Familia e trabalho
Por: julabarbosa • 17/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.617 Palavras (11 Páginas) • 143 Visualizações
INTRODUÇÃO
Formam muitas as mudanças ocorridas nas famílias, onde a sociedade sofreu inúmeras transformações e com isso a mudança do comportamento dos membros e da vida familiar, principalmente no que tange as relações hierárquicas.
Nota se o destaque a esse cenário é dado à crescente participação das mulheres nas atividades profissionais que contribuíram para a nova estrutura familiar da contemporaneidade. Juntamente com essas mudanças sociais, veio a globalização que trouxe tendências sócio–econômica, culturais e tecnológicas introduzidas diretamente na relação de consumo das famílias e no seu comportamento proveniente do advento do capitalismo.
O mais novo modelo de família abre espaço para conflitos, uma vez que os papeis dos integrantes passaram por constantes avaliações e reavaliações, interferindo na organização familiar, descaracterizando por completo a melhor maneira que a família possa conviver.
Embora de forma insatisfatória a família vem desenvolvendo um papel no cenário social, com a finalidade de diminuir a carência de políticas sociais por parte do Estado, acolhendo os desempregados invisíveis socialmente
Em uma analise nestas transformações de estruturação econômicas, deve-se levar em conta os processos com relação a desconcentração industrial, o desenvolvimento do setor terciário e reestruturação produtiva. Estas tendências definem, o perfil atual das atividades econômicas e afetam as possibilidades de emprego, os arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho e as condições de vida da população .
DESENVOLVIMENTO
Divisão Social do Trabalho
Designa a divisão do trabalho social em atividades produtivas ou atividades necessárias para a vida dos seres humanos. "Marx, em O Capital (1982), diz que a ‘divisão social do trabalho’ diz respeito ao caráter específico do trabalho humano".
O indivíduo pode fazer simultaneamente varias coisas combinadas. Essa necessidade de produzir e inventar não são possíveis de serem exercidas individualmente, as pessoas acham possível fazer isso, e assim dando forma a divisão social do trabalho.
O trabalho humano quando se converte em trabalho social, caracteriza-se a divisão social do trabalho. As formas de propriedade da matéria, dos instrumentos e dos produtos do trabalho correspondem aos estágios dessa divisão, vale ressaltar, que a mesma sempre existiu.
A necessidade de manter na sociedade civilizada e desenvolvida faz com que a relação entre indivíduos exija um protocolo mais formal, criando uma característica na sua estrutura jurídica, onde os indivíduos possa se organizar e relacionar-se entre si, isto é gerada de acordo a alguma necessidade social
Para Marx na divisão social do trabalho as classes sociais sofrem conflitos vez que existe sempre a classe dominante e a classe dominada. Já para Weber essa divisão era composta por partes que dependiam fundamentalmente do individuo, onde as formas de ação social eram vista através do racional orientada a fins, racional orientada a valores, afetiva e tradicional. Ainda segundo Durkheim, o individuo não influenciavam na divisão social do trabalho apenas a executava, sendo a sociedade o organismo onde as partes e as relações eram bem definidas.
Diante das afirmativas acima é relevante pensarmos a respeito dessas teorias, se as mesmas interferem na constituição das sociedades atuais, e que forma essas políticas podem serem aplicadas nas divisões social do trabalho.
Mulher, Mercado de Trabalho e as Configurações Familiares do Século XX
A entrada da mulher no âmbito do trabalho fez com que houvesse mudanças na organização e na estrutura de funcionamento familiar, ocorrendo novas configurações, mudanças entre a relação mãe-filho e na dinâmica familiar. O principal desafio para a mulher é conciliar as atividades domésticas, acadêmicas, trabalho externo e fazer com que não haja a perda do vinculo amoroso, afetivo com os filhos.
A vida conjugal e os papéis desempenhados pela mulher e pelo homem se confundem cada vez mais. A configuração familiar onde a mulher exercia somente tarefas domésticas e o cuidado com os filhos, passa a não existir, mudando assim a estrutura familiar tradicional.
Antes a figura paterna era imposta comparada a Deus e as decisões tomadas por este jamais contestada. Essa autoridade perde a força e o que antes era uma imagem forte passa a ser um pai afetuoso, tolerante e caracterizado pela compaixão.
Com a nova configuração familiar, o casamento deixa de ser algo sagrado, divino e passar a ser um acordo consensual, ou seja, o casal permanece junto somente enquanto durar o amor. Sendo assim, os conjugues arranjam novas famílias e tendo outros filhos sendo todos considerados iguais, são integrados na nova ordem de uma família recomposta.
A figura da mulher toma uma nova forma, onde, as suas atividades domésticas desaparecem dando lugar as atividades que antes eram exercidas apenas pelos homens. Essa transformação gerou um novo perfil, onde o fator independência fez com que as mulheres se desprendessem do papel de dona de casa e passaram a desempenhar um papel bem mais atuante na sociedade, entretanto, como conseqüência o fator negativo é o aumento do índice de divórcios.
Com as mudanças ocorridas nas famílias, os papéis dos pais sofrem modificações. A partir do momento que a mulher entra no âmbito profissional os padrões familiares são alterados, provocando, segundo Figueira (1987) uma inexistência de referencias pessoais, para orientação da conduta das pessoas, fazendo com que a educação, o relacionamento dos filhos com os pais, o convívio familiar se torne ausente nas famílias.
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