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Levantamento Fitossociológico De Parcelas De Caatinga

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Por:   •  5/11/2014  •  1.435 Palavras (6 Páginas)  •  268 Visualizações

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Introdução

Nas regiões semiáridas do planeta encontram-se as florestas secas, o tipo de formação florestal tropical mais ameaçado devido justamente à alteração dos habitats naturais e o uso insustentável de seus recursos madereiros. No Brasil, a Caatinga é a principal representante desses ecossistemas compostos por florestas secas (Siqueira Filho et al., 2012). Em 844 mil quilômetros quadrados (11% do território nacional), a Caatinga tem uma vegetação adaptada ao seu clima semi-árido e engloba porções dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. É rica em biodiversidade e endemismos, bastante heterogênea. Em sua flora, foram registradas até hoje mais de 1500 espécies. Apesar de toda essa riqueza, é o bioma menos protegido no país, com apenas 8,4% de sua área cobertos por unidades de conservação federais. O tratamento dispensado à Caatinga ao longo dos anos produziu um efeito negativo: a insuficiência de estudos sobre a biodiversidade do bioma, a qual impede que se mensure com segurança o seu potencial sócio-econômico (Vasconcelos, 2011). Os mapas vegetacionais atualmente disponíveis reconhecem, neste domínio, diversas tipologias destacando a Savana-estépica por sua maior extensão, especialmente nas áreas da depressão sertaneja, onde a maior parte dos indivíduos perde as folhas, como adaptação à deficiência hídrica e apresenta proporção significativa de espécies espinhosas (Alcoforado-Filho et al., 2003). Contundo, ainda não é possível falar de forma ampla sobre essa heterogeneidade na composição florística e na estrutura das populações do componente herbáceo da Caatinga, porque o número de estudos que incluem dados da flora e da estrutura destes componentes é baixo (Sizenando Filho, 2007). Devido à essa necessidade, considera-se de fundamental importância a caracterização mais circunstanciada dos sistemas ecológicos no semi-árido, principalmente no que diz respeito a florística e organização das comunidadades. A partir do conhecimento da composição florística da área de estudo, que implica na elaboração de uma lista florístitica, é possível conhecer sua "estrutura" taxonômica permitindo assim caracterizá-Ia e compará-Ia (Rodal et al., 2013). Os estudos fitossociológicos fornecem, bem como o conhecimento da flora, informações acerca da estrutura das comunidades e de algumas populações, subsidiando, dessa forma, o manejo, a recuperação e, ou, a conservação dos ecossistemas (Barbosa et al., 2012). Segundo Maracajá et al. (2003), para que se possam executar projetos de conservação, é necessário que se conheça o ecossistema onde se vai atuar, suas limitações e sua capacidade de recuperação e para tanto se deve conhecer as composições florística tanto em termos qualitativos como quantitativos, bem como as interdependências entre seus componentes.

Sendo necessário compreender essa dinâmica, este trabalho teve como objetivo verificar a situação florística e fitossociológica de quatro áreas no Campus Ciências Agrárias, UNIVASF (Petrolina – PE).

Material e métodos

O estudo foi realizado no campo da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Ciências Agrárias, localizado no município de Petrolina/PE na área do Sub-médio São Francisco, a 12 Km da sede do município, ao lado da Br-407. A vegetação predominante na região é Caatinga hiperxerófila, típica da região nordeste brasileira, apresenta relevo plano a suave ondulado, e segundo dados da Estação Meteorológica da Embrapa Semiárido a precipitação pluviométrica média da região (1975-2013) é de 502,58 mm anuais.

Fonte: Google earth

Figura 1- Localização da área estudada 1) Área de mata nativa; 2) Área antropizada; 3) Área antropizada, com reflorestamento e 4) Área de mata nativa.

No experimento realizado foram delimitados quatro ambientes divididos em parcelas de 10x10m, o ambiente um e o ambiente quatro apresentavam vegetação nativa, sendo que foram delimitadas oito parcelas no ambiente um e sete no ambiente

quatro, os ambientes dois e três eram bem antropizados, sendo que o três se encontrava em processo de reflorestamento, onde foram delimitados oito parcelas, enquanto na área quatro foram sete parcelas. Em cada uma foram feitas medidas da área livre de moita, onde calculou-se os espaços sem cobertura vegetal e subtraiu-se de 100 m2 (10x10m) foram quantificados todos os indivíduos, vivos e mortos, aferindo as medições de circunferência da base e altura, mas apenas dos indivíduos vivos com altura igual ou superior a 1,3 m, com exceção das espécies de cipós. No primeiro momento procedeu-se com a identificação dos indivíduos amostrados, a qual foi feita por um técnico do HVASF (Herbário Vale do São Francisco), a nível de espécie. Após a coleta dos dados foram analisados aspectos florísticos e fitossociológicos.

Para o conhecimento da composição vegetal das parcelas amostradas, foram feitas analises dos dados florísticos coletados. O estudo da composição florística é uma das formas de conhecer uma floresta, visando contribuir para o conhecimento das formações vegetais, analisando-a com base na distribuição dos indivíduos em espécies e famílias. A fim de quantificar os dados florísticos, foram criados índices, entre eles podem ser citados o de diversidade de Shannon-Weaver e o de equabilidade de Pielou. (SOUZA, 2009).

Índice de diversidade:

Em que:

H’ = Índice de Diversidade de Shannon-Weaver;

ni = número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie;

N = número total de indivíduos amostrados;

S = número total de espécies amostradas;

Ln = logaritmo neperiano.

Índice de Equabilidade:

Em que:

J = Equabilidade de Pielou

Hmáx = Ln (S)

Índice de Similaridade de Sorenssen:

Em que:

Ss = Coeficiente de Sorensen.

a = Número total de espécies na área A.

b = Número total de espécies na área B.

c

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