Os corantes
Resenha: Os corantes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pmoraes • 12/9/2013 • Resenha • 1.049 Palavras (5 Páginas) • 866 Visualizações
Os corantes:
Corantes são materiais normalmente aplicados em solução e se fixam de alguma maneira a um substrato. Os corantes são retidos no material por adsorção (interação química entre um sólido e um fluido), solução, retenção mecânica ou por ligações químicas iônicas ou covalentes.
Além de conferirem cor ao substrato são solúveis no meio em que serão aplicados, normalmente possuem baixa propriedade de solidez à luz e são transparentes/translúcidos. ( permitem a passagem da luz) fazendo com que possamos enxergar através deles quando diluídos em solução.Os corantes são mais utilizados no mercado de cosméticos, sanitários, alimentício, farmacêutico e têxtil.
Os corantes podem ser Naturais ou sintéticos.
Corantes Naturais:
São pigmentos extraídos e manejados de forma ecológica, sem poluir o meio ambiente, de espécies nativas locais .Estes corantes vêm de uma variedade de fontes, incluindo sementes (urucum), raízes (cúrcuma), vegetais (corante de repolho vermelho, beterraba), algas (Beta caroteno), insetos (carmim de cochinilha), frutas (corante de extrato de uvas, extrato de casca de uvas), entre outros.
No Brasil, por exemplo, são utilizadas plantas como o jenipapo, o açafrão-da-terra, a anileira, o açaí, o angico e o murici para obtenção de boa parte dos corantes vegetais. Já a origem solar dos corantes vegetais, ou naturais, dá às suas cores uma relação direta com a luz.
O uso de corantes vegetais na produção de produtos artesanais com certeza requer um processo mais elaborado do que simplesmente comprar um tubo de anilina química na venda mais próxima. Este uso puramente comercial dos corantes químicos acaba por anular a autenticidade de um oficio capaz de integrar o homem à natureza. Com o tempo, muitos corantes naturais foram sendo descobertos. O vermelho das capas dos centuriões romanos era obtido de um molusco chamado Murex, um caramujo marinho.
Como se observa, inicialmente, os corantes eram obtidos de fontes naturais. O uso de corantes artificiais só teve início em 1856. Entretanto, muitos corantes naturais utilizados na antiguidade ainda são empregados, e em larga escala.
Corantes Sintéticos:
Em 1856, William Henry Perkin, um químico inglês, por um feliz acaso, sintetizou a mauveina – o primeiro corante sintético já produzido. Estudando a oxidação da fenilamina, também conhecida como anilina, com dicromato de potássio (K2Cr2O7). Mas seu trabalho experimental resultou na obtenção de um corante sintético hidrossolúvel, adequado ao tingimento de seda.
Após essa descoberta, houve uma corrida dos químicos para conseguir sintetizar outros corantes. Para dar apoio à sua indústria, Perkin, com a ajuda financeira do pai e do irmão, montou um amplo laboratório de pesquisa onde conseguiu sintetizar outros corantes.
Pode-se ter uma idéia do impacto que foi a descoberta do corante sintético, pelo fato de ainda hoje se utilizar o termo “anilina” para designar qualquer substância corante, apesar da anilina em si não ser um corante, mas sim o ponto de partida para a elaboração de corantes.
Os corantes artificiais são usados sempre que não é possível se obter determinadas tonalidades com corantes naturais, como é o caso de algumas nuanças de vermelho e amarelo.
Classificação
Os corantes podem ser classificados quanto:
À sua estrutura química, relativamente à parte da molécula responsável pela cor (grupo cromóforo):
- corantes azoícos (grupo cromógrafo azo: -N=N-)
- corantes nitrados e nitrosados (grupo cromógrafo -NO2 ou -NO)
- corantes do difenilmetano e do trifenilmetano (derivados aminados ou hidroxilados destes compostos)
- corantes antraquinónicos (derivam da antraquinona)
- corantes acridínicos, azídicos, oxazínicos e tiazínicos (derivam da acrinina, azinas, oxazinas e tiazinas), – corantes xanténicos (derivam do xanteno)
- corantes indigóides e tio-indigóides (derivam do índigo e da púrpura-de-tiro)
- corantes quinoleínicos (derivam da quinoleína).
Condições de aplicação, é possível distinguir:
- corantes ácidos (formados por sais de ácidos orgânicos solúveis em água)
- corantes básicos (corantes com grupos básicos)
- corantes de mordente (exigem um tratamento prévio da fibra com mordentes)
- corantes sulfurosos (insolúveis na água, que se solubilizam por reação com sulfureto de
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