Origem Dos Animais
Artigos Científicos: Origem Dos Animais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: samanta123456 • 22/12/2013 • 482 Palavras (2 Páginas) • 247 Visualizações
ORIGEM DOS ANIMAIS
Os animais devem ter surgido na era pré-Cambriana, há cerca de 700 milhões de anos, provavelmente derivados dos mesmos ancestrais protistas flagelados heterótrofos que deram origem aos fungos. Os registros fósseis mostram que os animais se diversificaram muito rapidamente, de modo que no início do Cambriano, entre 545 e 525 milhões de anos atrás, já existiam todos os grupos animais que conhecemos até hoje, além de muitos outros que foram extintos. Esse evento de diversificação do reino animal é conhecido como “explosão do Cambriano”.
Em decorrência dessa rápida diversificação, do fato de nem todos os grupos animais se fossilizarem, e dos fossilizados, nem todos terem sido encontrados, a construção da filogenia dos animais baseada apenas em evidências fósseis, se torna uma tarefa muito difícil. Dessa forma, para se construir a árvore filogenética dos animais, e propor hipóteses sobre as suas relações evolutivas, além das evidências fósseis, os zoólogos utilizam dados moleculares e dados sobre a anatomia e embriologia comparadas.Até algum tempo atrás, o registro mais antigo da existência dos animais multicelulares, que são conjuntamente chamados de metazoários, eram os fósseis do Cambriano, cuja idade gira em torno de 540 milhões de anos. Há pouco tempo, foram encontrados na China fósseis com 632 milhões de anos. Agora, essa idade pode recuar ainda mais após a descoberta de moléculas produzidas por um grupo de esponjas em rochas com idade máxima estimada em até 751 milhões de anos.
As moléculas em questão eram produzidas exclusivamente por esses animais e permaneceram preservadas nas rochas devido à sua natureza ou às condições do ambiente em que viviam as esponjas. Moléculas como essas, chamadas de biomarcadores, têm se mostrado grandes aliadas dos paleontólogos, pois ajudam a elucidar como era a vida no passado de forma complementar ao registro dos fósseis.
A descoberta dos biomarcadores de esponjas foi feita pela equipe de Gordon D. Love, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia em Riverside (EUA). O feito foi publicado esta semana com destaque pela revista Nature, em artigo assinado por Love e mais 12 colaboradores.
As moléculas em questão foram encontradas em rochas sedimentares de Omã, no Oriente Médio. As rochas dessa região petrolífera pertencem ao período Neoproterozóico, mais especificamente ao Criogeniano, o que corresponde, em termos de idade absoluta, a uma faixa de 850 a 630 milhões de anos atrás.
Esponjas modernas
A equipe de Love realizou uma série de análises químicas de amostras dessas rochas coletadas com rigoroso controle estratigráfico. As análises acusaram a presença de grandes quantidades de uma molécula orgânica do grupo dos esteróides chamada de 24-isopropilcolestano – ou 24-icp.
Atualmente, essa molécula é produzida por animais de um grupo de Porifera, popularmente conhecidos como esponjas. Esse grupo, chamado de Demospongiae, inclui o maior número de espécies de esponjas recentes, cujos representantes podem ser encontrados em diversos ambientes marinhos, de rasos até bem profundos (até 9 mil metros).
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