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Economizando água na Grande São Paulo

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Por:   •  15/4/2014  •  Resenha  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  227 Visualizações

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A grande estiagem do verão no Sudeste nos últimos dias provocou a realização de uma campanha para economizar água na Grande São Paulo. Extrema, em Minas Gerais, aposta na proteção das nascentes para garantir o estoque de água. O município está ganhando fama mundial com o Programa Conservador das Águas, o projeto recebeu o prêmio da ONU de melhores práticas ambientais no planeta.

São Pedro foi mais uma vez acusado de negacear com as chuvas. Na terra, o grande vilão da vez é o conjunto de represas chamado de Sistema Cantareira, acusado de baixar o nível. O cabeça do complô seria o reservatório Jaguari, o coração do sistema que nos últimos dias mostrava as gengivas e parte dos fundos com menos de 10% da capacidade, assombrando com a falta d'água a região metropolitana de São Paulo. Mas, a responsabilidade material seria do Rio Jaguari, que corre na divisa entre São Paulo e o sul de Minas, e é principal alimentador do sistema. Ele é bebido inteirinho pela população paulistana.

O Rio Jaguari é caudaloso na época de chuva e verte por toda cortina de pedra. Nos picos de cheia alcança uma vazão de até 200 mil litros por segundo. A vazão média do rio é de 22 mil litros por segundo. Em um dia nessa semana a vazão foi de 1.350 litros, quando o Jaguari contribuiu com o Sistema Cantareira com apenas 6% do que costuma levar. O Rio Jaguari é abastecido pela água que vem das nascentes. O Sistema Cantareira conta com aproximadamente dez mil nascentes.

O Rio Jaguari engrossa e ganha corpo na divisa paulista de Joanópolis com Extrema, no extremo sul de Minas. O município está ganhando fama mundial com o Programa Conservador das Águas, um projeto de proteção de nascentes que, entre tantos prêmios, levou o troféu da ONU de melhores práticas ambientais no planeta.

A grota pioneira do programa tinha sido desmatada e formada de pasto. Em 2008, foi concluído o trabalho de cercada e replantio. Hoje, o lugar é um vistoso capoeirão revigorado. “Ela está com 60% da vazão original, da vazão média. Ela teve um pouco da sua capacidade, mas está uma nascente viva”, diz o secretário de Meio Ambiente de Extrema, Paulo Pereira.

O programa de Extrema reconhece o proprietário rural como prestador de serviços ambientais já que ele abre mão de ter lucro em áreas protegidas para garantir um bem comum que é a água. A chuva quando cai em terreno limpo corre direto para o rio e logo volta para o mar. Em áreas conservadas, a água se infiltra no solo, forma bolsões freáticos na montanha, por exemplo, encharca o solo e o subsolo. Depois, vai se liberando devagar pelas nascentes, garantindo o abastecimento nos períodos secos. O proprietário inscrito no projeto ganha por ajudar a estocar água.

A propriedade de João Batista de Oliveira tem 122 hectares no Programa Conservador das Águas. Ele foi um dos primeiros produtores a participar do projeto na região e recebe atualmente cerca de R$ 2,3 mil por mês como compensação. “A água para o gado não falta, mas o volume caiu 40%”, diz.

O criador Hélio de Lima é proprietário de 90 hectares na serra da Mantiqueira. Praticamente a metade do local é coberta de mata que compõe um mosaico de pasto e áreas de roça com grotas sadias. “Hoje, temos água. Nove minas todas preservadas. Nenhuma secou”, diz.

As nascentes da fazenda fornecem água capaz de abastecer seis mil pessoas na

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