Os Movimentos Sociais
Por: Nessawana • 6/9/2015 • Trabalho acadêmico • 3.004 Palavras (13 Páginas) • 183 Visualizações
Este trabalho tem por objetivo apresentar os movimentos sociais e como eles interferem no nosso dia a dia, qual sua importância e sua relação com o poder político, como ele influência a democracia. Ao desenvolvermos as atividades propostas realizaremos um breve mapeamento dos principais atores sociais responsáveis pelas ações coletivas, indicando as diferenças entre movimentos sociais e ações ou redes de mobilização civis, a conjuntura e as categorias que se destacam no livro texto e alguns pontos fundamentais, analisando as principais formas de associativismo civil no Brasil, expressas em movimentos sociais, redes de mobilização, associações civis e fóruns.
Na América latina, especialmente no Brasil os atuais movimentos que ocorreram na fase do regime político populista, são diferentes dos movimentos ocorridos do final da década de 1970 e parte dos anos 1980(movimentos populares reivindicatórios de melhorias urbanas articulados com pastorais, grupos políticos de oposição ao regime militar etc.), embora muitos dos atuais movimentos sejam herdeiros daqueles dos anos 1980, onde naquela década os movimentos lutavam para ter direito a ter direitos. Sabemos que as lutas para que a sociedade tivesse liberdade duraram anos e continuam até os dias atuais, mas o que poucos sabem é que isso tudo começou com um movimento de pessoas que enfrentaram o governo pelos seus direitos, hoje podemos perceber que suas forças diminuíram, mas mesmo assim ainda há reivindicações, para definir formas de ações sociais com o objetivo de alcançar determinados resultados.
Na contemporaneidade, muitos deles apresentam um ideário civilizatório que coloca como horizonte a construção de uma sociedade democrática, suas ações são pela sustentabilidade e não apenas autodesenvolvimento, os movimentos sociais, sempre tem um caráter educativo e de aprendizagem para seus protagonistas. Na atualidade, o elemento novo é a forma e o caráter que estas lutas têm assumido não apenas de resistência, mas de luta por direitos: reconhecimento de suas culturas e da própria existência, redistribuição de terras em territórios de seus ancestrais, escolarização na própria língua, destacando a educação básica das escolas, devido ao potencial dos processos educativos e pedagógicos para o desenvolvimento de forma de sociabilidade e constituição e ampliação de uma cultura política, onde passou a ser uma área estratégica também para os movimentos populares, a exemplo do MST. Ressaltada nos estudos uma grande mudança sobre políticas de parceria do Estado com a sociedade civil organizada, está na direção do foco central da análise: do agente para a demanda a ser atendida. Mesmo distinguindo-se as carências, mas buscando superá-las de forma holística, com olhares multifocais que contemplam raça, etnia, gênero, idade, etc. Privilegiados a influencia do Estado por meio da ação de seus governos se faz mediante uma retórica que retira dos movimentos a ação propriamente dita, onde essa ação se transforma em execução de tarefas programadas, que serão monitoradas e avaliadas para que possam continuar a existir. O novo panorama das políticas públicas cria um deslocamento na questão da desigualdade econômica com destaque na renda, passa a ser efetivamente social, com evidencia nas características sociais e culturais dos grupos sociais. O tratamento da desigualdade deve ter como horizonte a igualdade, mas isto é muito difícil numa sociedade tão desigual como a brasileira, desarticula-se o foco para outro tema, o da diferença, o que não é o mesmo que desigualdade. A diferença reflete a diversidade da espécie e de suas formas de organização política e de expressão cultural. Muitos movimentos sociais que são ações coletivas, de fato tiveram que alterar suas práticas e reivindicações para não ficar á margem da história, atuando segundo certas condicionalidades pautadas pela nova institucionalidade criada pelas políticas públicas que em casos raros, partiram para ações de resistência via desobediência civil.
Compete registrar também que as problemáticas que dão suporte às demandas dos movimentos não limitam apenas ao tema trabalho, condições de moradia e habitação na cidade e no campo, justiça, reconhecimento e reparação de identidades socioculturais. Os novos militantes são mobilizados para participarem de ações sociais, estruturadas por agentes do chamado Terceiro setor, ou por agências governamentais, via políticas públicas indutoras da organização popular, como nos conselhos gestores; ou mobilizados pelos fóruns temáticos nacionais, regionais ou racionais onde a presença de antigos e novos movimentos sociais é corrente. Existe solidariedade nas duas ações sociais, de forma diferente: nos movimentos é orgânica, criada por meio da experiência compartilhada de pertencer e vivenciar alguma situação de exclusão e nas organizações cívicas ela é estratégica instrumental, criada para atingir metas que resolvam problemas sociais de grupos também excluídos economicamente ou culturalmente, a partir do interesse destes grupos, mas que foram desenhados por projeto de agentes externos. As novas alterações na sociedade civil, as novas políticas sociais, do estado, priorizaram o processo de inclusão social de setores conhecido como vulneráveis e excluídos das condições socioeconômicas ou direito cultural. O direito cultural é uma luta que vem sendo mais de negros e índios em movimentos sociais e ações coletivas contra a diferenciação e discriminação socioeconômica em parcerias com as ONGs que tem como papel de mediadoras na busca por coesão e controle social. Em resumo: ações coletivas geradas por movimentos sociais do tipo MST, movimentos indígenas, o movimento negro ou afro descentes têm outro significado e fundamentos neste novo milênio, além das antigas questões pelas quais estes movimentos foram criados. A categoria mobilização social, em décadas anteriores, sempre esteve subordinada a outras categorias maiores na análise do social, tais como processo, mudança etc. Mas neste novo século, ganha vida, significado e dinâmica própria.
A Identidade foi outra categoria redefinida o qual atualmente tem sido tratada, por analistas e pelos formuladores de políticas públicas, como uma ferramenta em construção. Não se trata da identidade construída na trajetória de um movimento, mas de uma identidade modelada, outorgada, na qual determinados sujeitos sócio- políticos e culturais são mobilizados para serem incluídos. Acreditamos que um movimento social com certa permanência acaba criando sua própria identidade, a partir de suas necessidades e seus desejos, assumindo indicativos com os quais se identificam outros igualmente carentes, excluídos ou sem direitos, reconhecimento ou pertencimentos. Na atualidade a rede social passa
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