Resenha: Consequências psicológicas do abuso sexual infantil

Resenha crítica: Consequências psicológicas do abuso sexual infantil

Consequências psicológicas do abuso sexual infantil

           Referência:

            LOPEZ, Yahira Rodriguez; AGUIAR, Bertha Arenia Gigato; ALVAREZ, Iraida Garcia. Consequências psicológicas do abuso sexual infantil. Vol.9. Rev. Eureka, Assunción Paraguay, 2012.

            Encontrado em : http://pepsic.bvsalud.org/pdf/eureka/v9n1/a07.pdf acesso dia 19/08/2015.

            Este trabalho foi apresentado como Tese (Doutorado) – no Curso de Psicologia, da Universidade Católica. NtraSra. De La Asunción, Asunción  (Paraguay) 2012.

Resumo:

        O objetivo deste trabalho é oferecer uma visão atualizada das principais consequências psicológicas encontradas nas vítimas infantis de abuso sexual. As pesquisas psicológicas realizadas mostram que o abuso sexual infantil é um fenômeno que está sempre presente e causam grande desconforto e problemas psicológicos futuros, pela decorrência e seriedade de tais abusos. Essa pesquisa foi feita no município de Artemisa (Cuba) e foi possível classificar diferentes sintomas dentro de cinco categorias analisadas. Foi também realizada uma amostra de casos de abuso sexual, com um numero  de 20 crianças, essas crianças foram selecionadas no município citado. O estudo foi realizado através de uma análise de arquivos de vítimas de abusos atendidas no Centro Infantil do Município de Artemisa (Cuba). Os resultados pontaram a gravidade dos problemas que essa violência pode causar a esses menores e sua influência em outros estágios de desenvolvimento no decorrer de suas vidas. É apontada também a grande necessidade de profissionais capazes de detectar tais situações e prosseguir a suas intervenções perante tal problemática.

Quadro referencial e conclusivo da obra:

        Todos os dias nos deparamos com essa terrível realidade, o abuso sexual infantil não é um problema novo, vem crescendo cada vez mais junto com o desenvolvimento da humanidade e, em toda a sua história. Podemos acompanhar esse tipo de narrativa na literatura, filmes, relatos de conhecidos e frequentemente nos noticiários. Este tipo de violência é o mais escondido e também o menos conhecido, tanto no ambiente forense, quanto socialmente.

Este tipo de violência não ocorre só em populações marginalizada, e sim abrange todas as culturas e todas as classes sociais. O maior número de inquéritos aparece, tanto em hospital como em nível privado de atendimentos e acolhimentos.

        Uma confirmação de abuso é difícil e baseiam-se no histórico da criança, Muitas ocasiões são levadas em conta suas fantasias, (verdades e mentiras) seus jogos, história clínica, e por fim o exame físico e exames complementares de confirmação. Geralmente nos casos de abuso sexual infantil o pedido de ajuda vem por parte da mãe ou a suspeita de algum profissional (médicos, professores) e os sinais indiretos apresentados por essas vitima são: masturbação compulsiva, lesões genitais, vulvovaginitis repetido, distúrbios do sono, enurese, etc...

        Os autores concluem que: Os locais mais comuns, onde ocorrem os abusos; é na própria família. A pesquisa aponta que na América Latina, 1 em cada 5 crianças são abusadas por um parente próximo; mais de 50%, há situações em evidências incestuosa; 80% são amigos, vizinhos ou parentes. Foi citado como definição de abuso sexual: Qualquer aproveitamento ou o exercício de contato, carícias, ou jogos que haja toques, em que pelo menos um dos envolvidos não aceite ou não tenha nenhuma consciência do que está acontecendo e é obtido pela força ou dominação para com a vítima. A saúde mental dessas vitima de abuso sexual na infância pode durar todo o ciclo de vida e criar, na idade adulta, os efeitos em longo prazo vitimam cerca de 20% dos casos de abuso sexual infantil. Foi encontrado alguns agravantes em vítimas de abuso sexual infantil, com a presença de sintomas tais como: Transtornos psiquiátricos e, um índice quatro vezes mais de chances de desenvolver transtornos de personalidade nestas vítimas do que na população em geral. Há também variáveis ​​que podem desencadear o desenvolvimento de problemas psicológicos em vítimas de abuso sexual infantil como, por exemplo: o ambiente familiar disfuncional.

        Espera-se que os resultado levantado nesta pesquisa sirva de ponto de partida para realização de atenção primária e secundária de saúde na cidade e a abordagem de outros sintomas e sequelas trazidos para a saúde mental dessas vítimas de abuso sexual, E que sejam feitas intervenções individuais e com a comunidade e juntos consigam reduzir os fatores de risco para uma melhoria da situação deste tipo de fenômeno, que  de certo  modo fica abafado na consciência social.

        A investigação foi feita em cima dos últimos cinco anos, e os problemas aparentes eram; emocionais, de relacionamento, funcionais, de ajustamento e problemas sexuais: os vários sintomas foram classificados em cinco categorias. Além das confirmações das 20 crianças abusadas sexualmente. As crianças da amostra: 12 do sexo feminino e 8 do sexo masculino, com idades variando de 7 a 10 anos, com exceção de duas crianças que são menores de cinco anos. A amostra total era de vivencias com famílias disfuncionais em que os métodos de ensino utilizados são na maioria das vezes os maus tratos  físicos e, proibições injustificadas. 40% são filhos de pais divorciados e, sequer existe presença ou ligação entre a figura do pai e da criança. As crianças que vivem com ambos os pais relatam serem abandonadas por eles com as justificativas; que trabalham muito para sobreviver, e não sobra tempo para acompanhamento e cuidados dos filhos. A pesquisa trouxe os seguintes resultados: