Primavera Arabe

Há três anos, foi dado inicio ao movimento revolucionário, conhecido como Revolução Árabe ou Primavera Árabe, um movimento que ainda não chegou ao fim. O Oriente Médio e o Norte da África vêm desde 2010, passando por uma série de atos revolucionários contra os governos devido às péssimas condições de vida oferecidas pelos países, sendo assim não é nada mais e nada menos que a população indo atrás da sua própria humanidade. Países como o Egito e a Síria ainda estão sob turbulência devido ao descontentamento populacional.

Esses governos têm em comum a ausência da democracia, governos ditatoriais, enriquecimento de todos que fazem parte governo e o poder duradouro dos líderes. Sendo assim, pode se dizer, que estes são os motivos que vão fazer com que a população vá às ruas para combater os governos ditatoriais.

Em meio desses conflitos, os revolucionários começaram a fazer suas passeatas de uma forma até então pacifica, onde graças à evolução da mídia, a população passou a usar os meios tecnológicos como arma, a fim de atacar os governos. Dentre eles foram usados celulares e redes sociais, que através da utilização desses meios de comunicação, foi possível uma maior mobilização do povo e isso acabou então dificultando o controle do governo ditatorial, que por sua vez censurava as informações.

O conflito em si, teve maior relevância em quatro países, dentre eles o Egito, Líbia, Síria e a Tunísia. As revoltas começaram a se espalhar logo após o episódio, ocorrido na Tunísia, o qual ficou marcado pela morte do jovem desempregado de 26 anos, Mohamed Bouazizi, que em um ato de desespero devido aos abusos e às péssimas condições de vida que o seu país oferecia, parou em frente a prefeitura da cidade em que morava e colocou fogo em seu próprio corpo. O ocorrido acabou mobilizando não só o país inteiro como todo o Oriente Médio e o Norte da África, fazendo com que todos acordassem e saíssem pelas ruas clamando pelo fim da ditadura. Um pouco mais tarde, o ditador Ben Ali renuncia seu poder em janeiro de 2011, após 24 anos na liderança. Após dois anos da queda do regime, as coisas na Tunísia ainda são bastante complicadas, o atual governo ainda não conseguiu estabilizar a economia do país, boa parte da população ainda não participa da vida política, os preços dos alimentos aumentaram bastante, o país ainda sofre devido ao alto nível de violência e as taxas de desemprego ainda são altas. A população acredita que essa fase acabe logo e que a situação em que o país se encontra melhore bastante.

De uma forma geral, a maioria destes conflitos tem um mesmo intuito, que por sua vez é a luta pela democracia nos países, liberdade de expressão, fim de governos corruptos, conquista da igualdade, sendo assim, a luta pelo fim do regime ditatorial e melhores condições de vida. Com essas divergências, os chamados rebeldes acabaram que derrubando os poderes em sequencia, onde o primeiro governo derrubado foi o de Zine El Abidine Bem Ali, da Tunísia, em seguida seria a vez do presidente Hosni Mubarak, Egito.

Desta forma então, influenciados pela revolta na Tunísia, o Egito deu inicio a onda de protestos para que Hosni Mubarak, que permaneceu no poder por 30 anos, fosse derrubado. O povo egípcio passou a sair pelas ruas protestando pelas péssimas condições que viviam, pois apesar do país ser um grande produtor de petróleo, não havia qualquer preocupação que fosse em solucionar a pobreza, onde em meio disso tudo membros do governo possuíam grande parte do enriquecimento e assim como os demais países do Oriente Médio e Norte da África, as taxas de desemprego e analfabetismo eram altas. A revolução que durou 18 dias, ficou conhecida como Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo. Após algum tempo de revolta, em 2011, Mubarak abdica o poder, e é acusado de corrupção e atos violentos contra aqueles que protestavam. Mas até então isso não significou o fim, militares que davam apoio a Murabak lançaram bombas de gás lacrimogêneo em protestantes. Em seguida Mubarak é preso e mais tarde, em 2012, o país em processo de estabilização política e social teve então realizadas suas eleições parlamentares. Assim como os demais países passaram por uma revolução, o Egito também teve sua economia muito abalada e terá que se reerguer e restabelecer.

A chamada Revolução Líbia, veio a ocorrer devido a forte influência dos episódios ocorridos