Noções Sobre Febre Amarela
Trabalho Escolar: Noções Sobre Febre Amarela. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: izequielpena • 31/5/2014 • 2.639 Palavras (11 Páginas) • 750 Visualizações
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PÚBLICA
C.C.Z – CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES
SECOVE – SERVIÇO DE CONTROLE DE VETORES
NOÇÕES SOBRE FEBRE AMARELA E DENGUE
FEBRE AMARELA
A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração, de natureza viral, com gravidade variável, encontrada em paises da África, das Américas Central e do Sul. A forma grave caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que podem levar o paciente à morte em no máximo 12 dias. É causada por um arbovírus pertencente ao gênero flavírus da família flaviviridae.
A transmissão se faz através da picada de mosquitos, como Aedes aegypti (febre amarela urbana) e varias espécies de haemagogus (febre amarela silvestre).
Na forma urbana, que não ocorre no país desde 1942, o vírus é transmitido pela picada de Aedes aegypti (ciclo homem-mosquito-homem).
Na forma silvestre, a transmissão se faz de um macaco infectado para o homem, através da picada de mosquito haemagogus (ciclo macaco-mosquito-homem). A febre amarela silvestre na realidade é uma zoonose, doença própria de animais que passa para o homem. O homem não imunizado se infecta acidentalmente ao ingressar em matas onde o vírus está circulando entre os macacos.
A forma urbana e silvestre difere apenas epidemiologicamente, não existindo diferenças etiológicas, clínicas, histopatológicas ou laboratoriais.
Febre amarela silvestre: descrita no Brasil em 1937, estando ainda presente nas regiões Norte, Centro-Oeste e faixa pré-Amazônica maranhenses.
Febre amarela urbana: é conhecida no Brasil desde 1685, ano de registro da primeira epidemia, em Recife. Foi responsável por muitos óbitos e perdas de natureza econômica e social. Ocorre em forma epidêmica, com alta letalidade, nos casos que evoluem para forma grave (com hemorragias e icterícias). O ultimo caso descrito foi em 1942, em Sena Madureira, Acre.
DENGUE
É uma doença febril aguda caracterizada em sua forma clássica, por dores musculares e articulares intensas. Tem como agente arbovírus do gênero flavírus da família flavividae, do qual existem quatro sorotipos DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles confere proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Trata-se caracteristicamente de enfermidade de áreas tropicais e subtropicais onde as condições do ambiente favorecem o desenvolvimento dos vetores. Várias espécies de mosquitos do gênero Aedes podem servir como transmissores do vírus do dengue. No Brasil duas delas estão hoje instaladas: Aedes aegypti e Aedes albopictus.
A transmissão ocorre quando a fêmea da espécie vetora se contamina ao picar um individuo infectado que se encontra na fase virenica da doença, tornando-se, após um período de 10 a 14 dias, capaz de transmitir o vírus por toda a sua vida através de suas picadas.
As infecções pelos vírus do dengue causam desde a forma clássica (sintomática ou assintomática) a febre hemorrágica do dengue (FHD).
Na forma clássica é doença de baixa letalidade mesmo sem tratamento especifico. No entanto incapacita temporariamente as pessoas para o trabalho.
Na febre hemorrágica do dengue a febre é alta com manifestações hemorrágica e hepatomegalia (aumento do fígado) e insuficiência circulatória. A letalidade é significativamente maior do que na forma clássica, dependendo da capacidade de atendimento médico-hospitalar da localidade.
FHD – Os sintomas são os mesmos da dengue clássica, porém evoluem rapidamente para manifestações hemorrágicas de gravidade variável. Os casos típicos são caracterizados por febre alta, fenômenos hemorrágicos que vão desde leves sangramentos gengivais até manifestações graves, como hemorragia gastrintestinal, intracraniana e derrames. Nos casos mais graves, após o desaparecimento da febre, o estado do paciente se agrava repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória e choque. Este estado pode elevar o paciente a óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação através de um tratamento antichoque apropriado.
Os primeiros relatos históricos sobre dengue no mundo mencionam a ilha de Java, em 1779. Nas Américas, a doença é relatada a mais de 200 anos, com epidemias no Caribe e nos Estados Unidos.
No Brasil, há referencias de epidemias por dengue desde 1923, em Niterói/RJ, sem confirmação laboratorial. A primeira epidemia com confirmação laboratorial foi em 1982, em Boa Vista/RR, sendo isolados os vírus DEN-1 e DEN-4. A partir de 1986, em vários Estados da Federação, epidemias de dengue clássico tem ocorrido com isolamento de vírus DEN-1 e DEN-2.
BIOLOGIA DE VETORES
AEDES AEGYPTI
O Aedes aegypti e também o Aedes Albopictus, pertencem ao RAMO Artrópode (pés articulados) CLASSE Hexapoda (três pares de patas), Ordem Diptera com um par de asas anterior funcional e um par posterior transformado em halteres, FAMÍLIA Culicidae, GÊNERO Aedes.
O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, encontrada em todo o mundo, entre as latitudes 35ºN e 35ºS. embora as espécies tenham sido identificadas até a latitude 45ºN, estes têm sido achados esporádicos apenas durante a estação quente, não sobrevivendo ao inverno.
A distribuição do Aedes aegypti também é limitada pela altitude. Embora não seja usualmente encontrado acima dos 1000 mt, já foi referida sua presença a 2132 mt e 2200 mt acima do nível do mar, na Índia e Colômbia.
Devido a sua estreita associação com o homem o Aedes aegypti é essencialmente mosquito urbano, encontrado em maior abundancia em cidades, vilas e povoados. Entretanto, no Brasil, México e Colômbia, foi já localizado em zonas rurais, provavelmente transportado de áreas urbanas em vasos domésticos, onde se encontram ovos e larvas.
Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa e o ciclo de vida do Aedes aegypti compreende quatro fases: ovo, larva (quatro estágios larvários), pupa e adulto.
OVO
Os ovos do Aedes aegypti medem aproximadamente 1mm de comprimento e contorno alongado e fusiforme. São depositados pela fêmea, individualmente nas paredes internas dos depósitos que servem como criadouros próximos à superfície da água. No momento da postura os ovos são
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