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BRASIL DIVERSA POPULAÇÃO: algumas estimativas

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Por:   •  18/8/2014  •  Tese  •  716 Palavras (3 Páginas)  •  242 Visualizações

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Tudo começou no século XX com o aparecimento das favelas em 1940 e a partir de 1970, com a criação dos condomínios e loteamentos fechados. A dualidade das formas de morar passaram a se apresentar como dois extremos da desigualdade territorial do país, associada a ricos e pobres. Se por um lado vive-se em ambientes construídos por tijolo aparente, palha, blocos de cimento e restos de madeira, por outro uma parte da população, sendo esta rica, se isola do mundo e constrói em loteamentos fechados casas extremamente luxuosas, ficando responsável em partes pela fragmentação do espaço urbano. Nesse sentido, o que observamos é um espaço que atrairá novas favelas, já que os trabalhadores e empregados desses condomínios precisam de moradia, criando um fenômeno denominado Alphaville-Alfavela.

No contexto da RMBH, escolhemos abordar dois condomínios residenciais de classes econômicas distintas. O primeiro trata-se do condomínio fechado recém-criado, Alphaville, localizado próximo ao aeroporto de Confins. Sua estrutura é moderna e luxuosa e entre seus principais atrativos estão a segurança e o lazer.

Já o segundo refere-se ao condomínio Maria Antonieta Mello Azevedo, mais conhecido como conjunto Palmital, localizado na cidade de Santa Luzia. Tornou-se a maior favela e um dos bairros mais perigosos da região devido às ocupações irregulares. O Palmital foi planejado, construído e vendido pela COHAB e deveria ter sido administrado pelos órgãos públicos locais, o que não ocorreu, provocando a modificação habitacional padrão e formando o aglomerado atual.

A POPULAÇÃO FAVELADA BRASILEIRA: algumas estimativas

Pesquisas feitas pelo IBGE como complemento do Censo 2010 apuraram que nesse mesmo ano, 6% da população brasileira, cerca de 11.425.644 pessoas moravam em favelas distribuídas em 3.224.529 domicílios particulares.

Esses domicílios se concentravam da seguinte forma nas regiões:

• Sudeste: 49,8%, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro que concentravam 23,2% e 19,1% respectivamente.

• Nordeste: 28,7%, sendo as regiões da Bahia e de Pernambuco as principais, com 9,4% e 7,9%.

• Norte: Reunia 14,4%, sendo 10,1% do Estado do Pará.

• Sul: 5,3%, ou 590.500, mais da metade no Rio Grande do Sul.

• Centro-Oeste: com 206.610 ou 1,8% do total nacional nos aglomerados subnormais –133.556, apenas no Distrito Federal.

Fonte: http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/favelas-brasileiras/

A tabela abaixo retrata as formas de ocupação nos bairros Cristina e Palmital, em Santa Luzia,

As áreas de favelas presentes nos bairros Cristina e Palmital reúnem cerca de 84% das famílias que moram em vilas/favelas na região de São Benedito. Assim, dentre todos os domicílios em favelas e vilas de todo município, temos a estimativa de que 70% se localizam nos bairros Cristina e Palmital. A região dos conjuntos habitacionais também concentra boa parte dos domicílios em loteamentos irregulares públicos (59%) e privados (91%), com destaque para este último padrão, composto em grande parte pelos 200 domicílios

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