ANÁLISE CRÍTICA TCC
Por: Anatrabalho • 27/7/2016 • Trabalho acadêmico • 3.034 Palavras (13 Páginas) • 477 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Ana Flávia, Beatriz Valuano, Daniel Pereira,
Ingrid Rangel, Luana Libório, Marcela Araujo e Rodrigo Dutra.
ANÁLISE CRÍTICA TCC
Pobreza e Exclusão no
Capitalismo Contemporâneo
NITERÓI
2016
1 O ASSUNTO/TEMA ABORDADO
O assunto abordado no texto é a violência decorrente da expressão excludente da questão social, com o crescente desenvolvimento do capitalismo. Aborda também a violência gerada com a tentativa de combate da criminalidade feita pela polícia do Estado do Rio de Janeiro.
2 OBJETIVO DO AUTOR AO ABORDAR O TEMA
O objetivo do estudo é propor uma abordagem em torno da violência na sociedade brasileira atual, buscando os fatores determinantes deste processo, bem como tentando associar que nas últimas décadas a tão noticiada violência está diretamente ligada aos padrões de exclusão social que a maioria dos brasileiros esta submetida.
3 COMO SURGIU O INTERESSE EM ABORADAR O TEMA
Interessou-nos o tema “pobreza e exclusão no capitalismo contemporâneo”, por tratar de uma das expressões da questão social que atinge grande parte da população brasileira, o que explica os altos índices de violência no Estado do Rio de Janeiro como o texto aborda, por exemplo.
4 A IDEIA DO TEXTO (EIXO CENTRAL DA ANÁLISE)
A ideia central do texto é de que o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista produziram também relações sociais que geraram inúmeras consequências negativas para a parcela dominada da sociedade, a classe trabalhadora. As consequências são as chamadas expressões da questão social e em muito contribuem para a violência que está a cada dia mais presente numa vida de todos. Ele busca mostrar que a violência estrutural em conjunto com a violência sistêmica constitui a violência urbana. Assim, está só diminuirá através das medidas de prevenção que visam evitar ou atenuar as consequências da questão social e através de um novo Código de Processo Penal que garanta ao cidadão os seus direitos.
5 A SÍNTESE DOS CAPÍTULOS
5.1 Sociedade e Violência
No primeiro capítulo o autor inicia falando sobre as diversas significações de violência, e acaba por concluir que a violência pode ser entendida como qualquer ato tendencioso à destruição do outro, ao desrespeito e à negação do outro, seja no âmbito físico, psicológico ou ético. Após, o autor traz argumentos de como a violência se instaurou e intensificou no Brasil, social e politicamente. Segundo a análise dele, nas relações de poder em que a parte dominada é impotente, a violência é consequência. Outro fator que contribui pela crescente violência da sociedade brasileira são os contrastes dos modos de vida. O autor identifica as relações sociais que se estabeleceram com o progresso do sistema capitalista como outro fator que induz a violência. Os valores mudaram e o individualismo ganha forças a cada dia e a violência se torna banal através da manipulação midiática. A lógica do mercado faz com que o Estado deixe de priorizar as áreas sociais. No capitalismo os mesmo mecanismos que geram riqueza, geram a pobreza também. É um intenso processo de exploração e desigualdade; um dos elementos presentes é o "exército industrial de reserva” que permite que os capitalistas possam controlar os baixos salários e as péssimas condições de trabalho, já que sempre haverá algum indivíduo disposto a vender sua força de trabalho, pois se não vender ficará desempregado e não poderá consumir.
5.2 A situação dos trabalhadores no sistema capitalista
No segundo capítulo, o autor argumenta sobre como as transformações que ocorreram no processo de produção capitalista, como a tendência de robotização do processo produtivo, fez com que o desemprego aumentasse o que fez com que a pobreza e consequentemente a população em situação de rua, aumentasse também. Entende ainda que a sociedade capitalista acaba por discriminar os marginalizados e estes muitas vezes acabam por se desesperar à medida que as possibilidades de sobrevivência diminuem. Com o empobrecimento da população, o autor afirma que houve aumento dos crimes contra a propriedade, deixando a população em situação de risco e em constante sentimento de insegurança. Com isso o morador da metrópole se tornou consumidor da indústria de segurança. Assim, a violência pode ocorrer de forma estrutural ou sistêmica. A estrutural é sobre às condições adversas e injustas da sociedade .O Brasil é um dos países que possuem a pior distribuição de renda e de terras, o que gera importantes fontes de violência, como o trabalho infantil, prostituição e aumento da população de rua. Já a violência sistêmica caracteriza-se pela prática do autoritarismo. E é possível observar a ineficácia do Estado ao combate à tortura ilegal e as frequentes violações dos direitos humanos. Dessa forma, no Brasil há um sistema político repressivo e a polícia sempre foi orientada a garantir a ordem política em primeiro lugar, para depois garantir segurança ao cidadão. A administração pública ao invés de servir, reprimiu e agrediu os diretos dos cidadãos. A própria população não sente tanta confiança na Polícia, esta que possui todos os vícios de uma corporação que vive de árbitro, de acordo com a socióloga Benevides (1986). As denúncias de violência muitas vezes não ocorrem, ora pelo descrédito da polícia, ora por vergonha de expor as tragédias ao julgamento dos vizinhos. A violência urbana não pode ser definida apenas pelos crimes cometidos pela população, e sim também pelos crimes cometidos por uma sociedade injusta e discriminatória contra o cidadão.
5.3 O poder de polícia do Estado
No terceiro capítulo o autor define que o poder de polícia é o poder que o Estado detém para administrar o patrimônio público e coordenar a boa ordem social. Ele pode incidir em duas áreas, a administrativa e a judiciária. A primeira tem caráter preventivo e a segunda repressiva.
5.4 Origem histórica da polícia do Estado do Rio de Janeiro
No quarto capítulo o autor traz um breve levantamento de como se formou a Policia Militar do Distrito Federal em 1919, que teve sua história totalmente ligada à criação do Rio de Janeiro. Segundo o autor atualmente as funções das polícias do Estado do Rio de Janeiro são duas: policiamento ostensivo e investigação criminal. A Constituição limitou a competência de agir da polícia civil e da polícia militar. A primeira tem funções da polícia judiciária e a segunda, juntamente com o corpo de bombeiros são forças auxiliares e reserva de exército.
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