Movimentos sociais
Por: santisss • 1/9/2015 • Projeto de pesquisa • 2.074 Palavras (9 Páginas) • 271 Visualizações
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Vivian Silva Souza
PROJETO DE PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL
PORTO SEGURO - BAHIA
2014
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Vivian Silva Souza
PROJETO DE PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL
Relatório de Estagio apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação à Distância – CEAD da Universidade Anhanguera – UNIDERP como requisito obrigatório para cumprimento da disciplina de Projetos de Pesquisa em Serviço Social.
PORTO SEGURO-BA
2015
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta uma analise da conjuntura nacional e o cenário político e histórico no qual os movimentos sociais se fundam. Possibilitara-nos entender que não há indivíduo ou coletivo que possa ser compreendido de modo isolado de seu contexto sociocultural.
Realizou-se ainda uma análise crítica do texto do livro: Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo de Maria Glória Gohn, que expondo os aspectos que mais chamaram atenção, bem como permitindo que o mesmo fosse explorado com mais afinco e apurado a importância dada pela autora em relação aos elementos de grande relevância na história das conquistas sociais no Brasil.
Em seguida deu-se andamento com a pesquisa para relacionar a construção da democracia e o papel dos mediadores nos novos movimentos sociais. Apontaremos o Projeto Musicart, coordenado pela Instituição Associação de Mães Educadoras, o qual realizou uma entrevista para buscarmos compreender como a democracia se instaura nos princípios e na prática deste coletivo. Foi apresentado os requisitos solicitados pela atividade prática supervisionada, destacando a importância do voluntariado no terceiro setor, bem como o trabalho do assistente social para o desenvolvimento do mesmo e contribuindo para o bem estar social.
Ao final realizada as considerações finais, exibindo de forma clara e objetiva todo o procedimento realizado durante o trabalho e ainda a visão crítica em relação aos movimentos sociais e conhecendo mais a respeito da construção da democracia e do papel dos mediadores nos novos movimentos sociais.
Painel temático e histórico das Organizações Sociais ETAPA 1
Em sua obra Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo, a professora da Faculdade de Educação da Unicamp, Maria Glória Gohn, traz uma breve análise sobre os movimentos sociais, realizando um mapeamento das principais ações coletivas que são organizadas em movimentos sociais, bem como através de redes de mobilização ou associações civis da atualidade.
Gohn forma sua obra através de dados e formato de pesquisas tais como: o protagonismo da sociedade civil, que foi apoiado pelo CNPq e também do Mapa da rede de instituições e ativos institucionais – as redes de movimentos sociais, ONGs, fóruns e conselhos. Ao todo foram 40 anos de pesquisas, experiências, estudos, reflexões sobre os movimentos sociais existentes.
A autora destaca ainda a relação entre os movimentos sociais e a educação, fazendo uma retrospectiva histórica, ou seja, desde a década de 1970 até o ano de 2010, trazendo e apresentando destaques da educação formal, discorrendo ainda sobre como o educador deve interagir com outras pessoas através do “outro”. Apresenta ainda características dos movimentos sociais na América Latina, destacando os saberes da aprendizagem.
A autora faz destaques dos painéis temáticos e históricos das organizações sociais, conforme apresenta:
Imaginem telas de um filme sendo abertas, sequencialmente, descortinando cenários de sujeitos em movimento (...) A meta perseguida neste desfilar de cenas, cenários e paisagens é a de que se possa fazer um balanço das ações coletivas expressas em movimentos sociais que tanto podem ter caráter emancipatório e transformador, como meramente integratório e conservador (GOHN, 2010, p. 8)
Assim, a autora traz uma análise campopolítico de força social na sociedade civil. Para melhor compreensão dos leitores ela apresenta ações que estruturam a partir de repertórios que foram elaborados sobre temas e problemas tais como: conflitos, litígios e disputas. Essas ações partiram do processo social e político-cultural que desenvolve uma identidade coletiva ao momento a partir dos interesses comuns.
Desta forma, vale destacar os cinco pontos que a autora apresenta para diferenciação dos movimentos sociais do passado em relação aos atuais, conforme apresentado e enumerados abaixo:
1 – Houve redefinição na sua própria identidade e na qualificação do tipo de suas ações. Esta mudança está menos focada em pressupostos ideológicos, como no passado, e mais nos vínculos de integração com esferas da sociedade, organizadas segundo critérios de cor, raça, gênero, habilidades e capacidades, bem como de conscientização e geração de saberes. Além disso, os movimentos sociais da atualidade, ao atuarem num cenário contraditório, em que políticas, programas e projetos podem engessá-los, discutem e problematizam a esfera pública com vista à construção de novos modelos organizativos;
2 – Os movimentos do passado possuíam papel essencialmente universalizante, uma vez que lutavam pelo “direito a ter direitos” (p. 17). Mas, hoje, o que se busca é o reconhecimento e o respeito às diferenças e às demandas e características particulares, representados pelos movimentos identitários. Atualmente existe grande variedade de organizações, articulações, projetos e experiências, refletindo a ampliação do leque dos movimentos sociais;
3 – O próprio Estado está reconfigurando as suas relações com a sociedade e gradualmente reconhecendo a existência desses novos sujeitos coletivos. No entanto, Gohn aponta, disso decorre uma inversão de papéis: ao estabelecer relações com os movimentos sociais, o Estado passa a exercer uma influência política “de cima para baixo”, retirando deles o seu caráter político e de pressão. Em outras palavras, os movimentos sociais passam a sofrer forte influência e até mesmo controle das estruturas políticas do Estado, que transformam as identidades políticas dos movimentos, e fazem com que a demanda coletiva seja suplantada por uma série de outras demandas específicas, isoladas e débeis. E, em decorrência, o Estado torna-se o único ponto de integração e convergência.
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