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As Cores De John Dalton

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Por:   •  9/12/2013  •  1.077 Palavras (5 Páginas)  •  617 Visualizações

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Portador de uma doença ainda não diagnosticada em sua época, Dalton que era um pesquisador incansável da metereologia, deixou seu nome gravado para sempre na história da ciência como o criador da primeira teoria atômica moderna e pela descoberta da anomalia da visão das cores conhecida hoje pordaltonismo ou dicromatismo.

Em 1794, depois de ter realizado muitas observações sobre certas peculiaridades da visão, Dalton descreveu o fenômeno da cegueira congênita para as cores, que se verifica em alguns indivíduos. Começava ali uma jornada para desvendar está especial diferença.

Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossomo X, ocorre com maior frequência entre os homens, que possuem apenas um cromossomo X, enquanto mulheres possuem dois.

Os portadores desse gene apresentam dificuldade na percepção de determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute na percepção das restantes cores do espectro.

Esta perturbação é causada por ausência ou menor número de alguns tipos de células do olho chamadas cones, ou por uma perda de função parcial ou total destes, normalmente associada à diminuição de pigmento nos foto receptores que deixam de ser capazes de processar diferencialmente a informação luminosa de cor.

Células Cone

A retina humana possui três tipos de células sensíveis à cor, chamadas cones. Cada um deles é sensível a uma determinado faixa de comprimentos de onda do espectro luminoso, azul-violeta, verde e verde-amarelo.

A classificação dos cones em “vermelho”, “verde” e “azul” (RGB) é uma simplificação usada por comodidade para tipificar as três frequências alvos, embora não corresponda à sensibilidade real dos foto receptores dos cones.

Todos os tons existentes derivam da combinação dessas três cores primárias. As tonalidades visíveis dependem do modo como cada tipo de cone é estimulado.

A luz azul, por exemplo, é captada pelos cones de “alta frequência”. No caso dos daltônicos, algumas dessas células não estão presentes em número suficiente ou registram uma anomalia no pigmento característico dos foto receptores no interior dos cones.

Tipos sim, intensidade não!

Não existem níveis de Daltonismo, apenas tipos.

Podemos considerar que existem três grupos de discromatopsias: Monocromacias, Dicromacias e Tricromacias Anómalas.

Monocromacia ocorre quando há apenas percepção de luminosidade na visão dos animais. São as células bastonetes as responsáveis por esta percepção, que permite variações diferentes da cor cinza. Normalmente, os monocromatas apresentam a chamada “visão em preto e branco”.

- O monocromata típico é caracterizado pelo monocromatismo de bastonetes, que corresponde a uma discriminação de cores nulas pela falta de cones. Ocorre na população humana com uma incidência de 0,003% nos homens e de 0,002% nas mulheres.

Essa característica é encontrada em muitos animais, como aqueles de hábitos noturnos, peixes abissais e pinguins.

- O monocromata atípico possui um monocromatismo de cones, assim a não discriminação de cores é devido a falta de sinais oponentes por ter apenas um tipo de célula cone. É muito raro na população humana.

É encontrado em alguns animais, como em alguns ratos e no quivi, ave neozelandeza que enxerga tons no espectro da luz verde.

A Dicromacia, que resulta da ausência de um tipo específico de cones, pode apresentar-se sob a forma de:

- Protanopia (em que há ausência na retina de cones “vermelhos” ou de “comprimento de onda longo”, resultando na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espectro).

- Deuteranopia (em que há ausência de cones “verdes” ou de comprimento de onda intermédio, resultando, igualmente, na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espectro).

Trata-se uma das formas de daltonismo mais raras (cerca de 1% da população masculina), e corresponde àquela que afetou John Dalton (o diagnóstico foi confirmado em 1995, através do exame do DNA do seu globo ocular).

- Tritanopia (em que há ausência de cones “azuis” ou de comprimento de onda curta, resultando na impossibilidade de ver cores na faixa azul-amarelo).

A Tricromacia anómala resulta de uma mutação no pigmento dos foto receptores dos cones retinianos , e manifesta-se em três anomalias distintas:

- Protanomalia (presença de uma mutação do pigmento sensível às freqüências mais longas (“cones vermelhos”). Resulta numa menor sensibilidade ao vermelho e num escurecimento das

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