A necessidade de uma compreensão filosófica do cuidado das pessoas nos estágios finais de uma doença terminal
Artigo: A necessidade de uma compreensão filosófica do cuidado das pessoas nos estágios finais de uma doença terminal. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Thaynaragontijo • 10/10/2014 • Artigo • 445 Palavras (2 Páginas) • 286 Visualizações
6 - Cuidados Paliativos
Morrer em casa ou no hospital? Hoje se fala de hospices, de medicina (cuidados paliativos). Antes (ontem) se
morria em casa. Era a morte domada. O ser humano sabe quando vai morrer pela presença de avisos, sinais ou
convicções internas. A morte era esperada no leito, e era autorizada pela presença de parentes, vizinhos, amigos e
até crianças. Havia uma aceitação dos ritos, que eram compridos sem dramatização. Era algo familiar, próximo.
Hoje, praticamente a morte ocorre no hospital em (80% dos casos, nos Estados Unidos), é a chamada morte
invertida. Ela é escondida, vergonhosa, como fora o sexo na era vitoriana. A boa morte atual é a que era mais
temida na Antigüidade, a morte repentina.
Há necessidade de uma compreensão filosófica do cuidado às pessoas nas fases finais de uma doença terminal. O
hospice afirma a vida e encara o "estar morrendo"( dying ) como um processo normal. Hospice enfatiza o controle
da dor e dos sintomas objetivando melhorar a qualidade de vida, antes que tentar curar uma doença ou estender
a"vida". O objetivo do hospice é permitir, aos pacientes e suas famílias, viver cada dia plena e confortavelmente
tanto quanto possível ao lidar com o estresse causado pela doença, morte e dor da perda (grief). Nos cuidados de
hospice utiliza-se uma abordagem multidisciplinar que enfoca as necessidades físicas, emocionais, espirituais e
sociais dos pacientes e familiares. A equipe de saúde consiste de médicos, enfermeiras, assistentes sociais,
voluntários treinados e conselheiros pastorais que articuladamente trabalham provendo coordenação e continuação
dos cuidados envolvendo o paciente e sua família. Também fazem o seguimento (follow-up) da família e
aconselhamento aos enlutados após a morte do ente querido.
O movimento do hospice moderno começou em 1967, quando a Dra. Cicelly Saunders abriu o hoje famoso St.
Christopher’s Hospice, em Londres. O movimento hospice surge nos EUA em 1974, em New Haven, CT, e desse
ano para cá cresceu bastante, contando, hoje, com quase dois mil programas. Não obstante isso, o hospice ainda
não é muito conhecido e freqüentemente utilizado, em parte por causa do estigma social relacionado com a morte e
pela percepção pública e profissional de que o hospice significa falha, ao entregar os pontos na luta para manter
uma vida.
Algumas implicações tornam-se evidentes. Cuidar dignamente de uma pessoa que está morrendo num contexto
clínico significa respeitar a integridade
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