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ATPS FINAL ÉTICA

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Por:   •  1/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.019 Palavras (17 Páginas)  •  241 Visualizações

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1. Introdução

O Fisioterapeuta possui uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual. Detém visão ampla e global, respeitando os princípios éticos/bioéticos e culturais do indivíduo e da coletividade.

Vivemos um tempo de contradições, entre o desenvolvimento notável da técnica e uma profunda crise ética. Esta crise é facilmente demonstrável pela competição (não cooperação) e pela quantidade (não qualidade) que têm sido a regra nos meios de produção intelectual. Para muitos, ter valor científico é considerar essencialmente a precisão, o teste e a comprovação. Sem dúvida, essa visão fragmentável e controlável deu certo em muitos campos da ciência; porém, explicar fatos humanos é totalmente ineficaz, uma vez que estes contam com uma forte interação de variáveis, tais como as emoções, as percepções singulares, estilo de vida, etc.

Um discurso técnico, somado a presunção de que a cura depende somente do poder da ciência, acabam por desvincular o sujeito da doença, fazendo com que o paciente não passe de um mero objeto de diagnóstico. É função do profissional ajudar o paciente a se reunir com seu corpo, impedindo que este se torne objeto de um tratamento generalizante. O conhecimento científico inclui instrumentos para avaliar a evolução da doença, mas sobre a solidão e o sofrimento ele pouco sabe. O profissional precisa construir estratégias capazes de oferecer conforto, segurança e tranqüilidade, pois quem sofre não busca quem lhe dê razão, busca presenças cuja escuta será testemunha de uma fala.

Perturbada por esta crise epistemológica implícita no contexto do século XXI, a ética não pode ser mais considerada como um tema filosófico entre outros, mas como o problema por excelência da atualidade. Parto do pressuposto de a ética é o próprio fundamento para pensar o humano, constituindo assim um plano de fundo essencial para a compreensão de qualquer questão humana relevante. É de extrema importância buscar conhecer os limites do próprio pensamento, compreendendo a abertura da relação com a Alteridade, o diferente, que desborda todo o discurso auto-suficiente. Desta forma, a ética é a nova origem de compreensão da própria questão do sentido, podendo ser compreendida como o pensar das relações humanas reais que dá lugar ao agir humano real.

Ser fisioterapeuta, portanto, num contexto de complexidade crescente, não é somente dominar técnicas para melhorar patologias, é, sobretudo, contribuir com soluções para os problemas sociais, de uma forma que configure sua identidade na sociedade. O fisioterapeuta deve lembrar que seu paciente não possui somente um determinado distúrbio, mas sim um fenômeno complexo, com múltiplos níveis, inclusive não patológicos, e, como fenômeno, o evento deve ser tratado em toda a sua extensão, de forma humana.

Na disciplina de Ética foi proposto que fizéssemos análises de casos e situações comumente encontradas durante o trabalho do Fisioterapeuta, sob a luz da ética e da moral, tais como análise do juramento e dos artigos que regem a profissão, o perfil do fisioterapeuta no geral, os tipos de toques ou as técnicas utilizadas para o tratamento dos pacientes e por fim o sentido biológico e ético da dor como uma análise ao caso apresentado.

2. O juramento

Juro, por Deus e minha família, diante de meus mestres que me dedicarei à Fisioterapia com honra dignidade, respeitando a vida humana desde a concepção até a morte, jamais cooperando em ato que voluntariamente se atente contra ela, ou que coloque em risco a integridade física, psíquica e social do ser humano; dispondo todo meu conhecimento, talento e inteligência para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Repassarei meus conhecimentos sempre que se fizer necessário e agirei com humildade e honestidade.

Assim, eu juro.

No caso deste senhor de 75 anos com o diagnóstico concluindo que foi um AVC, o ato do hospital foi antiético por não ter dado a assistência necessária, não ter permitido que o Fisioterapeuta-chefe atuasse no caso que realmente era necessário um atendimento fisioterapêutico, também por ter mandado o paciente com más condições para um asilo, onde não havia profissionais de saúde disponíveis, com apenas um médico que dava assistência médica apenas uma vez por semana, onde tanto esse senhor como outros precisavam de uma assistência médica cotidiana.

A atitude de um dos profissionais quando resolveu dizer a equipe que não poderia mais acompanhá-los até o asilo, foi uma atitude imoral e total falta de compromisso com o seu juramento consequentemente com seus colegas e pacientes. E este, mesmo sabendo que estava agindo de forma errada, começou um tratamento sem o conhecimento da equipe, ele ia até o asilo em horários opostos, nesse momento ele perdeu toda moral que até então ele teria.

Não teve ética por ter mentido para a equipe e ter usado o paciente em um tratamento rigoroso, por mais que tenha sido eficaz e tenha proporcionado melhoras no seu desempenho físico via que o paciente sentia medo e mesmo assim seguia o procedimento. O Fisioterapeuta agiu injustamente em beneficio de sua carreira profissional, usando de um inocente incapaz de se defender do modo em que estava sendo tratado. Mesmo o procedimento ter mostrado um resultado positivo ele colocou a vida deste senhor em risco.

Ele foi totalmente oposto ao seu juramento ao usar o idoso há seu favor, não se dedicou com honra, dignidade e não o respeitou. Pois ele cooperou no ato de por em risco a integridade física, psíquica e social do ser humano quando atuou fazendo tratamentos que se percebia pela expressão e o modo de agir do idoso que alguma coisa estava errada. Não incentivando a promoção, e principalmente a proteção e a recuperação da saúde do paciente.

Conclui-se que apesar de esclarecer para seus ex-colegas o que havia feito com o idoso, mesmo que de maneira errada e precipitada, ele repassou o conhecimento que obteve do tratamento e da aplicação da nova técnica, o Fisioterapeuta não teve humildade ao relatar que estava testando o idoso e que não precisava da autorização da equipe para realizar seu trabalho onde quer que fosse, muito menos no asilo onde atendia de forma voluntária.

3. Trechos do código de ética profissional de fisioterapia que justifiquem as atitudes da equipe do caso apresentado.

Artigo 4º - O terapeuta ocupacional presta assistência ao ser humano, tanto no plano individual quanto coletivo, participando da promoção, prevenção de agravos, tratamento,

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