O Documento de Teresópolis
Por: Rebeca França • 24/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.131 Palavras (5 Páginas) • 273 Visualizações
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PROFESSORA: ADRIANA
SINTESE DO LIVRO
ALUNAS:
REBECA AGUILAR FILGUEIRAS LIMA
PATRICA ELLEN
SELMA
A autora escolheu discorrer sobre uma situação-limite em relação aos idosos: alijá-los do convívio familiar confiando seu cuidado a uma instituição especializada, desvelando preconceitos e apontando situações que povoam o cotidiano dos espaços institucionais. Permitindo perceber por outros horizontes, como esses idosos veem e vivem nesses espaços.Levando em consideração as declarações de familiares, com qual objetivo esses velhos chegaram até La? Quais as expectativas do futuro? Como esses idosos se sentem nas instituições? Satisfeitos? Ora, que lugar pode ser bom, quando alguém se sente separado dos seus? Como pode ser bom um lugar a que a pessoa se adapta por falta de outra opção? Como pode ser bom se ao queixar-se, ela pode culpar a família pela sua situação? Não chega a ser perversa a experiência de sofrer em silêncio, escondendo os próprios sentimentos para proteger os familiares, que supostamente, deveriam mantê-la em família? Por outro lado constata que existem internos que se sentem amparados, amados, pois antes não tinha com quem se preocupasse com eles. Nessas instituições eles se sentem em casa.
Analisa a conjuntura brasileira, o envelhecimento populacional é um dos grandes desafios para o mundo do novo milênio e, em particular, para os países periféricos. O envelhecimento implica ainda em mudanças no contexto socioeconômico. Analisando sistematicamente o papel que a família desempenha na vida do velho, abordando que a família tem como responsabilidade satisfazer inúmeras necessidades, sejam elas físicas, psíquicas e sociais, principalmente quando seus velhos apresentam algum comprometimento na sua autonomia e independência. O amparo é algo arraigado na cultura. Contudo com as transformações das sociedades industrializadas essas atribuições estão sendo cada vez mais atribuída por organizações alheias a família. O espaço domestico mudou, se antes as mulheres cuidavam dos filhos, pais e avós, hoje estão cada vez mais introduzidas no mercado de trabalho, sendo assim esses cuidados são transferidos as creches e aos asilos. Relata ainda a importância da família, pois é o primeiro referencial de socialização e de fundamental importância no que diz respeito ao equilíbrio físico e afetivo do ser humano.
O papel do cristianismo como educador e apurador de sentimentos, inspirando o amor á velhice, criando assim as primeiras instituições para os velhos. No passado, a caridade cristã era o acesso para se obter assistência. É a fase denominada caritativa da assistência social, caracterizada por ações paternalistas de ricos e poderosos com vistas a amenizar o sofrimento dos desvalidos por meios de esmolas. O Estado era organizado de modo a resguardar os interesses das classes privilegiadas e a gerenciar a economia, cabendo o assistencialismo ás associações leigas e religiosas e á sociedade civil. Somente no inicio do século XX, as categorias sociais ganharam a devida definição, ou seja, as instituições tiveram seus espaços ordenados: as crianças em orfanatos, os loucos em hospícios e os velhos em asilos. A institucionalização da velhice deixa de ser apenas uma pratica filantrópica e se transforma também em fonte de renda. A autora faz uma analise do ambiente, das condições dessas instituições que abrigam esses idosos, levando em consideração o descartamento de que todas as instituições são ambientes hostis e impessoais, pois elas podem ser vista também como espaço de sociabilidade bem-sucedido. Na maioria os casos, a situação financeira é a causa imediata que leva a família a institucionalizar o parente, há circunstância em que família está completamente impossibilitada de assumir os seus velhos, e na falta de outras opções vê-se obrigada a decidir pelo internamento, o que não exclui o sentimento de remorso.
O tema asilo sempre vai ter conotações negativas, muitas vezes sendo visto como um lugar para esperar a morte e fica mais doloroso quando o assunto é uma decisão da família. Mas nem sempre a decisão pela institucionalização é precisa ser vista como uma forma de abandono. Cada caso é um caso e precisa ser estudado e analisado com profissionalismo.
Alguns autores partem do pressuposto que o idoso foi persuadido, pela família, com o argumento de que no asilo, ele terá melhor assistência ou que é apenas temporário e logo ele ira retornar para casa. O que ocorre é que as tarefas de cuidar muitas vezes tornam-se muito pesarosas tanto do lado físico, como do lado emocional do cuidador. Para Gonya (1987) a decisão de institucionalizar passa por quatro estágios: reconhecimento da necessidade institucionalizar devido ao agravamento das condições gerais do velho, A fase de discussão, busca-se se saber se o cuidador questionou a possibilidade de institucionalizar, A fase de implementação, onde se verifica o grau de envolvimento do responsável pelo idoso nas providencias para a sua admissão no asilo. E por ultimo a realização do internamento.
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