Competencia Profissional
Por: SamLipe • 12/5/2015 • Trabalho acadêmico • 4.281 Palavras (18 Páginas) • 99 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO -------------------------------------------------- pág. 01
DESENVOLVIMENTO ---------------------------------------- pág. 02
CONSIDERAÇÕES FINAIS -----------------------------------pág. 14
REFERÊNCIAS ------------------------------------------------- pág. 14
INTRODUÇÃO:
O trabalho tem como objetivo os conhecimentos adquiridos referentes ás pesquisas realizadas e ao conhecimento da disciplina de Competências Profissionais, que traz como maior desafio a produção de um relatório de pesquisa sobre o desenvolvimento e desafios do Assistente Social na atualidade. Onde o grupo deve fazer pesquisas para um melhor aprofundamento de conhecimentos sobre a Lei 8.662/1993, conhecer a importância bem como suas aplicações práticas no exercício do Serviço Social contemporâneo. Abordaremos também a resolução do CFESS N° 569, de 25 de março de 2010. Apresentar dentro desse contexto os fatos relevantes sobre a atuação do profissional de Serviço Social na sociedade contemporânea, bem como os desafios e problemas que surgem no cotidiano desse profissional.
Neste trabalho também apresentaremos uma entrevista feita com uma profissional do Serviço Social onde serão elaboradas 10 perguntas referente aos problemas e desafios encontrados pelos assistentes sociais em seu cotidiano. A Área escolhida foi o CRAS, onde veremos que apesar de dez anos de existência do SUAS ainda existem várias interrogações sobre as Políticas Publicas, e finalizaremos com reflexões apontadas pelo grupo.
DESENVOLVIMENTO
Criação e funcionamento dos Conselhos de fiscalização e os movimentos de reconceituação.
Os Conselhos de fiscalização das profissões no Brasil surgem nos anos 1950, tendo o Estado o papel de regulamentar as profissões tidas como liberais, quando não possui vínculo empregatício. O interesse era manter o controle dos profissionais, por meios de entidades sem autonomia com o Estado exercendo o controle político dentro do cenário de regulação estatal.
Quanto ao Serviço Social dentro dessas profissões, esta foi uma das primeiras a regulamentar o trabalho com a aprovação da lei 3252 de 27 de agosto de 1957 que posteriormente seria revogada pela Lei n° 8.662 de 07 de junho de 1993. Mas retomando a Lei 3252 regulamentada pelo Decreto 994 de 15 de maio de 1962, estabelece no seu artigo 6° que a fiscalização do exercício profissional ficaria a cargo do Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS).
Esse instrumento legal marca a criação das siglas acima, contudo, atualmente essas nomenclaturas passaram a ser denominadas CFESS e CRESS, tendo efeito de constituição e jurisdição no território nacional. Lembrando que os Conselhos inicialmente se apresentavam como meras entidades autoritárias, buscando exclusivamente as exigências de inscrição e fiscalização dos profissionais no pagamento dos tributos, o que marcou o seu inicio no âmbito do Serviço Social.
Vale ressaltar que para atingir os objetivos e conquistas contemporâneas diante da profissão, há de discorrer sobre a concepção conservadora que prevaleceu nas primeiras décadas da profissão, com propósito de controlar o processo de industrialização e urbanização, com a classe dominante controlando a insatisfação da classe proletária, evitando possíveis avanços comunistas no país. A profissão encaminhou nesta perspectiva por alguns anos com o Estado contratando agentes sociais na execução dessas tarefas, já que o país passava por um aglomerado urbano.
A intenção era manter a ordem e atender os interesses da classe dominante, tendo a população sob seus domínios, assim o profissional de Serviço Social foi penetrando e exercendo suas atividades no Estado, inicialmente como citado numa concepção conservadora a qual tratava exclusivamente em manter a ordem e a população alheia aos acontecimentos, focando somente o problema social do individuo como uma situação de ordem natural visualizava o individuo como pessoa humana e não como um ser transformador, que seria capaz de mudar sua realidade, mas como um indivíduo predestinado a viver de acordo com realidade apresentada.
Já nos anos 50 e 60 com o Brasil apresentando um panorama sociopolítico e econômico, os profissionais de Serviço Social passam a vivenciar uma nova realidade na execução das intervenções, no entanto que o Estado enxerga a necessidade da criação de Conselhos de fiscalização para a profissão, como supracitado no inicio.
Esse processo de visualização do individuo dentro da sociedade leva os Assistentes Sociais a um novo paradigma, no que tange aos atendimentos e as perspectivas de mudança da profissão, iniciando os movimentos de reconceituação com a categoria de profissionais assumindo um novo posicionamento frente das entidades, desenvolvendo movimentos de mudanças como o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, ocorrido em 1979 e conhecido como o Congresso da Virada pelos profissionais “pelo caráter contestador e o desejo de transformar a práxis político- profissional na sociedade brasileira” (CFEES,1996).
Com parte da categoria lutando pela redemocratização, objetivando fortalecer o novo projeto profissional, tem se a organização e disputa pela direção dos Conselhos Federais e Regionais, através da vinculação do movimento sindical.
Partido desse pressuposto, com as novas gestões assumidas junto ao Conselho Federal de Serviço Social este busca a democratização entre os Conselhos Federais e Regionais, realizando articulações políticas com os movimentos sociais e demais entidades da categoria e destas com os profissionais.
Nesse período o movimento de reconceituação do Serviço Social já se apresentava no País tendo em vista que seu surgimento foi a partir dos anos 60, com um movimento critico ao positivismo e ao funcionalismo, tendo o primeiro rompido com o Serviço Social Tripartite e o segundo rompido com o Serviço Social Positivista.
O Serviço Social buscava uma estruturação e fundamentação na visão marxista, no entanto que em 1967 e 1970 temos como marco a perspectiva modernizadora no Serviço Social com os documentos de Araxá e Teresópolis respectivamente. Partindo do seminário de Araxá, os profissionais do Serviço Social buscavam a institucionalização pela ação interventiva junto ao individuo com desajuste familiar e social em detrimento ao processo de industrialização e as novas conjunturas da sociedade.
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