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O papel das relações sociais na saúde

Por:   •  17/7/2017  •  Resenha  •  1.096 Palavras (5 Páginas)  •  199 Visualizações

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RESENHA

Discente: Marília Keila Ferreira Dias

Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao conceito de cultura aplicado as ciências de saúde.

LANGDON, Esther Jean, WIIK Flavio Braune. Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao conceito de cultura aplicado as ciências da saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem. Mai-Jun-2010.

        Os autores desde artigo que será resenhado possuem pós-graduação em Antropologia, onde suas produções bibliográficas e atuação acadêmico-profissional compreendem e perpassam os seguintes temas/áreas: etnologia indígena; antropologias da saúde, da religião e da história; teoria social e da cultura; ideais societários e relações Homem-Natureza; rituais, desempenho e narrativa e o cotidiano avaliação e monitoramento de políticas públicas voltadas para minorias socioculturais.

        O artigo sob o qual exponho é produto de reflexão de estudos e pesquisa em saúde, conduzidos por profissionais e teóricos da área. De como as noções e comportamentos ligados aos processos de saúde e de doenças integram a cultura de grupos sociais. Tratas-se de uma critica a diversas convicções referentes aos sistemas médico de atenção a saúde, bem como as respostas dadas as doenças, são sistemas culturais, consonantes com os grupos e realidades sociais que os produzem. Varias formas de conceito de cultura são abordados sob uma nova ótica que procura afastar, do olhar somente da patologia.

A base de toda a argumentação dos autores para confrontar a ideia da biomedicina está na antropologia, pautando-se nas diferenças socioculturais. Já que parte-se do principio que todos têm cultura, sendo determinada pelas particularidades. O método de pesquisa esta centrada na etnografia e da analise interpretativa, esses dados levam a uma centralidade da construção do significado das enfermidades por parte dos usuários, onde se sobrepõem a causalidade e racionalidade nos moldes biomédicos.

O artigo é dividido em sete partes, nas quais são tratados assuntos referentes às mais atuais e diversas questões sobre cultura.

        A parte I é a “Introdução”, onde os autores trazem questões gerais dentro da racionalidade biomédicas e uma reflexão do conceito de cultura dentro da saúde relacionado com a antropologia. Por exemplo, tem se observado a influência da crença religiosa na sobrevivência de paciente, quando são cercadas por redes socioafetivas religiosas que os acompanham e almejam sua cura.

A parte II, intitulada de “Um conceito instrumental de cultura”, procura demonstrar quer muitas dos conceitos sobre cultura é por vezes complexo e diverso. O artigo define cultura como “um conjunto de elementos que mediam e qualificam qualquer atividade física ou mental, que não seja determinada pela biologia, e que seja compartilhada por diferentes membros de um grupo social”. A partir disso o texto  afirma que três aspectos é importante para a compreensão de cultura como atividade sociocultural,é necessário que a cultura seja aprendida, compartilhada e padronizada.

Sendo apreendida afirma-se que a cultura modela as necessidades e características biológicas e corporais, compartilhada porque busca indivíduos formadores de uma sociedade que torna essas potencialidades em atividades especificas, diferenciadas e simbolicamente inteligíveis e comunicáveis  e padronizadas pois advém de uma criação humana e partilhada por grupos sociais. Dentro dessa analise percebe-se que a “cultura que define os padrões socias sobre o quê e quando comer”.

Na parte III, trás a abordagem sobre, “Cultura, Sociedade e Saúde” partindo da analise de que “ a cultura é um fenômeno total”, dessa forma orientando a sociedade nos seus conhecimentos, praticas e atitudes, assim como a questão da saúde e da doença também esta inserida dentro dessa visão de mundo e da práxis social. O modo pelo qual certos grupos socias pensam e se organizam, para manterem a saúde e enfrentarem questões relacionadas a doenças.

Na Parte IV aborda a questão do “Sistema cultura de saúde”, do modo como se percebem, classificam, definem e explicam a doença, como abordado anteriormente “ cada  e todas as culturas possuem conceitos sobre o que é ser doente ou saudável”. Percebe-se que entre alguns conceito de saúde e doença não universais, raramente refletem as definições biomédicas, dessa forma, tem-se teorias etiológicas baseadas na visão do mundo de determinado grupo, as quais tem-se observado diversas causas múltiplas para as enfermidades.

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