O MUNDO DO NEGRO E AS DESIGUALDADES SOCIAIS
Por: mariisantana • 30/9/2019 • Trabalho acadêmico • 6.457 Palavras (26 Páginas) • 238 Visualizações
O MUNDO DO NEGRO E AS DESIGUALDADES SOCIAIS
Saniela de Sà Silva[1]
Raimundo Nonato [2]
Breno Araújo[3]
Elizabete[4]
RESUMO
O olhar do negro ainda está revoltado para a tristeza e sofrimento, visto que a alegria é apenas aparência, onda muitas das vezes o negro não sabe o que fazer para chamar a atenção no vinculo social. Persiste-se assim o preconceito racial, no qual afasta uma parcela de negros dos contatos e interações sociais, dissimulando o racismo, que subordina e envergonha a negritude racial. No entanto, existe negro que para se “safar” das frustrações do preconceito racial, modifica a própria aparência, como, por exemplo, Michael Jackson, que mutilou o próprio corpo/ pele, para não ser alvo o racismo, chegando até a morte. A negação do Brasil contra a população negra ainda é excludente em toda sociedade, numa visão da relação entre o homem/ negro/ branco, categorizando o seu progresso, no entanto é posto o principio de crueldade, que faz negro desempenhar a apartheid (conflito) entre raças, de forma ficcional, numa realidade tangível, o levando pensar e (re) descobrir quanto ser humano, possuidor verdades, conquista e cultura. Quem passa por discriminação racial, sabe o quanto dói, como diz Spinoza “tenho me esforçado para não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-la, mas por entendê-las”. Para tanto, a própria vitima acaba se auto excluído na sociedade, “o preto” de forma negativa aos poucos vai distanciando-se de sua raça, na qual denote inferioridade de ambos (negro/ branco).
PALAVRAS-CHAVE:
(Faltando as palavras-chaves)
1 INTRODUÇÃO
A velocidade com que as coisas estão ocorrendo, faz do século XXI, um tempo de revolução dinâmica em todos os setores da vida cotidiana principalmente no cenário científico, político, econômico e social.
Ao relacionar a realidade com a Antropologia, ver-se que ambos são bem distintos. A realidade é a construção de uma nova história, onde os fatos tornam-se eficazes para a reconstrução e a comprovação do ontem, onde os mesmos servirão de reflexão para uma nova história. O objeto da antropologia é o homem, no qual procura a essência da humanidade por meio da experiência e cultura, que se descreve como única raça. No entanto, a humanidade é compreendida em todas as dimensões culturais e com isso o ser humano convive com a diversidade.
LARAIA (2009, p.25), afirma que a cultura engloba conhecimento, crenças, artes, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade como membro da sociedade. Diante disso, analisa-se também que a cultura é um conjunto de atividades e modo de agir, costumes e instituições de um povo. É o meio utilizado pelo homem, o qual se adapta às condições da existência, transformando a realidade.
Aristóteles afirma que o “homem é um ser social”. Para tanto, o social, corresponde à totalidade das relações de produção, exploração e denominação, que os grupos mantém entre si, dentro do mesmo conjunto (etnias, religião, nação) e para com outros grupos hierárquicos. A cultura por sua vez, não é mais nada que o próprio social, pela qual é marcada a existência humana. E o negro entra em todas essas questões, visto que, contribui para as diferenças culturais construindo a identidade brasileira, na qual subsidia em mistura de raças.
O presente trabalho tem por objetivo não só discutir com o meio social, mas fazer com que o acadêmico discuta com relevância o cenário antropológico. Bem como, discutir o contexto social no negro, na perspectiva de ser escravo e ser vítima de preconceitos na sociedade, atribuindo condições nas quais farão com que o mesmo busque subsídios para concretizar sua própria identidade na sociedade.
Por ser alvo de tanta injustiça, o negro muitas vezes, remete-se a limitações, que o impede de contribuir para o avanço de alta perspectiva perante a sociedade. Apesar de desenvolver um grande papel quanto ser humano, o negro precisa atingir metas que vejam sua indiferença social, visto que, isso possibilita segregação de igualdade de raças, de sua dignidade e identidade no contexto.
De maneira geral, o negro sempre foi colocado em posição inferior e o branco é tido como superior, o ditador, o “poderoso” na história, evidentemente os termos que eram dados difundiam em “empregados”, “subalternos”, submissos a todos na sociedade. Sua fraqueza fundamenta-se na exploração, inaceitável, que o faz sofrer e tudo isso meche com sua auto-estima, destruindo-se a cada momento.
2 O NEGRO NA VISÃO RACISTA DA SOCIEDADE
De acordo com o dicionário de Linguagem Portuguesa o termo “racismo”, significa, doutrina que sustenta a superioridade de certas raças. Preconceito ou descriminação em relação a individuo(s) considerando(s) de outra(s) raça (a). O comportamento racista do ser humano, diante as disparidade da sociedade, revoluciona todo a etnicidade do negro, viabilizando hierarquicamente.
Segundo AZEVEDO (2003), o verdadeiro significado das raças é que elas resultam de adaptações climáticas diferentes. As raças não têm origens genéticas diferentes, nem se originam em fases diversas na evolução do homem. No entanto, o que seres humanos têm em comum é a sua capacidade para se diferenciar uns dos outros, para elaborar costumes, línguas e modo de conhecimentos. Os hábitos, os costumes, valores, ou seja, é nossa cultura que consiste na essencialidade para que possamos compreender valores morais e éticos que conduz o nosso comportamento social.
Já dissemos que existem negrófobos. Aliás, não é o ódio ao negro que os motivas. Ele não tem a coragem de odiar, ou não a têm mais. O ódio não é dado, deve ser conquistado a cada instante, tem de ser elevado ao ser em conflito com complexo de culpa mais ou menos consciente. O ódio pede para existir e aquele que odeia deve manifestar esse ódio através dos atos, de comportamento adequado; em certo sentido, deve torna-se ódio. É por isso que os americanos substituíram a discriminação pelo linchamento. Cada um do seu lado. Assim não nos surpreendemos que nos cidades da África negra (francesa?) sempre existia um bairro europeu. (FANON, 2008, p. 61-62)
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