ABUSO SEXUAL INFANTIL CONTRA ADOLESCENTE
Por: Paulo Antunes • 25/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.435 Palavras (6 Páginas) • 438 Visualizações
2018
ABUSO SEXUAL INFATIL CONTRA ADOLESCENTE
Estupro Coletivo
Quando eu tinha 15 anos, era apaixonada por um menino mais velho e de família rica aqui da minha cidade, já havíamos transado uma vez e uma amiga ficava com um amigo dele, do mesmo nível e também mais velho. Em uma noite eles nos convidaram para irmos na casa de um deles, ficamos super felizes, gostávamos deles! Fomos caminhando para lá, animadas, contentes pelo convite. Chegamos lá e nos deparamos com vários meninos juntos, todos amigos, jogando sinuca. Ficamos acoadas, não sabíamos que teria mais alguém além de nós quatro... o dono da casa e ficante da minha amiga nos ofereceu uma bebida chamada por eles de “porradinha”, insistiu... me lembro de minha amiga virando um de uma vez só (era assim que se bebia, eles insistiam), até hoje não sei o que era aquela bebida e o que tinha nela, virei também... não lembro muito do resto depois disso, só tenho de lembranças, flashs.
Um desses flashs, um dos que mais me machuca, é de ter a imagem de estar com o cara que gostava, deitada em lugar de meia-luz, ele por cima de mim e eu ver, creio que, mais três garotos atrás dele e eu falar com a voz fraca: “só tu, eles não... tira eles daqui”. Me lembro da sensação de estar totalmente sem forças, quase sem conseguir falar, o medo, a sensação de estar indefesa, imóvel com ele em cima de mim. Enquanto isso, não sabia nada da minha amiga, do último flash pula para o em que acordei em um banheiro, no box, nua, com um balde enfiado na minha cabeça, toda vomitada, minha amiga ao lado, toda mole, tendo um ataque de asma. O dono da casa pegou minhas roupas fedendo a vômito e disse para irmos embora, então descobri que já era de manhã. Chamamos um taxi e fomos, extremamente debilitadas, sem entender nada do que havia acontecido durante a noite. Chegamos na casa dela e dormimos, acordei a tarde, ela dormia, senti muita dor, coloquei a mão em minha vagina e senti que tinha algo de errado, eu sabia que tinha acontecido algo que havia me machucado, o ânus sangrava... tortura, vomitando, cheia de machucados e roxos pelo corpo, nunca havia ficado tão mal. Acordei minha amiga e começamos a chorar sem saber o porquê.
Fui para casa, durante a noite, no antigo msn o dono da casa me chamou e disse que eu e minha amiga devíamos tomar a pílula do dia seguinte, pois “todos os meus amigos te comeram”, ele disse. Entrei em desespero, comecei a me sentir um lixo, contei para minha amiga ela compartilhou do mesmo sentimento. Conversamos e choramos a noite inteira.
No outro dia, outro garoto do qual eu nem tinha conhecimento me adiciona e me manda fotos e vídeos daquela noite, em uma delas estávamos eu e minha amiga deitadas uma por cima da outra, desmaiadas, em uma outra eu nua e deitada em um sofá. Aquela imagem nunca mais saiu da minha cabeça, eu estava com a boca roxa, atirada, sozinha, parecia morta. De novo o desespero, ele me disse que era quatrocentas fotos e vários vídeos, me disse também que todos os garotos daquela noite tinham essas fotos e que se eu fosse até a casa dele, de repente ele apagaria aquelas fotos. Eu quis morrer, pensei em morrer, minha amiga só chorava. Eu disse que não iria, exclui ele e nunca mais nos falamos. A partir disso entrei em depressão profunda, comecei a usar todas as drogas que apareciam na minha frente, me afastei da minha amiga, creio que não conseguíamos lidar com a lembrança que compartilhávamos. Até que desenvolvi Síndrome do Pânico, me afundei, tinha alucinações, me cortava, pensava em me matar diariamente, não tinha mais amigos, não ficava com mais ninguém, tinha nojo do meu corpo e criei asco de homens. Não me relacionava, só bebia, eu me odiava.
Comecei a fazer terapia, foi meu recurso, naquela época eu não conseguia mais dormir, passava dias acordada com medo de tudo, não podia conversar sobre isso com ninguém. A psicóloga me disse: “Isso que aconteceu contigo foi porque tu te colocou naquela situação, tu podia ter evitado”.
Então eu aceitei que a culpa era minha, ás vezes eu encontro um ou outro dos meninos e eles parecem tão bem e eu sempre tão mal. Um deles sempre me olha e ri, ri muito. Descobri faz pouco que um dos caras é meu primo distante.
FENÔMENOS PSICOLÓGICOS
1. Lesão corporal;
2. Ideação Suicida;
3. Uso de droga lícita com consumo proibido para menores;
4. Danos Morais;
5. Transtorno de Pânico;
6. Depressão Grave com Sintomas Alucinatório;
7. Mudança comportamental devido a trauma psicológico;
8. Ameaça de veiculação virtual de imagens íntimas;
9. Tentativa de Suicídio;
10. Negligência por parte de profissional de saúde;
11. Ridicularização e humilhação por parte dos autores do crime;
12. Dopar, abusar e violentar sexualmente adolescentes.
TERMOS TÉCNICOS LEGAIS, PSICOLÓGICOS E PSIQUIÁTRICOS
1. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados a Saúde – CID 10
1.1. CID 10 – T74.2 – Abuso Sexual
1.2. CID 10 – T74.3 – Abuso Psicológico
1.3. CID 10 – F32 – Episódios Depressivos
1.4. CID 10 – F43.1 – Estado de Stress pós-traumático
2. Lei 11.340 de 2006
2.1. Art. 2o Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
2.2. Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
2.2.1. I - a violência física, entendida como
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