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As Classes e movimentos sociais

Por:   •  20/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  281 Visualizações

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1- Segundo Bottomore, quais são os elementos sobre “Estratificação social” que existe consenso dentro da sociologia? Fundamente

Bottomore diz que existem alguns elementos a respeito das estratificações sociais que não existem discussões, havendo assim um consenso a respeito, existindo causas usadas como uma tentativa de explicar o que são essas estratificações, sendo elas de ordem natural (como gênero, raça etc) e de ordem social (a partir de mudanças históricas), pertencendo assim a duas ordens distintas de fato, o autor cita uma passagem de Rousseau muito clara e objetiva para poder explicar o que são realmente essas ordens, que diz o seguinte “Considero que há dois tipos de desigualdades entre a espécie humana: uma, que denomino natural ou física, porque é estabelecida pela natureza, consiste numa diferença de idade, saúde, força corporal e das qualidades do espírito ou da alma. Outra, que pode ser denominada desigualdade moral ou política, porque depende de um tipo de convenção, e é implantada, ou, pelo menos, autorizada, pelo consentimento dos homens. Esta última consiste em diferentes privilégios, desfrutados, por alguns homens, em prejuízo de outros; tais como o de ser mais rico, mais venerado, mais poderoso ou mesmo de ocupar uma posição que obriga à obediência”.

Além desse consenso, existe outro que diz que as classes sociais, ao contrário das castas ou estamentos feudais, são mais exclusivamente grupos econômicos, não estando apoiadas a nenhum regulamento, seja ele religioso ou legal, ademais a filiação a uma classe não faz com que esse indivíduo possua direitos civis ou políticos “especiais”, ou seja, diferente do resto da sociedade.

2- Segundo Bottomore, a teoria sobre Classe Social do Marx tem sido alvo de diversas críticas e defesas: quais são estas? Fundamente

De acordo com o autor, a teoria de Marx, no decorrer dos últimos 80 anos, tem sido objeto de incessante crítica e de uma defesa tenaz. O autor aborda 4 das principais críticas, sendo a primeira, uma crítica sobre Marx ter falado tanto sobre as classes sociais e os conflitos de classes quando faz explicações sobre transformações históricas importantíssimas e esquecer outras importantes relações sociais, principalmente as que unem os homens dentro das comunidades nacionais.

A segunda crítica é a de que a sua tese não se adapta à explicação de numerosos tipos de estratificação social, Marx usa o termo “classe” com dois sentidos distintos, primeiro usa para referir-se a grandes grupos sociais que estão em constante conflito uns com os outros, em vários tipos de sociedade humana, o autor coloca como exemplo a famosa frase de Marx “A história de todas as sociedades até agora existentes é a história da luta de classes.”, já o segundo sentido dessa mesma palavra foi usado intensamente para explicar as classes sociais na sociedade capitalista. Essa segunda crítica, de acordo com o autor, não está nem em que Marx tenha deixado de falar sobre os outros tipos de estratificações sociais e sim porque os marxistas posteriores se abstiveram na maioria dos casos de examinar a utilidade e as limitações da teoria quando aplicada a outras situações históricas.

Já a terceira crítica é focada no abismo social entre duas classes sociais principais, onde na sociedade moderna esse abismo não foi concretizado porque a produtividade da indústria moderna aumentou tanto que houve uma melhoria considerável no nível de vida, mesmo que a distribuição de renda entre as classes tivesse se mantido inalterada, o nível de vida da classe proletarizada atingiu uma altura que novas aspirações e atitudes sociais seriam encorajadas, estando a uma distância enorme daquelas que apoiam objetivos revolucionários.

E, finalmente, a quarta crítica é a de que houve uma falta de incorporação de crescimento das “novas” camadas médias, onde na sociedade moderna os grupos de status se tornaram muito mais importantes do que as classes sociais no sistema de estratificação como um todo.

3- Compare a concepção de classe social de Marx e Weber. Fundamente sua resposta

• Para Marx haviam somente dois grandes grupos potenciais: a burguesia e o proletariado, já para Weber existem subgrupos desses dois grandes grupos, pois para ele um mesmo grupo tem diferentes relações e por isso não tem como haver uma homogeneidade.

• Para Weber a relação existente entre os grupos de status em diferentes níveis são relações de competição e não de conflito, sem haver um abismo entre as duas, ao contrário do que Marx afirma em seu estudo a respeito das classes sociais.

• A explicação sobre o conhecimento da realidade social de Marx é somente sobre o modo que ela se apresenta, já Weber baseia sua explicação através de pressupostos como forma de compreensão.

• A noção de classe de Marx era incluída em uma estrutura mais ampla de sua teoria de mudança social, e o desenvolvimento de um sistema particular (capitalismo moderno), já Weber procura entender a realidade que temos em volta, o significado cultural das suas aparições etc, onde a realidade social humana não pode ser conhecida sem pressupostos.

• Ao contrário de Marx, Weber acreditava que era possível haver uma coexistência entre estratificações em classes e estratificações a base de prestígio social e da honraria, ampliando assim seu estudo a outras classes e estratificações, sugerindo, assim, uma concepção totalmente diferente de Marx.

• O conceito de classe de Marx, dependia de uma certa homogeneidade das condições de vida e trabalho, ao contrário do que Weber diz.

4- A que se refere Weber quando fala de “Estratificação pelo prestígio”? Fundamente

Weber se refere à importância de possuir de riqueza na distinção de classes, dessa forma, acreditava que o julgamento de valor que as pessoas fazem umas das outras contribuem para o seu posicionamento nas respectivas classes sociais, o prestígio de acordo com o mesmo, não se refere somente ao status de uma pessoa, mas também do nível de propriedade, renda, liderança, poder, nível de educação, cultura, sucesso na carreira almejada, relações de parentesco etc.

5- Fundamente por que os conceitos de Ação Social e Relação Social são importante para Weber para pensar em Classes Sociais:

Weber procura entender o motivo pelo qual as pessoas praticam determinada ação, ele defende que apenas os indivíduos são capazes de realizar ações sociais, dessa forma, podemos perceber que ele busca captar toda a essência da sociedade partindo

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