TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Economizando água na Grande São Paulo

Resenha: Economizando água na Grande São Paulo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/4/2014  •  Resenha  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  222 Visualizações

Página 1 de 4

A grande estiagem do verão no Sudeste nos últimos dias provocou a realização de uma campanha para economizar água na Grande São Paulo. Extrema, em Minas Gerais, aposta na proteção das nascentes para garantir o estoque de água. O município está ganhando fama mundial com o Programa Conservador das Águas, o projeto recebeu o prêmio da ONU de melhores práticas ambientais no planeta.

São Pedro foi mais uma vez acusado de negacear com as chuvas. Na terra, o grande vilão da vez é o conjunto de represas chamado de Sistema Cantareira, acusado de baixar o nível. O cabeça do complô seria o reservatório Jaguari, o coração do sistema que nos últimos dias mostrava as gengivas e parte dos fundos com menos de 10% da capacidade, assombrando com a falta d'água a região metropolitana de São Paulo. Mas, a responsabilidade material seria do Rio Jaguari, que corre na divisa entre São Paulo e o sul de Minas, e é principal alimentador do sistema. Ele é bebido inteirinho pela população paulistana.

O Rio Jaguari é caudaloso na época de chuva e verte por toda cortina de pedra. Nos picos de cheia alcança uma vazão de até 200 mil litros por segundo. A vazão média do rio é de 22 mil litros por segundo. Em um dia nessa semana a vazão foi de 1.350 litros, quando o Jaguari contribuiu com o Sistema Cantareira com apenas 6% do que costuma levar. O Rio Jaguari é abastecido pela água que vem das nascentes. O Sistema Cantareira conta com aproximadamente dez mil nascentes.

O Rio Jaguari engrossa e ganha corpo na divisa paulista de Joanópolis com Extrema, no extremo sul de Minas. O município está ganhando fama mundial com o Programa Conservador das Águas, um projeto de proteção de nascentes que, entre tantos prêmios, levou o troféu da ONU de melhores práticas ambientais no planeta.

A grota pioneira do programa tinha sido desmatada e formada de pasto. Em 2008, foi concluído o trabalho de cercada e replantio. Hoje, o lugar é um vistoso capoeirão revigorado. “Ela está com 60% da vazão original, da vazão média. Ela teve um pouco da sua capacidade, mas está uma nascente viva”, diz o secretário de Meio Ambiente de Extrema, Paulo Pereira.

O programa de Extrema reconhece o proprietário rural como prestador de serviços ambientais já que ele abre mão de ter lucro em áreas protegidas para garantir um bem comum que é a água. A chuva quando cai em terreno limpo corre direto para o rio e logo volta para o mar. Em áreas conservadas, a água se infiltra no solo, forma bolsões freáticos na montanha, por exemplo, encharca o solo e o subsolo. Depois, vai se liberando devagar pelas nascentes, garantindo o abastecimento nos períodos secos. O proprietário inscrito no projeto ganha por ajudar a estocar água.

A propriedade de João Batista de Oliveira tem 122 hectares no Programa Conservador das Águas. Ele foi um dos primeiros produtores a participar do projeto na região e recebe atualmente cerca de R$ 2,3 mil por mês como compensação. “A água para o gado não falta, mas o volume caiu 40%”, diz.

O criador Hélio de Lima é proprietário de 90 hectares na serra da Mantiqueira. Praticamente a metade do local é coberta de mata que compõe um mosaico de pasto e áreas de roça com grotas sadias. “Hoje, temos água. Nove minas todas preservadas. Nenhuma secou”, diz.

As nascentes da fazenda fornecem água capaz de abastecer seis mil pessoas na

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.9 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com