Abuso sexual Infantil e Dinâmica Familiar: Aspectos Observados em Processo Jurídico

Habigzanang, Luiza F, Koller, Silvia H, Azevedo, Gabriela Azen e Machado, Paula Xavier. In: Abuso sexual contra criança: em busca de uma compreensão centrada na pessoa.   Revista Psicologia teoria e Pesquisa Goiania v.14 n.1 junho.2008

Mello, Leonardo e Dutra Elza In: Abuso sexual Infantil e dinamica familiar: Aspectos observados em processo juridico. Revista de Abordagem Gestáltica V.21 n.3 pp. 341-348 Set/Dez 2005.

 

Perfil do abusador

O abusador são pessoas aparentemente normais pertencente a qualquer classe socioeconômica raça, grupo étnico ou religião alguns podem ter sofrido abuso sexual que mais tarde pode vir a desenvolver um comportamento criminal violento ou em alguns casos pode sofrer de um transtorno mental maioria dos casos o abusador e do sexo masculino ( 98,8%). Com a vítima desenvolve uma relação de poder abusivo para coação e domínio da própria para obter o seu objetivo.

 A violência esta intimamente ligada à relação que envolve o uso de poder. Esta passa ser violenta quando numa relação de força (física, política, ética...) alguém faz uso de poder visando alcançar vantagens previamente definidas (Faleiros, apud 2005 p.70).

A prática do abuso sexual contra a criança a maioria se perpetua No âmbito intra-familiar ou incestuoso cometidas freqüentemente na maioria de seu casos pelo cuidador que o pai (57,4%) ou padrasto (37,2%) e extra familiar praticado por visinhos na minoria por estranhos.São geralmente pessoas acima de qualquer suspeita e fazem parte da família(nuclear ou não) ou do círculo de amizade ou confiança da vitima.

E dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade o direito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, a lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e a comunitária além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência discriminação exploração violência crueldade e opressão(eca artigo 227).

Em seu perfil os abusadores desenvolvem comportamento psicótico perverso, depressão, baixo controle dos impulsos, problemas neurológicos, stress, uso de álcool e outras drogas pode-se dizer que são fatores relevantes para entender a prática desse ato.

Ressaltar o nível de escolaridade a maioria dos abusadores possui baixo nível de escolaridade e a questão do desemprego e apontada como fator de risco  uma vez que pode gerar estress e conflito entre os membros da familia alem disso o cuidador que exerce esta função fica como principal responsavel pela criança oportunizando a ocorrência de abusos.

Muitos abusadores têm em o perfil de ser amáveis e ate mesmo sedutores cortejando, presenteando, elogiando, oferecendo dinheiro, etc. Uma forma de se torna intimo de sua vitima, o exibicionista que expõe os órgãos sexuais constrangedor o que observa suas vítimas, o que utiliza pornografia alegando que precisa ensiná-las despertando sua sexualidade de forma precoce chegando muitas vezes a manter um contato mais intimo. Alguns considerados com perfil perversos e agem por maldade usando a criança como objeto sexual para obtenção de seu prazer sexual causando certas vezes a morte da criança havendo um desequilíbrio podendo este individua sofrer de um transtorno mental.

A criança, na relação de abuso sexual. E usada para a gratificação de adultos (ou ate mesmo de adolescentes mais velhos ) baseando-se em situações e relações  que envolve  poder(Faleiros, apud 2005 p.75).

Os principais motivos alegados para cometer a violência sexual a percepção da vitima como pessoa adulta e capaz de manter relações sexuais, questões religiosas deseja ser o responsável pela iniciação sexual da filha e atração pela criança.em casos de negação da violência sexual  se utiliza  de argumentos de defesa que são calúnia da mãe por vingança, raiva, desavença, parentes e amigos induziram a vitima a denunciar para retirá-lo da casa, calúnia da vitima para não se submeter as regras do agressor responsabiliza outras pessoas ,mal entendido,atribui a violência ao afastamento da mãe do lar,responsabiliza a vitima pela violência. A negação do abuso ou culpabilização da vitima pelo agressor é um importante fator de risco para o desenvolvimento de problemas psicológicos na criança ou adolescente,principalmente quando o perpetrador e um membro da família uma vez que a relação de confiança e abalada(Deblinger e Heflin, 1995; Furniss,1993; Gabel,1997; Matos,2002; Rouyer,1997).