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O PROCESSO MIGRATÓRIO E SUAS INFLUÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DO VALOR TRABALHO, REMUNERAÇÃO E RENDA.

Por:   •  21/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.923 Palavras (8 Páginas)  •  236 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        

2        DESENVOLVIMENTO        

3        CONCLUSÃO        08

4     REFERÊNCIAS        09



  1. iNTRODUÇÃO

O presente trabalho reflete a tentativa de compreensão dos processos de crescimento e surgimento de determinada cidade ou país, através de uma análise do contexto histórico, levando em conta as influências da globalização para o aprendizado da convivência com a diversidade sociocultural, com vistas nos processos de migração de pessoas que saem de suas cidades de origem em busca de melhorias de vida, oferecendo em troca sua força de trabalho.

O Brasil reflete uma grande mobilidade humana, desde os tempos em que regiões como o nordeste vivia a seca e a miséria extrema. Tal fenômeno culmina na miscigenação, não só do ponto de vista humano e étnico, mas principalmente sociocultural, possibilitando o aumento dos conhecimentos e das relações sociais.

O século XXI traz outras peculiaridades e diferenças no processo migratório, com o advento das novas tecnologias, influenciando no desenvolvimento do mercado de trabalho, mas quase nenhum avanço pode ser efetivamente observado nas diferenças regionais de renda e trabalho.

A migração traz um grande desfio: como o êxodo e a possível volta ao local de origem ou o impacto causado pela diminuição da oferta de força de trabalho podem influenciar no crescimento regional e/ou tecnológico do país neste século globalizado. O processo pode descambar em um novo perfil para o desenvolvimento da “migração no século XXI”.

Sem tecer considerações político-ideológicas, o presente trabalho objetiva analisar os processos migratórios, suas vantagens e sua influência e relação na construção do trabalho, da remuneração, no desenvolvimento das regiões que recebem migrantes e também das regiões que perdem a força de trabalho para os centros que aqui chamaremos de “receptores” da força de trabalho resultante da migração.


  1. DESENVOLVIMENTO

 O século XXI tem um perfil migratório deste século baseado na globalização. Foi este fenômeno que impulsionou o migrante a novos horizontes, diferentes dos encontrados pelas gerações anteriores. A atualidade apresenta um mundo com fronteiras abreviadas; consumo estimulado; e diferença de parâmetros estipulados, em face aos processos migratórios do século XX. Assim, a globalização criou novas expectativas de vida, aumentando significativamente a migração de pequenos centros, sem negar as perdas e dificuldades reais ocasionadas pelo êxodo. Entretanto, o novo cenário traz formas de amenizar o impacto da falta de força de trabalho em locais de onde a força de trabalho migrou, através de ações especificas que tanto podem estimular o retorno ou a falta de necessidade do povo em sair de seu estado ou cidade, como trazer novos migrantes, amenizando a situação anteriormente agravada pela quantidade de gente que buscava os “Eldorados” em outros locais que não sua terra natal.

Inegavelmente, a globalização e o advento de novas tecnologias, marcadamente a internet, trazem ao novo século a possibilidade de transformações rápidas e profundas, tanto impulsionando, quanto inibindo o deslocamento populacional. Ocorre que o avanço da tecnologia leva à busca de melhorias na qualidade de vida. Muitos migrantes saem do país ou estado de origem à procura de emprego ou formação, para alcançar reconhecimento e novas condições de trabalho. Com o aumento da capacitação através das tecnologias e de pólos educacionais em determinados países ou regiões, o migrante sai de seu lugar de origem muitas vezes pela necessidade de aprendizado e, de conhecimento das novidades dos meios tecnológicos.

Para Milanovic:

“Por definição, a globalização leva ao desarraigamento quando acelera o progresso econômico que transforma comunidades, estimula as pessoas a abandonar trabalhos tradicionais e buscar novos lugares, enquanto as obriga a confrontarem-se com novos costumes e novas maneiras de pensar”.

(MILANOVIC – 1999, p. 10-11)

No atual momento histórico, exceto no caso dos conflitos armados e de desastres naturais, a globalização é o principal fator que ativa os movimentos migratórios entre países e determina seu contorno. (Martini, George; 2006, p.8).Porém, há restrições na migração atual devido às relações das grandes potências mundiais.Muitas delas não permitem livre acesso e liberdade de que o migrante precisa para desenvolver-se de acordo com as oportunidades que através da globalização atual, a exemplo de países europeus como a Espanha, onde brasileiros passaram por entreveros diplomáticos.

Há mecanismos para diminuir as limitações que a migração oferece, que podem ser aplicados para auxiliar na integração entre as regiões que recebem o trabalhador para com o mesmo. Como exemplifica a Cepal:

Em matéria de políticas de migração, a globalização fará cada vez mais necessária a transição do “controle migratório” para a “gestão migratória” em um sentido amplo. Isto não significa que os Estados abandonem sua atribuição de regular a entrada de estrangeiros e supervisionar suas condições de assentamento, senão aceitar formular políticas razoáveis de admissão que contemplem a permanência, o retorno, a reunificação, a re-vinculação, o trânsito nas fronteiras e a mudança de pessoas a outros países.

(CEPAL, 2002, p. 267-8).

Diante do cenário apresentado, pode-se depreender que o aumento significativo da migração não somente é inevitável no contexto de globalização, trazendo em seu bojo um potencial positivo, como não se pode negar perdas e dificuldades reais ocasionadas pela migração. Entretanto, o fenômeno migratório pode ser amenizado com ações especificas, políticas públicas que podem ser criadas para facilitar o desenvolvimento do migrante e das regiões de origem e de destino destas pessoas.

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