Ações do serviço social na saúde

4.1 Ações do serviço social na saúde

A ação do assistente social não deve pautar-se apenas em seus usuários, mas também de todo o corpo de funcionários da instituição de saúde, envolvendo o diretor, o recurso humano, médicos, enfermeiros, recepcionistas, fazendo um trabalho que possa quebrar a imagem do “clientelismo” e “assistencialismo” e traga a saúde como um direito e não um mero “favor”, tratando seus usuários com total respeito e dignidade. O serviço social não deve trabalhar de forma isolada, mas em uma equipe multidisciplinar em que todos os profissionais caminhem para uma mesma direção, mantendo constantemente diálogos, discussões, debates, ampliando assim o conhecimento e também a aproximidade entre os profissionais. O profissional, com direção em seu projeto profissional deve buscar a emancipação, a autonomia e a liberdade de seus usuários, trazendo então discussões positivas, ações em que possa alcançar o seu objetivo, trabalhando questões de gênero, preconceitos, valores, cultura, sexualidade, dentre outros, modificando as relações sociais.

Dentro do âmbito da saúde pode também promover campanhas de prevenção de doenças, tais como as DSTs, elaborar projetos que visem a conscientização de saneamento básico, meio ambiente, saúde, com um caráter educativo, dando autonomia para que o individuo possa reivindicar pelos seus direitos e também construir um projeto de vida mais saudável.

É de grande relevância o assistente social participar dos conselhos de saúde e incentivar seus usuários de fazerem parte também, contribuindo no fortalecimento dos espaços de participação social da saúde, construindo novos sujeitos coletivos. O trabalho em rede é fundamental, pois articula as políticas sociais visando o todo e não só a uma demanda específica e facilita no acompanhamento do caso, pois independente do setor em que o usuário é encaminhado, há uma rede por trás que tem um mesmo foco.

O assistente social deve ter um planejamento de suas ações, realizando estudos, pesquisas sobre as expressões da questão social na saúde, utilizando de todos os seus instrumentais, tais como, as entrevistas, a abordagem, visitas e também todas as suas potencialidades, incluindo seu conhecimento teórico, metodológico e crítico da realidade social para que assim possa fazer uma intervenção que busque a transformação social.

Para Vasconcelos (2006,p.271)

É nessa direção que o tempo dos usuários, nas unidades de saúde ou em qualquer espaço social, é um bem precioso, tanto para os usuários – que, usufruindo os conhecimentos e saberes que permeiam aqueles espaços, têm a possibilidade de exercer e exercitar seus direitos e suas lutas -, quanto para os profissionais – para dar vida aos conhecimentos que portam a partir de um atendimento de qualidade na direção dos objetivos propostos.