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PREVENIR A VIOLÊNCIA COM ESPAÇOS DE SOLIDARIEDADE

Por:   •  10/5/2015  •  Ensaio  •  705 Palavras (3 Páginas)  •  127 Visualizações

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PREVENIR A VIOLÊNCIA COM ESPAÇOS DE SOLIDARIEDADE

Ao tratarmos de violência enquanto um fenômeno social e urbano, não é de surpreender a sensação de estarmos caindo em lugares comuns: tanto por conta das já conhecidas explicações para a existência e o crescimento desse fenômeno quanto em função das prováveis opções para a sua superação. Vale dizer que essas opções foram raramente executadas de forma plena e competente pelo Estado e pela sociedade civil. O fato é que isso não pode ser mais um motivo para levar o cidadão comum a indiferença, á resignação ou ao decrédito diante desse fenômeno que não só cresce, como também ameaça, sobretudo, o futuro da nossa sociedade, uma vez que faz das crianças e adolescentes, suas principais vitimas. Não há como ignorar isso, uma vez que, diariamente, a grande imprensa nos faz contemplar essa realidade.

Pensando especificamente na violência urbana, hoje, capaz de fazer uma página de jornal jorrar sangue, tamanha é sua magnitude, não é difícil entender por que ela pede uma resposta radical da sociedade, de cada cidadão, para além das ações públicas do Estado. Segundo o professor doutor Guilherme de Assis Almeida, o próprio conceito de violência, por assim dizer, o seu melhor enfrentamento direto não abre espaço para uma terceira opção. A violência, enquanto ação intencional de provocar dano contra um grupo ou uma pessoa, não é parcial, algo mais ou menos. Ela sempre provoca dano, grande ou pequeno. Da mesma forma, a não violência não pode ser uma resposta superficial.

Qualquer que seja a natureza do ato violento físico, psicológico e sexual, moral, espiritual, qualquer que seja seu grau ou origem fruto de ação criminosa, de acidente de trânsito ou fatal, atitude de desrespeito ou preconceito, suicídio, tende a possuir raízes históricas, sociais, psicológicas profundas. A sociedade brasileira é uma das raízes históricas mais significativas está associada ao desenvolvimento do individualismo como valor fundamental da vida humana.

No século XVIII, movimentos políticos, sociais e culturais colocaram em evidência o valor do indivíduo em reação às imposições sociais sobre a pessoa. Não fica difícil, associar o consumismo ao individualismo como base para o contexto de violência. E, nessa linha, também não é difícil entender por que as crianças e adolescentes costumam ser, já há algum tempo, as principais vítimas dessa violência. Como vítimas prediletas da crise de valores fundamentais da vida humana e por isso, mais suscetíveis aos apelos do individualismo, do consumismo e do hedonismo, entre outros ismos que pervertem as relações sociais, crianças e adolescentes são cotidianamente envolvidos pela violência uma das consequências mais flagrantes desse contexto. Esse quadro é agravado pela indústria das drogas que tem entre crianças e adolescentes, seu público alvo: são ao mesmo tempo, traficantes e consumidores.

De acordo com o mapa da violência as crianças e adolescentes do Brasil, estudo produzido por Júlio Jacobo Waiselfiz, no que diz respeito á morte a forma entre 14 aos 22 anos, a taxa de homicídios entre as crianças e adolescentes entre eles passou de 30 em 100 mil, para 68,6 nos últimos anos. Se a magnitude de homicídios correspondente ao conjunto da população já pode ser considerado muito elevada à relativa

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