saber neutro, e a verdade científica, considerada como inquestionável. A qualidade do curso era definida pela quantidade de conteúdos trabalhados. O recurso fundamental de estudo e avaliação era o questionário, o qual os estudantes deveriam responder detendo-se nas ideias apresentadas em aula ou no livro didático escolhido pelo ministrante da disciplina.

As propostas recomendadas para a renovação do ensino de Ciências Naturais norteavam-se pela precisão do currículo responder ao avanço do conhecimento científico e às demandas pedagógicas motivadas por influência do movimento denominado Escola Nova. Atualmente os PCN enfatizam que:

Essa tendência mudou o eixo da ação pedagógica dos aspectos puramente lógicos para aspectos psicológicos, valorizando-se a participação ativa do estudante no processo de aprendizagem. Objetivos preponderantemente informativos deram lugar a objetivos também formativos. As atividades práticas passaram a representar importante elemento para a compreensão ativa de conceitos, mesmo que sua implementação prática tenha sido difícil, em escala nacional (BRASIL, 1997, p. 23).

Com essa tendência a preocupação de desenvolver atividades práticas passou a ter presença marcante nos projetos de ensino e nos cursos

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