Patologias Pleurais

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se a Patologias pleurais: Pleurite, Empinema e Derrame pleural, que será abordado nos seguintes tópicos, o objetivo deste trabalho é estabelecer o conhecimento desta patologia, a causa, o tratamento e o cuidado da enfermagem. A metodologia usada foi pesquisa bibliográfica e artigos da internet.

2 PATOLOGIA PLEURAL

A pleura é uma pequena camada de tecido fino que reveste os pulmões (pleura visceral) e a parede interna do tórax (pleura parietal). Entre as duas camadas encontra-se o espaço pleural, em indivíduos sadios existe um fluxo constante de líquido (esse líquido pleural é uma substância viscosa lubrificante que reduz a fricção durante os movimentos respiratórios) entre essas duas camadas finas, contudo, as doenças pleurais podem causar um acúmulo de líquido entre as pleuras, o chamado derrame pleural. Dentre as causas mais comuns de derrame pleural estão a tuberculose, o câncer e a pneumonia.

3 PLEURITE

Pleurisia ou pleurite é uma inflamação da pleura, resultando na maioria dos casos em acúmulo de líquido no espaço pleural. A pleurisia pode ser seca (pleurite seca) ou acompanhada de exsudação de líquido dentro da cavidade pleural (derrame pleural). Uma vez que a inflamação desapareça, a pleura pode voltar à normalidade ou então podem formar-se aderências que fazem com que os folhetos da pleura se colem entre si.

3.1 Fisiopatologia

A pleurite é provocada quando, por alguma razão, vários tipos de elementos estranhos - como microrganismos, substâncias irritantes ou células cancerosas - entram em contacto com a pleura e as células defensivas reagem provocando uma inflamação. Nesse caso, além da chegada das próprias células defensivas, que se encarregam da eliminação dos elementos estranhos e do fabrico de fibras destinadas à cicatrização das eventuais lesões, o espaço pleural é frequentemente invadido por um líquido proveniente dos vasos sanguíneos. Contudo, como este processo nem sempre se desenvolve de forma idêntica, é possível distinguir vários tipos de pleurite.

3.2 Manifestações Clínicas

O sintoma mais característico e comum da pleurite é uma dor intensa na zona afetada: conforme os casos, pode irradiar-se para o pescoço, para o ombro do mesmo lado ou para o abdómen. A característica mais típica desta dor é o fato de diminuir de intensidade sempre que se inclina a metade superior do corpo para a frente e, pelo contrário, intensificar-se durante a inspiração, sobretudo quando se tenta inspirar profundamente. O mesmo processo ocorre com a tosse seca, igualmente muito comum na pleurite, que costuma intensificar a dor. Um outro sintoma muito comum é a dispneia, uma dificuldade em respirar e sensação de falta de ar que se evidencia e acentua, especialmente quando existe um derrame pleural relativamente significativo. A rapidez com que os sintomas se apresentam depende da causa da doença. Por exemplo, aparecem bruscamente quando a pleurite é provocada por um traumatismo torácico. Por outro lado, nas pleurites de evolução lenta, como acontece em caso de tuberculose e cancro bronco pulmonar, os sintomas costumam manifestar-se paulatinamente. Além disso, em caso de pleurite húmida e, sobretudo, quando existe um empiema pleural, surgem sintomas próprios de uma doença infecciosa, como febre, arrepios e suores, muitas vezes intensos.

3.3 Etiologia

As causas mais frequentes da pleurite são as infecções pulmonares bacterianas (nomeadamente, a tuberculose pulmonar), a embolia pulmonar, os traumatismos torácicos, as bronquiectasias (dilatações anómalas dos brônquios) e o cancro do pulmão, reações alérgicas causadas por fármacos, como a hidralazina, a procainamida, a isoniazida, a fenitoína, a clorpromazina.

3.4 Tratamentos

Em primeiro lugar, é preciso estabelecer a causa da pleurite para se proceder ao seu imediato tratamento da forma mais eficaz possível. Como é óbvio, caso exista um processo infeccioso, é importante a administração de antibióticos para combater os microrganismos responsáveis.

Em caso de pleurite seca, o tratamento inclui uma série de medidas para aliviar os sintomas e favorecer a rápida recuperação: repouso na cama, administração de medicamentos antiinflamatórios e analgésicos e fisioterapia respiratória.

Em caso de pleurite húmida, costuma ser necessário efetuar uma toracocentese, ou seja, uma punção na parede do tórax para evacuar o líquido acumulado no espaço pleural. Por vezes, para que a operação seja bem sucedida, é necessário introduzir no interior do espaço pleural a extremidade de uma sonda durante alguns dias, de forma a evitar repetir várias vezes a punção. Neste caso, o paciente pode ficar sentado, com a cabeça apoiada sobre os braços que estão pousados sobre uma mesa à sua frente, permitindo a drenagem do líquido por ação da gravidade.

Por fim, caso se tenha desenvolvido uma paquipleurite, costuma ser indicada uma intervenção cirúrgica para reparar as estruturas afetadas e, dessa forma, melhorar a função respiratória.

3.5 Cuidados De Enfermagem

• Repouso na cama,

• Administração de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e fisioterapia respiratória;

• Em caso de drenagem colocar o paciente sentado, com a cabeça apoiada sobre os braços que estão pousados sobre uma mesa à sua frente, permitindo a drenagem do líquido por ação da gravidade.

4 DERRAME PLEURAL

O derrame pleural é caracterizado pela acumulação de liquido em excesso entre as pleuras e constitui uma manifestação comum de comprometimento pleural tanto primário quanto secundário. O derrame pleural não é uma doença, mas sim a manifestação da pleurite.

Se não tratado adequadamente, esta patologia pode levar o paciente à dispneia e até à morte.

O derrame pleural é divido entre transudato e exsudato,