AS CORRENTES DA PEDAGOGIA DA NATAÇÃO
Monografias: AS CORRENTES DA PEDAGOGIA DA NATAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: NETHROCHA • 14/5/2014 • 1.098 Palavras (5 Páginas) • 2.752 Visualizações
CORRENTES DA PEDAGOGIA DA NATAÇÃO
A natação se apresenta na sociedade contemporânea como uma forma de atividade física sistematizada bastante procurada por diferentes pessoas, com objetivos diversos. Trata-se de uma área de atuação do profissional de Educação Física, na qual, para seu ensino e treinamento, se fazem presentes diferentes métodos e abordagens.
O processo de ensino da natação passou por muitas mudanças através do tempo, recebeu diversas influências de muitas correntes de ensino, que foram criadas até chegar a um status capaz de satisfazer as necessidades pedagógicas.
Uma nova visão começou a se estabelecer no Brasil em meados dos anos 60, quando o professor David C. Machado publicou um dos primeiros livros sobre natação, “Metodologia da Natação”, incluindo a adaptação ao meio líquido, até então, ignorada, como o fator preponderante para a aprendizagem da natação. O autor enfatiza três correntes da pedagogia da natação: corrente global, analítica, moderna ou sintética. Essa três concepções metodológicas são importantes para o processo de ensino-aprendizagem, as quais se utilizam de formas diferentes da sequência pedagógica utilizada no ensino da natação.
1. Concepção Global
A concepção global é a corrente pedagógica mais velha de ensino da natação. Nela não está contida nenhuma preocupação com métodos ou qualquer forma organizada de aprendizagem. É a perspectiva que visa apenas à sobrevivência como maior objetivo do aprendizado. Nesta concepção tudo está a cargo do instinto, na qual o objetivo é resolver a sucessão de problemas ligados à sobrevivência no meio líquido (MACHADO, 1978).
Segundo Catteau e Garroff (1990), trata-se de uma concepção “primitiva” ou pré-científica do homem, bem como da natação, ilustrada por suas origens longínquas. Ou seja, uma perspectiva ligada à intuição e a pouca ou quase nenhuma atuação do professor, sendo baseada na ideia de tentativa e erro.
Aplicada à natação, consiste na tentativa de observação e realização, sem contribuições de processos fragmentados ou direcionados de ensino. Apoia-se na imitação de movimentos ou na criação de formas próprias de propulsão na água.
2. Concepção Analítica
A concepção Analítica visa um aprimoramento técnico, dividindo-se o ensino em partes, passando do conteúdo simples para o mais complexo, tornando a aprendizagem mais funcional. Já a concepção sintética não obedece a um padrão de ensino, partindo de um conteúdo geral para um específico. Nesta concepção o professor modela o conteúdo fazendo adaptações, inserindo, por exemplo, jogos, brincadeiras e situações-problema.
No Brasil, ela teve grande aceitação principalmente no meio militar representando em um momento, o método oficial do país, incluindo até mesmo nas escolas primárias.
Ao longo de sua evolução, a corrente analítica representava uma tentativa de “racionalização” da aprendizagem, não levando em conta a individualidade de cada aluno, seja o porte físico, o sexo, a idade e a dificuldade de cada um.
Machado (1978) aponta esta concepção como a compreensão das partes para chegar ao conhecimento do todo. Apoia-se na busca por uma execução lógica, com base na fragmentação do conteúdo, obedecendo a uma série sistematizada de exercícios e tarefas para que ocorra o processo de aprendizagem. É uma perspectiva pautada na teoria Behaviorista.
Greco (1998), embora trabalhe voltado ao ensino de Jogos Esportivos Coletivos, contribui, ao apontar que esta concepção da literatura da Educação Física se baseia em séries de exercícios, regidos por princípios metodológicos: do conhecido ao desconhecido; das partes ao todo; do fácil para o difícil; do simples para o complexo; divisão do movimento em fases funcionais.
Esta perspectiva segue a linha de ensino-aprendizagem onde o todo é fracionado em partes coerentes e pedagogicamente úteis no processo de ensino-aprendizagem, instigando assim, o aluno a aprender, a entender e a usufruir deste conhecimento de forma espontânea e consciente nas situações futuras decorrentes em sua vida.
Este método segue princípios metodológicos nos quais a divisão de estímulos e atividades são feita de forma que os movimentos são ensinados seguindo uma fase funcional (GRECO, 1998).
Esta concepção é muito aplicada no ensino da natação, visto sua presença através da fragmentação do movimento e do aprendizado na busca por uma técnica tida como perfeita a ser atingida. O objetivo não é criar uma forma tecnicamente adaptada ao nadador, mas sim, buscar repetir modelos biomecanicamente mais eficientes e tidos como ponto a ser alcançado.
3. Concepção Moderna ou Sintética
Já a concepção moderna ou sintética não obedece a um padrão de ensino, partindo de um conteúdo geral para um específico. Nesta concepção o professor modela o conteúdo fazendo adaptações,
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