Os desafios contemporâneos da concepção marxista na profissão do Serviço Social
Por: eli1608 • 8/2/2017 • Resenha • 1.486 Palavras (6 Páginas) • 432 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Maria do Carmo Benicio dos Santos RU 1278565
Os desafios contemporâneos da concepção marxista na profissão do Serviço Social
SORRISO – MT
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Maria do Carmo Benicio dos Santos RU 1278565
Os desafios contemporâneos da concepção marxista na profissão do Serviço Social
Relatório do Portfólio do Ciclo II Módulo C Fase II apresentado para fins de av aliação nas disciplinas do Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário Internacional Uninter. Tutor Local: Maria Dulce Theis de Almeida
Centro Associado (PAP):Sorriso
SORRISO – MT
2016
INTRODUÇÃO
O presente artigo visa analisar a influência da tradição marxista no Serviço Social. Ao longo de sua trajetória o Assistente Social, obteve muitos avanços no setor profissional. A formação e o exercício profissional do assistente social se concretizam em meio a uma rede de situações complexas que alimentam a sociedade moderna. Esse avanço foi consequência da junção da teoria Marxista na análise das transformações que foram tomando direcionamento econômico, político e social. Isso fez com que a profissão repensasse suas estratégias de ação ante dessas transformações da sociedade, que afetam especialmente a classe trabalhadora. O assistente social atua de maneira direta com a incoerência existente entre o capital e o trabalho. E é nesse terreno de debates e conflitos entre representação das desigualdades e produção da aversão e oposição, que a categoria de assistentes sociais trabalha, intervindo abertamente nas relações sociais diárias e no atendimento às variadas expressões da questão social.
Com o Movimento de Renovação do Serviço Social se apresentou a oportunidade de um aprofundamento teórico-metodológico, sobretudo quando ocorreu uma maior aproximação dos assistentes sociais com a tradição marxista o que potencializou o rompimento com as bases conservadoras que sustentavam o Serviço Social. Entretanto, é preciso sempre buscar alternativas que ampliem o debate da profissão com a teoria marxista, na tentativa de romper com partes conservadores que ainda existem no interior da categoria que inclusive acreditam que na “prática” a “teoria” é outra.
DESENVOLVIMENTO
Os avanços obtidos ao logo da trajetória da profissão do assistente social, foram resultados da incorporação da teoria social Marxista na análise das transformações que foram tomando direcionamento econômico, político e social. , fazendo com que a profissão repensasse suas estratégias de ação perante dessas transformações da sociedade, que afetam especialmente a classe trabalhadora. A maturidade teórico-metodológico do Serviço Social deu-se a partir do período após a ditadura e se fortaleceu na década de 1970 com o movimento de reconceituação que visava romper com o conservadorismo.
Com a desenvolvimento do capital e o aumento da pobreza da força de trabalho, o Estado se apoderava da prática assistencialista, particularizando a “questão social” e culpando os sujeitos sociais.
Visando o recurso à orientação teórica - metodológica da tradição marxista e seu entendimento o Serviço Social rompe com o conservadorismo, possibilitando assim, ao profissional, a capacidade de interferir de forma qualitativa na garantia da concepção ético-político profissional. E é especialmente com o código de ética profissional criado em 1993, que se torna possível entender o compromisso com os valores éticos e políticos para a conquista da liberdade em defesa da classe trabalhadora.
A partir da crise mundial do capitalismo o Estado se reposiciona frente à sociedade, colocando - se na relação capital - trabalho. Essa ação faz com que o Estado repense sua posição diante das condições da representação da força de trabalho, exigindo nessa ocasião um técnico que respondesse os conflitos sociais da época, atuando na operação da “questão social”.
No ano de 1936 nasce a primeira Escola de Serviço Social no Brasil fundada na doutrina social da Igreja Católica, trabalhando de maneira a potencializar auto-desenvolvimento nas pessoas, demonstrando compromisso com a justiça e liberdade.
No ano seguinte o golpe de Estado, traz a necessidade da atuação do profissional do Serviço Social diante das demandas da época. E no ano de 1938 o Serviço Social foi instituido como serviço público, porém, se institui como uma prática de clientelismo político. Os primeiros atendimentos realizados foram aos soldados da Segunda Guerra Mundial e após isso estendeu-se a toda população pobre voltada como ajuda financeira e material.
Com a implantação do Código de Ética em 1947, a profissão passa a ser tratada como algo hegemônico e a ação profissional tida como compromisso religioso, escondendo os elementos iniciais da “questão social” colaborando para a reprodução, percebendo as desigualdades de uma maneira moralizante.
As décadas seguintes são marcadas por reestruturação e intensificação no controle sobre o trabalho com a finalidade de reduzir custos e elevar a lucratividade, há uma atualização da posição conservadora em que processos de individualização das relações sociais estão presentes. Diante do contexto rebelde dos anos 1960 vivenciados pela sociedade, em 1965 houve uma reformulação do primeiro código de ética.
Assim a partir dos anos 70 há um posicionamento crítico dos profissionais, é nesse período que eles assumem suas aflições e questionamentos, decorrentes do processo do capitalismo mundial que trouxe consigo um desenvolvimento marcado por uma
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