Fraturas
Projeto de pesquisa: Fraturas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: IrisLLeite • 27/10/2014 • Projeto de pesquisa • 2.004 Palavras (9 Páginas) • 194 Visualizações
1. Introdução
Muito se tem discutido acerca da grande quantidade de motocicletas nas ruas nos últimos anos, esse aumento se da em diversos fatores, entre eles, o baixo custo de aquisição em comparação ao automóvel. Segundo Brasileiro e Passeri (2006), com o crescimento da frota de veiculo de duas rodas, os ocupantes desses veículos vêm, paulatinamente, assumindo o primeiro lugar entre as vítimas de acidentes de trânsito com veículos a motor.
O veiculo de duas rodas é um veículo mais vulnerável a acidentes do que os automóveis, o que proporciona menos proteção aos seus ocupantes causando acidentes gravíssimos. Além do uso abusivo de bebidas alcoólicas e da alta velocidade que contribui para o aumento de acidentes. Por esses fatores o acréscimo da incidência de acidentes com os veículos de duas rodas é recorrente e esses, muitas vezes, causam traumas complexos e seqüelas inevitáveis.
De acordo com (DUARTE, 2004) no Brasil, o transito é um dos piores e mais perigosos do mundo, acarretando índice de mortalidade bastante elevados, 18,8 para cada cem mil habitantes em 2003 chegando a ser o terceiro lugar no ranking de mortes por veículos a motor em países das Américas e do Caribe, só perdendo para a Venezuela e El Salvador.
No Brasil, a motocicleta é vista como um instrumento de trabalho, aumentando o emprego para motoboys principalmente nos grandes centros. Isto porque atendem às necessidades de rapidez e agilidade na entrega de produtos, contribuindo para a economia de espaço e custo. Por permitir a expressão de liberdade, seus condutores são geralmente pessoas jovens. Devido aos motivos acima apresentados Souza; MINAVO & MALAQUIAS (2005).
O estado de Sergipe registrou nos primeiros quatros meses de 2014, mais de 2.500 atendimentos de vítimas de acidentes de veiculo de duas rodas, a maioria desses atendimentos foi jovem e do sexo masculino com idade media de 30 anos.
Ao divulgar os dados o ministro da saúde Alexandre Padilha admite que: “o Brasil esta definitivamente vivendo uma epidemia de acidentes de transito e o aumento dos atendimentos envolvendo motociclistas é a prova disso. Estamos trabalhando para aperfeiçoar os serviços de urgência no SUS, mas é inegável que essa epidemia esta pressionando a rede pública”. (VIAS SEGURAS)
As fraturas por acidentes por veiculo de duas rodas atingem um elevado número de vítimas e se constitui um grande problema de saúde pública no Brasil. Essas internações prolongadas geram gastos exorbitantes para a saúde pública.
Do total das vítimas que sofrem lesões e traumas muitas ficam incapacitadas parcial ou totalmente. Segundo dados de um site de notícias local, geralmente os ossos mais prejudicados são: Fêmur, Tíbia e o Radio. “Em torno de 30% desses pacientes tem seqüelas definitivas como: paraplegias, tetraplégicas, deformidades ósseas e amputação. Outros 70% sofrem seqüelas parciais, como restrição de movimentos e dores”. (INFONET)
Considerando-se a problemática apresentada, o objetivo desta pesquisa foi estudar as fraturas mais freqüentes observadas nas vitimas de acidentes por veículos de duas rodas atendidas no Hospital de Urgência de Sergipe.
Esse paciente vitima de acidentes por veículos de duas têm um período de internação hospitalar longa por conta do tipo de fratura que são acometidos.
Essa discussão torna-se relevante à sociedade, pois caracteriza o perfil epidemiológico dessas fraturas e as incidências de casos dessas vitimas, delineando-se os padrões de ocorrência e severidade de suas lesões.
Portanto, são de suma importância que se realizem pesquisas epidemiológicas com o intuito de criarem meios de prevenção e orientação nas tomadas de decisão por órgãos governamentais para o controle e tratamento de suas vítimas.
2. Objetivos:
2.1. Objetivo Geral
• Avaliar o perfil das fraturas em vítimas de trauma por acidentes em veículos de duas rodas no Hospital de Urgência de Sergipe.
2.2. Objetivos Específicos
• Avaliar o tempo de permanência de internação hospitalar do paciente vitima de acidente por veiculo de duas rodas;
• Avaliar o perfil epidemiológico das vitimas de acidentes por veiculo de duas rodas;
• Avaliar se fez uso de EPI
• Avaliar os dados da ocorrência do acidente
3. Revisão da Literatura
.3.1. Epidemiologia de acidentes com veículos de duas rodas
Com a fabricação crescente de novos veículos as vias de locomoção passam agora pelo problema da superlotação, o que faz com que também outros veículos motores ganhem espaço, como é o caso da motocicleta, que se apresenta como uma opção mais econômica, prática e de maior velocidade de locomoção perante os constantes engarrafamentos (Mannering, Grodsky; 1995).
O Brasil é um dos países que tem se colocado entre os campeões mundiais de acidentes de trânsito, como reflexo do aumento de veículos em circulação, da desorganização do trânsito, da deficiência da fiscalização, das condições dos veículos, do comportamento dos usuários e da impunidade dos infratores (OLIVEIRA; SOUSA, 2003).
No Brasil, pesquisas realizadas em algumas cidades brasileiras revelam que os motociclistas se destacam nas ocorrências dos acidentes de transito. (BORGES, 2005).
Esses veículos de duas rodas são altamente vulneráveis em virtude de sua exposição direta ao choque, portanto, sujeitos aos traumas múltiplos de maior gravidade. Os acidentes e a violência no Brasil são tratados como um problema de saúde publica de grande importância, sendo fator de grande impacto na morbidade e na mortalidade da população. (MAURO, 2001)
De acordo com a frase, do ortopedista (Sergio Franco, que foi diretor de Campanhas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, 2013). “A cada 90 segundos morre um brasileiro, vítima de acidente de motocicleta”.
O número de acidentes com vítimas em 2005 foi de 383 371 e mostra número de acidentados igual a 513.510, o que projeta, em média, 1.406 acidentes/ dia e 1.369 vítimas/dia (1,30 vítima por acidente) (MELLO e KOIZUMI, 2008).
Marin e Queiroz (2000) ressaltam que nas últimas décadas, o Brasil colocou-se entre os campeões mundiais deste episódio com índice de um acidente para cada 410 veículos
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