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Os problemas de discriminação e segregação de pessoas com deficiência

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Por:   •  26/9/2014  •  Artigo  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  490 Visualizações

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Constata-se que atualmente o número de deficientes no mercado de trabalho vem crescendo,

Porém não se sabe ao certo se estes números continuaram a crescer, bem como se o aumento destes profissionais é apenas pela legislação em vigor que determina que uma organização deva contratar esses profissionais, ou se a população caminha para uma sociedade mais inclusiva.

Nos últimos anos a oferta de vagas em empresas pública e privadas vem modificando o cenário de exclusão desse grupo, mas sabe-se que ainda falta muito para se chegar a números.

satisfatórios e também a satisfação das organizações na inclusão destes profissionais.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde)é estimado que no mundo haja 610 milhões de portadores de deficientes, por volta de 80 % dos deficientes vivem em países em

desenvolvimento, e por viverem em países subdesenvolvidos há uma maior barreira de inserir estes profissionais no mercado de trabalho.

(Instituto ETHOS, 2002).

Ninguém esta imune ao desconforto, medo, insegurança, frente ao desconhecido e, ate segunda ordem à deficiência ainda é bastante desconhecida da população em geral. (AMARAL, 1994).

No Brasil,o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou no ano de 2002

um censo realizado no ano de 2000 que existem 24,5milhões de brasileiros portadores de

algum tipo de deficiência, porém estes números podem ser maiores porque o sistema que o

IBGE utiliza é por amostra(Instituto ETHOS,2002).

Verificou-se, que a discriminação e segregação dos portadores de deficiência acompanham os homens desde os tempos mais remotos da civilização.

Além de fatores individuais, econômicos e sociais, um outro aspecto que dificultaria

a inserção da pessoa com deficiência no trabalho, apontado pela literatura científica,

é a falha no processo de formação e qualificação profissional. No Brasil, essa

formação tem frequentemente ocorrido por intermédio de programas desenvolvidos

por oficinas pedagógicas ou protegidas por instituições de ensino especial.

Entretanto, existem críticas em relação aos procedimentos utilizados por esse

programa, por considerar as atividades comumente ensinadas, como artesanato,

tapeçaria e marcenaria, selecionadas mais em função dos recursos materiais

disponíveis e da tradição institucional, do que da demanda do mercado de trabalho,

pouco contribuindo para efetivar qualitativamente essa população. (PEROSA, 1979;

MANZINI, 1989; GOYOS, 1995; TANAKA, 1996; NUNES, 1998).

São 8 anos de vigência e muitas empresas não conseguiram adaptar o

seu espaço físico para melhorar o acesso aos deficientes. O problema maior é o

preenchimento das cotas. Existem vagas a serem ocupadas, mas as empresas encontram

muitas dificuldades na hora da contratação. Uma delas é devido à pensão mensal pagos, por

direito, a todos os deficientes e que é concedida pela Lei Orgânica de Vigência. Segundo a

Especialista em Direito do Trabalho Lílian Dal Secchi, as pessoas que recebem o benefício,

preferem complementar a renda com atividades informais a procurar um trabalho com registro

em carteira, já que assim, perdem o direito à pensão. Outra dificuldade é a pequena

porcentagem de deficientes com capacitação e especialização para ocupar os cargos

disponíveis no mercado. Dados da delegacia Regional do Trabalho de São Paulo comprovam,

que apenas 33,5% dos deficientes paulistas chegaram à 4ª série do ensino fundamental e

desses, só 29,2% terminaram a 8ª série.

Carreira (1996), também detectou em seu estudo que a falta de conhecimento do

potencial das pessoas com deficiência, entre outras variáveis, consistia num dos grandes

motivos que impediam ou dificultavam a contratação dessa população pelas empresas. Há

necessidade de investir na formação dos empresários, para que eles aprendessem como lidar

com a heterogeneidade. Para isso, seria importante que eles desmistificassem as idéias

errôneas sobre deficiência. Um dos caminhos seria um espaço para discutir essa questão, tirar

dúvidas e fazer os questionamentos necessários.

Uma solução encontrada pela deputada Maria Lúcia Amaury, Fevereiro / 2006, (PSDB

– SP) é a criação de centros de capacitação para os deficientes. Ela propõe a criação de cursos técnicos voltados para cada tipo de deficiência.

Percebem-se as várias dificuldades para a inclusão do deficiente no mercado de

trabalho. Mas o problema advém dos dois lados, tanto das empresas, quanto dos próprios

deficientes. As empresas precisam de uma estrutura para recebê-los e estes, de capacitação e

interesse em desenvolver seu lado intelectual para ocuparem tais vagas. Cabe aos órgãos

governamentais, capacitá-los e às empresas, disponibilizar espaço físico para que todos

consigam alcançar o interesse comum: formar e integrar cidadãos dignos do trabalho diário

É indiscutível a importância das contratações de profissionais com deficiência para a economia do Brasil.

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