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FICHAMENTO DO TEXTO: A METAMORFOSE DA QUESTÃO SOCIAL

Por:   •  6/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  491 Visualizações

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FICHAMENTO DO TEXTO: A METAMORFOSE DA QUESTÃO SOCIAL E A REESTRUTURAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

TEXTO: PEREIRA, Potyara. “A metamorfose da questão social e as políticas sociais” In Capacitação em Serviço Social e Política Social. Módulo I. Brasília: UnB/CEAD 1999.

        

Palavras - chave

Citações

Reflexões

Questão social, desemprego, pobreza.

“O crescente domínio do mercado nos processos econômicos e sociais, a partir do final dos anos 70, desencadeou novas formas de expressão da questão social neste final de século.[...] produzindo efeitos comuns, tais como: desemprego estrutural, aumento da pobreza e da exclusão social, precarização e casualização do trabalho e desmonte de direitos sociais edificados há mais de um século.”(p.47)

De acordo com o que foi escrito, o parágrafo nos aponta que foi a partir dos anos 70 com os crescimentos econômicos e sociais despertou novas formas de expressão social produzindo assim resultados como a fome, desemprego, miséria, exclusão social, etc.

Compromisso governamental, políticas sociais.

“[...] Hoje, em lugar do compromisso governamental com o pleno emprego, com políticas sociais universais e com o provimento de mínimos sociais como direito de todos, predominam políticas sociais residuais, casuais, seletivas ou focalizadas na pobreza extrema, como forma de amenizar os impactos desagregadores e destrutivos da nova questão social.” (p.47)

Nos remete a pensar que hoje o compromisso governamental é somente com políticas sociais residuais, ou seja, com a sociedade que vive em extrema pobreza.

Capitalismo, ricos, pobres.

“A presença global da nova questão social tem sido notória, [...] a questão social da atualidade inscreve-se em uma modalidade de funcionamento do capitalismo, mediante a qual os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres.” (p.47)

Quer dizer que foi através do capitalismo que surgiu essa nova modalidade de questão social em que ricos crescem cada vez mais e os pobres não.

Milagre americano, McEmpregos.

“Atualmente, os Estados Unidos ostentam expressiva diminuição das taxas de desemprego, o que, para muitos, significa a ocorrência de um milagre americano em meio à estagnação ou declínio real de empregos na Europa e no resto do mundo. No entanto como frisa Esping-Andersen (1997), esse milagre foi conseguido graças à proliferação de empregos de baixos salários, não-sindicalizados e não-protegidos. São os chamados McEmpregos, do setor de serviços, inseguros e instáveis.” (p.48)

Isso quer dizer que o milagre americano, segundo Esping-Andersen se deve aos McEmpregos, que eram muitos empregos de baixos salários e sem nenhum tipo de segurança para o trabalhador.

Mundo industrializado, subempregos, desemprego estrutural.

“[...]No mundo industrializado, diz o RHD/97, “o desemprego elevou-se a níveis nunca vistos desde os anos 30 e a desigualdade de rendimentos subiu a níveis nunca registrados desde o século passado” (p.9). Além disso, estudos recentes estimam que entre desempregados e pessoas alojadas em subempregos precários, existiria no planeta um contingente máximo de um bilhão de trabalhadores (Veja, 1997). Tal tendência recebeu o nome de desemprego estrutural ou tecnológico, por oposição ao desemprego conjuntural, o qual resulta de mudanças nas técnicas de produção, que tornam obsoletas ou desnecessárias crescentes parcelas de empregados.” (p.49)

Nos mostra que com o mundo industrializado, o desemprego aumentou bastante, ocorrendo o chamado desemprego tecnológico, em que fábricas, comércios, bancos etc., não precisam mais de tantos funcionários como antes, pois as máquinas estão substituindo os mesmos.

Questão social, grandes transformações, Europa, pauperismo.

“Originalmente, a chamada questão social constituiu-se em torno das grandes transformações econômicas, sociais e políticas, ocorridas na Europa do século XIX e desencadeadas pelo processo de industrialização. Essa questão assentou-se, basicamente, na tomada de consciência, por parte de crescentes parcelas da sociedade de um conjunto de novos problemas, vinculados às modernas condições de trabalho urbano, e do pauperismo como um fenômeno socialmente produzido.” (p.51)

A questão social se dá em transformações econômicas, sociais e políticas na Europa, surgindo novos problemas principalmente no que se refere a pobreza e condições de trabalho.

Intervenções públicas.

“[...] A história da proteção social informa que, desde o século XIV, existiam intervenções públicas que iam da assistência aos indigentes até a repressão à vagabundagem, passando pela regulação estatal da organização do trabalho e da mobilidade espacial dos trabalhadores. Mas, isso acontecia porque nas sociedades pré-industriais já existiam questões sociais que, assim como as posteriores, constituíam ameaça à ordem instituída, dada a pressão exercida por aqueles que não encontravam nessa ordem o seu lugar a partir da organização do trabalho.” (p.52)

Infere-se que as intervenções públicas existem desde o século XIV, pois as questões sociais já existiam nas sociedades pré-industriais, a diferença é que agora são mais complexos os desafios para as questões sociais de hoje, novos conflitos, novos atores que a industrialização nos trouxe.

Vozes liberais.

“Contra esta tendência várias vozes liberais levantaram-se, mas esbarraram em contratendências históricas e estruturais que requeriam uma outra direção econômica e política ditada pelas novas condições criadas pelo desenvolvimento da industrialização e pelo crescente avanço dos ideais democráticos. Por isso, é preciso ficar claro que não foi somente a classe operária industrial que reagiu contra o liberalismo.” (p.53)

Nos faz refletir que não foi só a classe dos trabalhadores que se opôs ao liberalismo, mas sim um conjunto em que intelectuais e detentores de capital faziam parte também, na verdade eles viam vantagens na intervenção estatal.

Politica social, fenômeno contraditório.

“Eis porque a política social passou a ser vista nas melhores análises marxistas como um fenômeno contraditório, porque ao mesmo tempo em que responde positivamente aos interesses dos representantes do trabalho, proporcionando-lhes ganhos reivindicados na sua luta constante contra o capital, também atende positivamente interesses dos representantes do capital, preservando o potencial produtivo da mão-de-obra e, em alguns casos, como apontam expoentes da Escola de Frankfurt, desmobilizando a classe trabalhadora.” (p.54)

É possível entender que a política social é um fenômeno contraditório na análise marxista, pois ela atende tanto os interesses dos trabalhadores, quanto os dos patrões representantes do capital. Assim, as politicas sociais são resultados das lutas de classes trabalhadoras e das necessidades do desenvolvimento capitalista.

Nova questão, novas formas de pobreza, saída capitalista, políticas sociais.

“A novidade dessa nova questão não foi tanto o crescimento do desemprego e o surgimento de novas formas de pobreza, mas o desmonte da cidadania social - uma das maiores conquistas democráticas – e o abalo da utopia de construção de uma sociedade livre de incertezas e desamparos sociais.” (p.56)

“A saída capitalista encontrada para esse dilema tem sido a de amenizar essa incômoda presença com modalidades de proteção que, distanciadas do padrão inaugurado no pós-guerra, apoiam-se em novos pilares: na flexibilização das relações de trabalho, na seletividade ou focalização políticas sociais e na desobrigação do estabelecimento de mínimos sociais como direitos de todos.” (p.56)

Na nova questão temos as novas formas de pobreza, o aumento de desempregos, desamparos sociais, etc., em vista disso, para amenizar essa situação, uma das saídas capitalista foi a focalização das políticas sociais.

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