Deliamento da Pesquisa Social
Por: Adriana Lucena • 21/2/2016 • Trabalho acadêmico • 2.090 Palavras (9 Páginas) • 1.065 Visualizações
Delineamento da Pesquisa Social
1.1 Conceituação:
A elaboração do problema, a construção de hipóteses e a identificação das semelhanças entre as variáveis são importantes etapas para a determinação teórica ou processo conceitual da pesquisa. A afirmação desta determinação histórica ou processo conceitual da pesquisa que se originam essencialmente de exercícios lógicos é fundamental para que o problema adquira a acepção científica. Assim se faz mister checar a visão teórica do problema, com as informações da realidade para então decidir sobre o delineamento da pesquisa. Delinear a pesquisa diz respeito ao planejamento da pesquisa em sua definição mais abrangente, o que inclui o seu arranjo gráfico e a interpretação de dados. Dentre outras circunstâncias, o delineamento considera o ambiente em que são subtraídos os dados, também como as maneiras de controle das variáveis incluídas. No delineamento da pesquisa, as inquietações lógicas e teóricas da etapa anterior são substituídas pelos problemas mais práticos de verificação. O delineamento ocupa-se do contraste entre a teoria e os fatos, e seu alinhamento é a de uma tática ou plano global que determine as manobras para realizá-lo. O delineamento é considerado o passo em que o pesquisador começa a conceber a aplicação de métodos discretos, ou seja, daqueles que oportunizam os meios técnicos para a investigação.
1.2 Diversidade de Delineamentos:
Com relação à resolutividade de problemas de pesquisa, normalmente sucede mediante o teste de hipóteses. Tendo em vista que há muitas probabilidades de testar hipóteses, emana grande diversidade de delineamento próprio, peculiar, ocasionado pelo objeto de investigação, pelas dificuldades na obtenção de dados, pelo nível de exigência e pelos recursos materiais ofertados ao pesquisador. Para Gil (2011, p. 50) O elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados. Assim, podem ser definidos dois grandes grupos de delineamento: aqueles que se valem das chamadas fontes de “papel” e aqueles cujos dados são fornecidos por pessoas. No primeiro grupo estão a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. No segundo estão a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post-facto, o levantamento, o estudo de campo e o estudo de caso. Salientando que a organização descrita na citação anterior não pode ser considerada rigidamente, pois algumas pesquisas, considerando as suas funcionalidades, não se encaixam facilmente num ou noutro modelo classificado. Porém, geralmente torna-se possível catalogar as pesquisas embasadas nos títulos retrodefinidos.
1.3 Pesquisa Bibliográfica:
A pesquisa bibliográfica é executada de posse do material já elaborado, essencialmente subtraídos de livros e artigos científicos. Cumpre observar que existem pesquisas desenvolvidas exclusivamente mediante a fontes bibliográficas. A preeminência principal da pesquisa bibliográfica consiste no fato de facultar ao investigador o ato de abranger uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela pesquisada diretamente. Esta preeminência torna-se particularmente valorosa quando problema de pesquisa solicitar dados muitos dispersos pelo espaço. A pesquisa bibliográfica é absolutamente necessária nos estudos históricos. Em muitas situações, não há outra opção de conhecer os fatos passados senão com bases em dados secundários. Em contrapartida, essas preeminências da pesquisa bibliográfica podem comprometer a qualidade da pesquisa, pois algumas fontes secundárias exprimem dados coletados ou processados equivocadamente. Portanto, um trabalho alicerçado nessas fontes poderá repetir ou mesmo expandir o erro. Para diminuir esta probabilidade é preciso que os pesquisadores certifiquem-se das condições em que os dados foram obtidos, analisar proficuamente cada informação para detectar possíveis inconsistências (GIL, 2011).
1.4 Pesquisa Documental:
Gil (2011) advoga que a pesquisa documental possui similaridade com a pesquisa bibliográfica. A diferença entre as mesmas encontra-se na natureza das fontes. A pesquisa bibliográfica faz uso substancialmente das contribuições de diversos autores alusivo à determinada temática, já a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam um tratamento analítico, ou que ainda facultam de ser reelaboradas em consonância ao objetivo da pesquisa. O desenvolvimento da pesquisa documental acompanha as mesmas etapas da pesquisa bibliográfica. Porém, a primeira etapa consiste na exploração de fontes documentais que são numerosamente expressivas. De um lado existem os documentos considerados de primeira mão que não receberam qualquer ajuste ou tratamento analítico, tais como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diário, filmes, fotografias, gravações etc. De outro lado, existem documentos de segunda mão, que e alguma maneira já foram analisados, como relatórios de pesquisas, relatórios de empresas, tabelas estatísticas (GIL, 2011, p. 51).
1.5 Pesquisa Experimental:
Geralmente, o experimento simboliza o melhor exemplo de pesquisa científica. Fundamentalmente, o delineamento da pesquisa experimental incide em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que poderiam influenciá-lo, explicar as formas de controle e de observação das implicações que a variável produz no objeto. Segundo GIL (2011, p. 51) o esquema básico da experimentação pode ser assim descrito: Seja Z o fenômeno estudado, que em condições não experimentais se apresenta perante os fatores, A, B, C, e D. A primeira prova consiste em controlar cada um desses fatores, anulando sua influência, para observar o que ocorre com os restantes. Seja o exemplo: A, B e C produzem Z A, B e D não produzem Z B, C e D produzem Z. Com relação aos objetos em curso, entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou ratos, não se identificam expressivas limitações quanto a possibilidade experimentação. No entanto, quando cabe experimentar com objetos sociais, como pessoas, grupos ou instituições, as limitações já ficam evidentes, pois considerações éticas e humanas impossibilitam que a experimentação se concretize eficientemente nas ciências sociais (GIL, 2011, p. 52).
1.6 Pesquisa Genuinamente Experimental:
Para o reconhecimento de um estudo considerado genuinamente experimental, se faz necessário que o mesmo apresente algumas distinções. Primordialmente, é indispensável que os indivíduos
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