OS REFLEXOS DA GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA DIANTE DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL
Por: Jaiane Lavor • 29/1/2016 • Projeto de pesquisa • 854 Palavras (4 Páginas) • 174 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS
JAIANE SANTOS ALVES
OS REFLEXOS DA GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA DIANTE DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL
CAUCAIA-CE
2015
SUMÁRIO
1 SUMÁRIO............................................................................. 2
2 INTRODUÇÃO...................................................................... 3
3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................... 4
4 OBJETIVO GERAL............................................................... 5
4.1 OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................... 5
5 JUSTIFICATIVA.................................................................... 6
6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................ 7
2. INTRODUÇÃO
A procura pela graduação em Serviço Social a cada ano se torna mais intensa, e com a ampla rede de cursos à distância, torna-se mais preocupante, no que diz respeito à categoria, a formação que esse futuro profissional terá, visto que a metodologia de ensino não atende a perspectiva de uma graduação em Serviço Social de qualidade, desde 2011 o conjunto CFESS/CRESS, lançou uma campanha “Educação não é Fast Food” dando ênfase que eram contrários à graduação em Serviço Social à distância, assim a ABEPPS e a ENESSO, representativas discentes também aderiram a campanha levantando a bandeira de luta pela graduação presencial pública, laica e de qualidade.
Partindo dessa explanação, este trabalho levanta o seguinte problema: a graduação à distância em Serviço Social terá uma Formação Profissional de qualidade ou apenas um diploma na mão? Com base neste questionamento, esta pesquisa busca subsídios dentro do contexto da educação de ensino à distância, que provem a falência da formação profissional pelo modo de graduação à distância.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Partindo do pressuposto que a formação histórica do curso de Serviço Social, desde os anos 60 no movimento de reconceituação do curso, ele passa a ser um curso de alta criticidade, com visão ampla da realidade em sua totalidade, e no processo de estar construindo essa formação profissional a EaD, não proporciona o método de coletividade, de ensinoaprendizagem que proporcionam o debate em aulas presenciais que geram a socialização nos indivíduos e que de forma concreta contribui para a criticidade do indivíduo nesses espaços.
Na graduação à distância, centrada no ensino virtual ou mediado por mídias, essa condição é inviabilizada, diante da automização das telessalas e pólos, das vivências individuais do processo de ensinoaprendizagem, que não possibilitam as práticas organizativas e coletivas dos/as estudantes e dos/as trabalhadores/as envolvidos/as. (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, “Educação não é Fast Food” 2011, p. 3)
As aulas de curta duração da Universidade Virtual mimetizam a nova relação com o tempo louvada na contemporaneidade e inviabilizam a educação como formação da inteligência e da sensibilidade. Submetida à compressão do tempo, a educação se afasta da reflexão não por mero erro técnico, mas por meio da invasão das instituições de ensino pela lógica produtivista. Enquanto as teorias críticas da sociedade moderna desvelam os mecanismos de controle incrustados na racionalidade técnica, as que louvam o mundo atual resignam-se à fragmentação, aderem às aparências, recusam as ferramentas teóricas que permitem desvelar o que subjaz às superfícies. (PATTO, 2013, p.13)
Como sujeitos possuidores de direitos, a Constituição Federal (1988), nos garantem necessidades básicas, entre elas, a educação, porém isso não se aplica de forma ampla no ensino superior, em específico no Serviço Social que é um número bastante restrito de Universidades Públicas que oferecem o curso e muitas vezes em uma quantidade de vagas mínimas, essa sonegação de educação superior pública, dar a livre oportunidade de ampliação do ensino mercantil cada vez mais precário.
Nessa direção, o Conjunto CFESS-CRESS não se furta a realizar esforços políticos e acadêmicos para demonstrar que o questionamento do uso da modalidade de EaD para a formação de graduação em serviço social não é discriminatória, mas objetiva alertar para o aprofundamento da precarização do ensino superior no país e a negação do direito a uma educação presencial, de qualidade e universal. (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, "Sobre a Incompatibilidade entre Graduação à Distância e Serviço Social" 2014, p.11)
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