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O Estudo Dirigido

Por:   •  15/7/2024  •  Trabalho acadêmico  •  2.974 Palavras (12 Páginas)  •  31 Visualizações

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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Artes Humanidade e Letras (UFRB/CAHL) Cachoeira, BA, Brasil

Docente: Márcia da Silva Clemente

Discente: Gabriella Rangel

Curso: Serviço Social

Estudo Dirigido

(Identidade e Alienação. Martinelli) – Capitulo III

Martinelli, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação/Maria Lúcia Martinelli. – 6. ed. – São Paulo: Cortez, 2000.

1) “A Grande Depressão, arrastando-se por toda a Europa, espalhara seus efeitos, com maior ou menor intensidade, por todos os países. O aumento dos fluxos migratórios para os Estados Unidos testemunhava as crescentes dificuldades que se colocavam para o trabalhador europeu e sua família. Escapando quase ilesos da Grande Depressão, pois ali, mais jovem e saudável, o capitalismo expandia-se juntamente com a indústria ferroviária, os Estados Unidos constituíam um verdadeiro pólo de atração para os trabalhadores empobrecidos e desempregados. Na Europa, a classe dominante concentrava seus esforços nas tentativas de recuperação da economia, buscando estratégias que lhe pudessem trazer a expansão de seu capital como retorno.” (Martinelli, 2000, p.93)

2) “1º) a “questão social” estava posta no centro do palco histórico, em toda a sua plenitude;

2º) no confronto entre suas grandes personagens, o domínio de cena já não era mais do capital.” (Martinelli, 2000, p.94)

3) “As possibilidades de reversão desse quadro eram vistas de forma sombria pela classe dominante que, aliada ao Estado, conjugava esforços, tendo em vista a recuperação da economia. Nessa busca de reerguimento do capitalismo, o Estado foi assumindo um papel destacado na expansão dos investimentos e do mercado e a industrialização capitalista passou a se fazer com um elevado grau de monopólio. Criavam-se assim as bases para uma nova faze do capitalismo, o monopolista, em que a concorrência entre capitais industriais era substituída pelos monopólios.” (Martinelli, 2000, p.94)

4) “...fortalecimento do poder burguês, no início da década de 30, resultou uma grande pressão sobre os trabalhadores para impedir sua marcha organizativa. Entre os anos de 1930 e 1940, até mesmo o direito de associação voltou a ser contestado, o que levou a uma coercitiva vigilância sobre a ação dos sindicatos. Houve um recrudescimento da coibição das práticas de classe e os mecanismos de controle dos movimentos dos trabalhadores tornaram-se altamente rigorosos.”

“A violência atingia o sindicato como figura jurídica institucionalmente estabelecida, mas se voltava também contra seus membros, em especial aqueles que exerciam cargos de direção. Toda essa onda de repressão e violência só fez, porém, aumentar o poder de organização e a capacidade de luta da classe trabalhadora.” (Martinelli, 2000, p.95)

5) “No cenário mais próximo, o que se via era a “questão social”, que como uma onda fervilhante atemorizava a burguesia, como a lembrá-la da fragilidade da imperfeita ordem social que produzira. Assim como cresciam os impérios econômicos, à medida que o capitalismo monopolista ganhava solidez, crescia também a pobreza e generalizava-se a miséria.” (Martinelli, 2000, p.95)

6) “As novas estratégias de atendimento à “questão social” precisavam, portanto, levar em conta essa nova organização societária, em que operava uma renovada correlação de forças: de um lado combativo proletariado, de outro uma defensiva classe dominante, ambos circundados por uma pauperizada e faminta massa de trabalhadores, já expulsos do mercado ou nele esperando adentrar. Premida por essas circunstâncias históricas, a classe dominante, como era usual, foi socorrer-se com aqueles agentes que criara para cuidar do enfrentamento da “questão social”.” (Martinelli, 2000, p.95)

7) “O final da terceira década do século XX foi marcado por uma crise econômica mundial muito mais densa e profunda do que todas as crises provocadas pela Grande Depressão. O desemprego atingia níveis alarmantes, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, porque não havia condições de absorção da mão de obra. A pobreza e todo o conjunto de problemas sociais a ela associados cresciam sensivelmente. As possibilidades de reversão desse quadro eram vistas de forma sombria pela classe dominante que, aliada ao Estado, conjugava esforços, tendo em vista a recuperação da economia. Nessa busca de reerguimento do capitalismo, o Estado foi assumindo um papel destacado na expansão dos investimentos e do mercado e a industrialização capitalista passou a se fazer com um elevado grau de monopólio. Criavam-se assim as bases para uma nova faze do capitalismo, o monopolista, em que a concorrência entre capitais industriais era substituída pelos monopólios.”  (Martinelli, 2000, p.94

8) “A “questão social”, nesse enfoque, era vista de forma bastante reducionista, como manifestação de problemas individuais, passíveis de controle através de uma prática social cada vez mais nitidamente concebida como uma atividade reformadora do caráter.” (Martinelli, 2000, p.114

9) “...nos Estados Unidos enfatizou-se muito a busca de conhecimentos científicos, especialmente no contexto da Psicologia, da Psicanálise, da Medicina e até memo do Direito. A ênfase na abordagem individual e a apreensão do serviço Social como atividade reformadora do caráter demandavam segurança na utilização de teorias, conhecimentos e conceitos produzidos naquelas áreas.” (Martinelli, 2000, p.114-115

10) “O livro de Richmond (1950), publicado em 1917, após quase dez anos de esmerada elaboração, constitui um exemplo clássico dessa fase do Serviço Social americano. Nele a autora vai insistir na importância do trabalho social, em especial em seu alcance quando realizado com pessoas individualmente. Partindo do princípio de que eram a base da sociedade, o princípio da organização social, considerava que era a essas pessoas como seres individuais que deviam dirigir-se os esforços dos trabalhadores sociais, no sentido de manter o funcionamento adequado da sociedade.” (Martinelli, 2000, p.115

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