Amazonas
Seminário: Amazonas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucasspatrickk • 18/3/2014 • Seminário • 3.271 Palavras (14 Páginas) • 235 Visualizações
A história do Amazonas, um estado no noroeste da Região Norte do Brasil, inicia-se com a ocupação paleoindígena,nota 1 ocorrida acerca de 11.200 anos atrás. Entretanto, somente a partir do descobrimento do Brasil, ocorrido há cinco séculos, que o estado experimentou suas mudanças mais drásticas, que vão desde ao seu domínio pelos portugueses e pela capitania do Grão-Pará até sua elevação à categoria de província brasileira, feita em meados do século XIX.
A província recebeu o nome de Amazonas em homenagem às mulheres indígenas icamiabas, que dominavam a região, riquíssima em ouro. Icamiabas é uma palavra tupi que designa o nome dado às mulheres sem homens, ou ainda, mulheres que ignoram a lei. Quando Francisco de Orellana desceu o atual rio Amazonas em busca de ouro em 1541, rumo ao Andes, o rio era chamado de rio Grande, Mar Dulce ou até mesmo rio da Canela, por causa das grandes árvores de canela existentes ali.
Entretanto, o principal nome dado ao rio era rio das Icamiabas. As icamiabas eram mulheres guerreiras indígenas, resistentes aos colonizadores. A resistência vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tão relevante que o rei espanhol Carlos V tomou conhecimento do fato por narrações.
Elas passaram a ser chamadas de "amazonas", inspirado nas guerreiras hititas. Amazonas é o nome dado pelos gregos às mulheres guerreiras, revela a raiz comum da palavra Ama para a sociedade matriarcal ainda existente na China, no povoado de Moso, cujo significado é mãe, na língua local dos mosos; a palavra ainda encontra a mesma raiz no norte da África, aonde também o matriarcado existiu e os quais se auto denominavam amazigh. Por esta razão, a antiga palavra Ama tem o significado de Mãe no sentido mais estrito; no sentido figurativo denomina cultura matriarcal.
Acredita-se que a maior aldeia indígena da Amazônia Ocidental no período pré-colonização tenha existido no Amazonas, nos arredores do Rio Negro, entre os municípios de Iranduba e Manaus. O sítio arqueológico chamado Açatuba é o maior desta categoria já encontrado e foi explorado em 1997. Mostra sinais de uma aldeia com três quilômetros de extensão, situada às margens do rio Negro e estendendo-se para o interior da floresta. Estima-se que 10 000 habitantes nativos viviam na aldeia, que já era habitada havia mais de 1.000 anos à época do descobrimento português.
Pré-história
A pré-história amazônica costuma ser dividida em três fases: Paleoindígena, Arcaica e Pré-história Tardia. Acredita-se que a fase Paleoindígena tenha vivido por volta de 9.200 anos atrás, e a maior comprovação desta teoria dar-se-á pelos restos alimentares encontrados na caverna da Pedra Pintada, em Monte Alegre, no oeste do Pará. Também acredita-se que os grupos paleoindígenas da Amazônia, assim como os da América do Sul, eram diferentes dos paleoindígenas da América do Norte. Apesar da igual contemporaneidade, as populações paleoindígenas norte-americanas apresentavam características diferenciadas no padrão de subsistência.
Bem diferente da Paleoindígena, a fase Arcaica teria acontecido entre 6.000 anos a 1.000 anos atrás. A fase da Pré-história tardia desenvolveu-se, possivelmente entre 1.000 anos a.C e 1.000 anos d.C.5
Fases Paleoindígena e Arcaica
Acredita-se que a população da cultura Paleoindígena era pouco numerosa, dispersa, nômade e organizavam suas sociedades em pequenos bandos. Os grupos paleoindígenas sul-americanos davam ênfase à caça de animais de pequeno porte e coleta de moluscos e plantas, sendo que a caça de grandes animais (onças, sucuris, preguiças e tatus gigantes e antas) era realizada com uma frequência rara.
A fase Paleoindígena amazônica, surgida por volta de 9.200 a.C, apresentava semelhanças comuns às demais e baseava-se na coleta de frutas, na caça e pesca, tendo mais tarde desenvolvido uma cultura de exploração do pescado e coleta de moluscos.
Na caverna da Pedra Pintada, hoje situada no município paraense de Monte Alegre, foram encontrados restos alimentares que derivam essa teoria. Também foram encontrados pontas de lança neste sítio arqueológico, sugerindo assim seu uso em caça de animais de grande porte, especialmente grande peixes. Entretanto, não são considerados como um indicativo de especialização na caça deste tipo, sendo apenas na caça e coleta generalizada.
Já a fase Arcaica foi mais diversificada que a Paleoindígena. Os habitantes do período Arcaico utilizavam novos recursos alimentares, explorando regiões como estepes, lagos e litoral. A caça não era mais especializada em megafauna e houve aumento da coleta animal e vegetal. A partir daí também verificou-se a domesticação de animais e plantas, levadas com a experimentação e o conhecimento.
Na região dos atuais estados do Amazonas e Pará, em especial, começou-se a fabricar cerâmicas ao longo do rio Amazonas, por volta de 6.000 a.C. Essa medida cultural acentuou-se entre 2.000 anos e 1.000 anos a.C, com alta produção de cerâmica para decoração incisa, algumas apresentando pinturas geométricas nas cores vermelha e branca. Também nesse intervalo teve início a formação de horticultores de raízes, principalmente a mandioca.5
Os principais materiais confeccionados da fase Arcaica eram instrumentos de pedras lascados - machados, pedras de quebrar nozes, moedores, alisadores e utensílios de ossos e chifres - e cerâmicas avermelhadas, com formatos de cuias abertas.5
Fase Pré-histórica Tardia
O período da Pré-história Tardia dá-se entre 1.000 anos a.C e 1.000 anos d.C e se caracteriza pelo surgimento de sociedades indígenas com alto grau de desenvolvimento econômico, demográfico, político e social e grandíssimos domínios culturais. A Amazônia foi um ambiente propício para o desenvolvimento destas sociedades pré-históricas, tendo em vista que estas desenvolveram-se às margens de grandes rios e a região possui uma abundância destes.
Os rios Amazonas e Orinoco serviram como principais locais de estabelecimento destas sociedade nas América do Sul e América Central, de acordo com dados arqueológicos e etno-históricos, além de outras regiões como a Cordilheira dos Andes e a região litorânea do Caribe.5
Na Amazônia, em especial, desenvolveu-se os construtores de tesos. Essa cultura, no entanto, foi logo sucedida por sociedades hierarquizadas e complexas, surgidas principalmente na região da Ilha do Marajó, e em uma região geográfica entre Santarém, no Pará, e Urucurituba, já no Amazonas. Essas sociedades produziam cerâmicas refinadas, hoje conhecidas como "cerâmicas marajoara" e "cerâmicas tapajônicas".5
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