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Discussão E Execução De Medidas Preventivas Quanto Ao Uso De Drogas Entre Alunos De Ensino médio

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Por:   •  21/2/2015  •  4.068 Palavras (17 Páginas)  •  512 Visualizações

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Discussão e execução de medidas preventivas quanto ao uso de drogas entre alunos de ensino médio

Cristiane Campos Lemos

Centro Experimental Atheneu Sergipense

20/02/2013

Aracaju-SE

1. Instituições integrantes e parceiras do projeto (inclusive escolas da rede pública de ensino)

• Laboratórios no NIPPEC (Núcleo Integrado de Pós-graduação e pesquisa em ensino de ciêncvias.

• Biblioteca ligada à rede mundial de computadores com acesso aos periódicos da capes e web of science; serviço de comutação BIREME e COMUT; AACR do acervo autorizado.

• Núcleo de prevenção as drogas e reinserção social da Polícia Civil.

2. Justificativa (importância do projeto, destacando, a ação de formação e estímulo em C,T&I para o bolsista)

Ao desenvolver qualquer tipo de trabalho com o ser humano, espera-se que os envolvidos no processo tenham um conhecimento mínimo de suas fases de desenvolvimento que permitam dialogar e entender como se estabelece esse desenvolvimento. Tal conhecimento pode auxiliar no estabelecimento de um diálogo que conduza a uma relação com um grau menor de complexidade, consequentemente mais saudável e produtivo.

Existe uma diversidade de teóricos que trazem a questão do desenvolvimento humano, como Piaget e Freud.

Desde muito cedo Jean Piaget demonstrou sua capacidade de análise. O seu primeiro trabalho científico foi elaborado aos 11 anos a partir da observação de um pássaro em um a praça pública de sua cidade. Seu grande interesse por ciências contribuiu para a sua formação em biologia e principalmente em pesquisar sobre o desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos. As teorias de Jean Piaget, portanto, tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos. Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos.

Faz-se necessário esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência, mas, experimentalmente, comprovou suas teses.

Não representa tarefa fácil resumir a teoria de Piaget, pela sua extensão e complexidade. Desde que se interessou pelo desenvolvimento da inteligência humana, Piaget trabalhou compulsivamente em seu objetivo, até as vésperas de sua morte, em 1980, aos oitenta e quatro anos, deixando escrito aproximadamente oitenta livros e mais de quatrocentos artigos.

Para ele, a inteligência é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova, e como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelos meios que o cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada buscando um aperfeiçoamento de potencialidades.

No que concerne ao comportamento dos seres humanos, afirma que não é inato, nem resultado de condicionamentos, o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação às situações novas, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” ele será.

No modelo piagetiano, o desenvolvimento humano é explicado segundo o pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer. Esses fatores que são complementares envolvem mecanismos bastante complexos e intrincados, tais como: o processo de maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do organismo ao meio [1].

O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante na teoria de Piaget, pois ele representa o fundamento que explica todo o processo do desenvolvimento humano. Trata-se de um fenômeno que tem, em sua essência, um caráter universal, já que é de igual ocorrência para todos os indivíduos da espécie humana, mas que pode sofrer variações em função de conteúdos culturais do meio em que o indivíduo está inserido [1].

O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intrauterino e vai até aos 15 ou 16 anos. Piaget diz que a epistemologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A Construção da inteligência dá-se, portanto, em etapas sucessivas, com complexidades crescentes encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou de “construtivismo sequencial” e classifica períodos em que se dá este desenvolvimento motor, verbal e mental, a saber: Sensório motor; simbólico; intuitivo; operatório concreto; operatório abstrato. A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade.

Do nascimento aos dois anos, aproximadamente, a principal característica deste período (sensório motor) é a ausência da unção semiótica. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através do deslocamento do próprio corpo. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciada (o mundo é ele).

Dos dois aos quatro anos, aproximadamente, é observada a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc. Permite criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação. É o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais, pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma tampa de panela em um carrinho, por exemplo), período em que o indivíduo dá alma ao objeto (o carro da mamãe foi “dormir” na garagem). A linguagem está em nível de monólogo coletivo; todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados. Há também o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”), etc.

Dos quatro aos sete anos, aproximadamente (período intuitivo). Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a idade dos “porquês”. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu ponto de vista.

Dos sete aos onze anos, aproximadamente. Período em que o indivíduo consolida as conservações de número, substâncias, volume e peso. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho, incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando. Podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a elas e estabelecer compromissos. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que, no entanto, possam discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.

Dos onze anos em diante. É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. É finalmente, a abertura para “todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê em nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade.

A importância do conhecimento destas possibilidades reside no fato de que os professores participantes ativos de cada um desses períodos podem oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo, preparando-os assim para sua fase de vida adulta.

Segundo Freud, o aparelho psíquico está dividido em três planos ou sistemas: consciente, pré-consciente e inconsciente, com a analogia de que o funcionamento mental ocorre “comparado” ao iceberg. Pontua que a porção acima da superfície corresponde ao consciente, a porção que se torna visível conforme o movimento das águas, corresponde ao pré-consciente e a parte submersa, proporcionalmente muito maior, corresponde ao inconsciente [2].

O conceito de desenvolvimento da personalidade, para Freud, ocorre perpassando por algumas fases e à medida que um indivíduo transita da fase inicial da vida à fase adulta, mudanças marcantes ocorrem no que é desejado e em como estes desejos são satisfeitos. As modificações nas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos básicos na descrição de Freud das fases de desenvolvimento.

Desde o nascimento, necessidade e gratificação estão ambas concentradas predominantemente em volta dos lábios, língua e, um pouco mais tarde, os dentes. A pulsão básica do bebê não é social ou interpessoal, é apenas receber alimento para atenuar as tensões de fome e sede. Enquanto é alimentada, a criança é também confortada, aninhada, acalentada e acariciada. No início, ela associa prazer e redução da tensão ao processo de alimentação.

A retenção de algum interesse em prazeres orais é normal. Este interesse pode ser encarado como patológico se for o modo dominante de gratificação, isto é, se uma pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais para aliviar a ansiedade.

À medida que a criança cresce, novas áreas de tensão e gratificação são trazidas à consciência. Entre dois e quatro anos, as crianças geralmente aprendem a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. O treinamento da toalete desperta um interesse natural pela autodescoberta. A obtenção de controle fisiológico é ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer.

Características adultas que estão associadas à fixação parcial na fase anal são: ordem, parcimônia e obstinação. Freud observou que esses três traços em geral são encontrados juntos. Ele fala do “caráter anal” cujo comportamento está intimamente ligado a experiências sofridas durante esta época da infância.

Bem cedo, já aos três anos a criança entra na fase fálica, que focaliza as fases genitais do corpo. Freud afirmava que esta fase é mais bem caracterizada por “fálica” uma vez que é o período em que uma criança se dá conta do seu pênis ou da falta de um. É a primeira fase em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças sexuais. Freud concluiu, a partir de suas observações, que, durante esse período, homens e mulheres desenvolvem sérios temores sobre questões sexuais.

A fase final do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre com o início da puberdade e o consequente retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.

A adolescência é um período vulnerável, cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade. Nessa fase todos os padrões estabelecidos são questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liberdade e autoafirmação, pois é uma fase do desenvolvimento em que ocorrem mudanças físicas e psicológicas; é quando o indivíduo começa a tornar-se independente dos pais e dar mais valor aos pares; é também quando o indivíduo quer explorar uma variedade de situações com as quais ele ainda não sabe bem como lidar.

Portanto, um adolescente pode não saber ou não conseguir dizer não a um colega que ele admira e que está lhe oferecendo drogas [3]. Os motivos que levam um adolescente a consumir drogas não são pequenos ou uma única causa isolada. Há um conjunto de fatores que o influencia e que predispõe o adolescente a fazer o uso de drogas e estas estão inseridas no contexto o qual o mesmo está inserido.

“Do ponto de vista orgânico, drogas são aquelas substâncias que possuem a capacidade de alterar nosso estado de consciência, nossa percepção.” [4] “Juridicamente conceituada, drogas são substâncias que alteram o estado psíquico, físico e mental do consumidor e que causam dependência química e física.” [5]

Quanto às drogas lícitas, nota-se que a droga mais usada é legal, de consumo aceito pela sociedade e incentivada pela propaganda. Os efeitos do álcool são tais como redução dos reflexos, hepatite, cirrose, gastrite e úlcera, pode levar a desnutrição, causar problemas cardíacos e de pressão arterial, quando usado em grandes quantidades pode ocasionar danos cerebrais irreversíveis. Traz ainda, alterações no humor, visão, fala e raciocínio.

Outro tipo de droga utilizada, muitas vezes de forma indiscriminada, são os medicamentos. De acordo com o V Levantamento[6], a anfetamina aparece entre as quatro drogas mais consumidas do nordeste. Os efeitos produzidos pelo uso prolongado são intensa perda de peso, hipertensão, agressividade, irritabilidade, sentimentos persecutórios, tremores, respiração rápida, desorganização do pensamento e repetição compulsiva de atividades. Em pouco tempo, o organismo passa a ser tolerante à substância, exigindo doses cada vez maiores.

Os tranquilizantes, que são drogas usadas para combater a ansiedade, causam também dependência tanto psicológica quanto física. Essa mesma pode sobrevir em casos de uso intenso e prolongado, e o abandono do vício pode ser muito difícil, produzindo desagradáveis sintomas de abstinência, que surgem entre quatro e oito horas depois da suspensão da droga.

O Tabaco (Nicotiana tabacum) é uma droga orgânica proveniente das folhas secas de plantas do gênero Nicotina, usada na agricultura como pesticida e em alguns tratamentos médicos. Segundo Diniz e Colaboradores[7], o tabagismo pode causar mais de 50 doenças, destacando as doenças cardiovasculares. Já foram isolados mais de 4.720 (quatro mil setecentos e vinte) substâncias químicas no tabaco[8]. Esse mesmo, por exemplo, é classificado como estimulante, ajudando na concentração e modificações no humor. Pode causar hipertensão arterial, infarto do miocárdio, aterosclerose, bronquite crônica, enfisema pulmonar, cânceres de pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, bexiga, rim, faringe, colo de útero, mama, reto, intestino e próstata.

No que diz respeito às drogas ilícitas, dentre as mais utilizadas, destaca-se a maconha. Esta provém das folhas ou, algumas vezes, das flores da planta Cannabis Sativa e é usada como fumo. Ao chegar à corrente sanguínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo, dependendo da personalidade e até do grau de experiência do indivíduo no uso da droga[9].

A curto prazo os efeitos comportamentais típicos são: sensação de bem-estar e felicidade, sonolência, perda da definição de tempo e espaço, coordenação motora diminuída, falha nas funções intelectuais e cognitivas, pensamento mais rápido que a capacidade de falar - o que dificulta a comunicação oral concentração, aprendizado e desenvolvimento intelectual - ideias confusas, aumento da frequência cardíaca e olhos vermelhos.

A dosagem mais alta da maconha pode levar a alucinações, ilusões, paranoias, desorganização de pensamentos, despersonalização, ansiedade e angústia, medo da morte e incapacidade para o ato sexual. A longo prazo, a extensão dos danos, bem caracterizados, se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular[9].

A cocaína é uma substância psicoestimulante extraída das folhas da planta de coca (Erythroxylon coca). Os principais efeitos que se desencadeiam através do uso de cocaína são: sensação intensa de euforia e poder, estado de excitação, hiperatividade, insônia, falta de apetite, perda da sensação de cansaço, dilatação de pupilas e aumento da temperatura corporal. O consumo através da via nasal resseca as narinas. Quando o uso é crônico, há um prejuízo na irrigação sanguínea nasal, a qual pode culminar em necrose dessa área.

O uso da cocaína também produz efeitos cardiovasculares. Taquicardia, hipertensão e palpitações são alguns efeitos. Esta droga também provoca a diminuição de atividade de centros cerebrais que controlam a respiração, podendo assim, provocar a morte do usuário [10].

O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada com bicarbonato de sódio e água. O uso do crack pode gerar inquietação mental e física, insônia, aumento da temperatura, pressão arterial, da frequência respiratória e cardíaca, suor excessivo, tremores, tiques, contrações musculares involuntárias, dilatação da pupila e inibição do apetite. Além disso, os dependentes podem sofrer outros sintomas como: euforia, psicose, agressividade, paranoia, alucinação, mania de perseguição e depressão profunda [11].

Apesar do incentivo de políticas públicas em relação à prevenção ao uso de drogas nas escolas, observa-se que existe uma carência em relação a esta prática. Desta forma, faz-se necessário efetivar ações que possibilitem a discussão bem como a execução de medidas preventivas. A partir da identificação da origem do problema, devem-se criar estratégias educacionais para prevenir o uso abusivo de drogas. É importante que haja uma interação entre família, escola e estado antes de chegar a números alarmantes e situações incontroláveis.

Toda comunidade escolar deve ser envolvida na prática preventiva, pois, “sendo um tema de caráter social deve perpassar todas as disciplinas” [12]. De acordo com pesquisa realizada por Santos e colaboradores [13] em uma escola, 60,5% dos alunos citaram a prevenção como a melhor forma de combate ao uso de drogas.

Esse dado demonstra o esclarecimento que os alunos têm sobre a importância da ação preventiva como a melhor forma de combater as drogas. A prevenção quanto ao uso de drogas no âmbito escolar “deve ser realizada através de informações concisas sobre o assunto, conversas em família, acompanhamento dos jovens, e oferecimento de boas oportunidades para que os alunos não tenham tempo de se envolver com drogas” [13].

Portanto, faz-se necessário refletir sobre essa questão considerando que requer, a princípio, uma postura política, ideológica e, essencialmente, uma postura de humildade, a saber, sempre no papel de aprendiz da construção do conhecimento. A escola deve ir além dos muros dos conteúdos já programados e perceber as reais necessidades de se abordar temas atuais de relevância e preocupações sociais, mesmo percebendo que a escola passa por um momento grave de transição – onde a falência do momento vigente reflete-se no conflito entre o que foi e o que há de vir; entre o velho e o novo.

3. Objetivos

Geral

Elaborar e executar propostas que orientem alunos de ensino médio de uma escola de Aracaju sobre o uso de drogas na adolescência.

Específicos

• Despertar na comunidade escolar a importância da criação e manutenção de um programa de prevenção ao uso de drogas no Centro Experimental Atheneu Sergipense;

• Realizar palestras para comunidade escolar e pais de alunos para integrar escola e família;

• Aplicar um questionário para identificar o quantitativo de usuários de drogas lícitas e ilícitas e conhecer as motivações para o uso e suas principais influências.

• Apresentar os dados coletados em pesquisa para toda a comunidade escolar.

• Publicação do projeto em congressos, revistas e eventos educacionais.

4. Metas

Formação de grupo de estudo e pesquisa sob a orientação de um bolsista composto pelos alunos interessados em participar nas atividades do projeto.

Os grupos deverão fazer levantamento bibliográfico sobre temas relacionados às drogas.

Desenvolvimento de ações para executar medidas preventivas quanto ao uso de drogas entre adolescentes.

Construção e organização de dados obtidos com a pesquisa para apresentações em outras instituições de ensino a partir do apoio com a SEED e em eventos educacionais.

5. Metodologia

Este estudo está dividido em vários momentos que envolvem desde a formação de grupos de alunos que executarão as ações iniciais de leitura e pesquisa sobre o tema drogas, até a apresentação dos resultados obtidos para toda a comunidade escolar e convidados.

No primeiro momento os professores envolvidos vão apresentar o projeto aos alunos para que seja formado o grupo que desenvolverá o levantamento bibliográfico e as demais ações do projeto.

A etapa seguinte será formada por um momento lúdico através da apresentação de um filme que aborda o assunto drogas na adolescência e em seguida será feita uma tempestade idéias para que as etapas seguintes sejam construídas a partir dos questionamentos e dúvidas dos alunos.

Com o objetivo de quantificar o número de dependentes químicos na escola, será elaborado um questionário e este será aplicado aos alunos de todas as turmas do colégio estadual Atheneu Sergipense.

Serão realizadas duas ações ao mesmo tempo. Os alunos envolvidos com a pesquisa farão a contagem dos dados obtidos a partir do questionário e durante esse período será realizada uma palestra para os pais sobre a importância da família para a prevenção do uso de drogas e esta será apresentada por um membro do Núcleo de prevenção das drogas e reinserção social da Polícia Civil.

Todo o grupo se reunirá para discutir os resultados obtidos a partir dos questionários, bem como, escreverão e construirão um material que será utilizado como forma de divulgação dos resultados da pesquisa.

Em seguida, será feita uma apresentação dos dados para pais, corpo discente e docente e convidados.

Encerrada a parte de levantamento e análise de dados e atendendo às normas de um trabalho científico, o projeto será encaminhado à SEED com o intuito de divulgar e propor possíveis apresentações.

6. Estratégias de difusão dos conhecimentos gerados

Divulgação do projeto em eventos nacionais e internacionais, em artigos científicos de revistas nacionais e internacionais. Buscaremos parceria com a Secretaria de Estado de Educação para que em eventos e reuniões possamos divulgar e discutir os relatórios de pesquisa.

7. Bibliografia básica

[1] TERRA, M. R. O desenvolvimento humano na teoria de Piaget.

[2] FADIMAN, J.; FRAGER, R. Teorias da personalidade; coordenação da tradução Odette de Godoy Pinheiro; tradução de Camila Pedral Sampaio, Sybil Safdié. São Paulo. 1986.

[3] SAPIENZA, G; PEDROMÔNICO, M. R. M. Risco, proteção e resiliência no desenvolvimento da criança e do adolescente. 2005.

[4] CARLINI-COTRIM, B. “Estranhando o Óbvio”. In: ABRAMO, H. W; FREITAS, M. V; SPOSITO, M. P. (orgs.) Juventude em Debate. São Paulo: Cortex, 2002.

[5] TRIANA, B, N, C; OLIVIERA, L, A.; Juventude e drogas: uma outra abordagem.

[6] GALDURÓZ, J.C.F.; NOTO, A.R.; FONSECA, A.M.; CARLINI, E.A.; V Levantamento nacional sobre o consumo de drogas psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino nas 27 capitais brasileiras. São Paulo: UNIFESP; 2004.

[7] Diniz, C. A. P. M.; Santana, M. A.; Arçari, D. P.; Thomaz, M. C. A. - Os efeitos do tabagismo como fator de risco para doenças cardiovasculares.

[8] OGA, S. Fundamentos da toxicologia. 2. ed. São Paulo, Atheneu, 2003.

[9] PRATTA, E. M. M.; SANTOS, M. A. Levantamento dos motivos e dos responsáveis pelo primeiro contato de adolescentes do ensino médio com substâncias psicoativas. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, São Paulo. 2006.

[10] OBID - Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas. Disponível no site: <http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/index.php> acessado no dia 21/11/2012 às 20:30 horas.

[11] Governo Brasileiro. Disponível no site: <http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/perguntas-frequentes/2-quais-sao-os-efeitos-do-crack> acessado no dia 21/11/2012 às 21:10 horas.

[12] BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1998. Brasília: Senado Federal.

[13] SANTOS, E.O.; OLIVEIRA, M.F.S.S.; KAUARK, F.S.; MANHÃES, F.C. Abordagem sobre a prevenção das drogas no contexto escolar.

8. Indicação do Co-Orientador (observar informações do item 4. Arranjo da Proposta no Edital)

Nome do Co-Orientador: Ana Cláudia Canário Costa Alves

Formação: Licenciatura em Educação artística – Bacharelado em Educação artística – Pós-graduação em arte-educação.

Escola: Centro Experimental Atheneu Sergipense

Local: Aracaju - SE

Nome do Co-Orientador: Jeanne Dias da Silva Maia

Formação: Licenciatura em História – Bacharelado Psicologia – Pós-graduação em educação e gestão e Pós-graduação em psicologia Junguiana.

Escola: Centro Experimental Atheneu Sergipense

Local: Aracaju - SE

9. Quantidade de bolsas solicitadas: (2)

10. Plano de atividade do bolsista (preencher um Plano de Atividade para cada bolsista indicado para o projeto)

Bolsista 1: Participação nos grupos de alunos que realizarão o levantamento bibliográfico sobre o tema drogas, a escola e a família. Elaboração do questionário. Construção de gráficos dos resultados. Escrita e construção de todo o projeto.

Bolsista 2: Participação nos grupos de alunos que realizarão o levantamento bibliográfico sobre o tema drogas na adolescência e o efeito das drogas no organismo. Contagem e análise dos resultados obtidos nos questionários. Discussão dos resultados. Apresentação dos resultados à comunidade escolar.

10.1 Breve descrição da contribuição do bolsista ao Projeto

Os bolsistas serão os protagonistas do projeto. Eles acompanharão e desenvolverão todas as etapas desta pesquisa. Sabe-se que o uso de drogas entre jovens cresce a cada dia e projetos como este, elaborados por adolescentes do ensino médio, serve de exemplo, ou até mesmo motivação para um jovem não ter contato com as drogas (lícitas ou ilícitas) e caso já seja usuário, verá que é possível abandonar esta prática. Cabe às escolas desenvolverem ações de políticas públicas que orientem a sociedade a viver melhor e com mais qualidade de vida.

10.2 Cronograma de atividade do bolsista

METAS

(relacionar, das metas do projeto, quais serão desenvolvidas com o bolsista) MESES/ANO

(assinale com ‘X’ o período da atividade)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Formação de um grupo de estudo e pesquisa composto por bolsistas e alunos diversos da escola que desejam participar nas atividades do projeto x

Os grupos deverão fazer levantamento bibliográfico sobre temas relacionados às drogas.

x x

Desenvolvimento de ações (por exemplo: elaboração de questionário, palestras, dentre outras) para executar medidas preventivas quanto ao uso de drogas x x x x x x

Construção e organização de dados obtidos com a pesquisa para apresentações dos dados da pesquisa x x x x x

11. Declaração

Na qualidade de candidato(a) à orientador(a), declaro à FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA E À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DO ESTADO DE SERGIPE – FAPITEC/SE que sou conhecedor(a) e aceito os termos do Edital FAPITEC/SE/CNPq Nº 14/2012 - PROGRAMA DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR (PIBIC Jr).

Aracaju (SE), 15 de Março de 2012.

..............................................................

(Assinatura do orientador)

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