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Questao social

Por:   •  10/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.512 Palavras (7 Páginas)  •  262 Visualizações

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Introdução

Este trabalho tem como finalidade retratar o recente processo do envelhecimento, descrever as transformações históricas na inserção do idoso, como também discutir sobre as repercussões do envelhecimento populacional no Brasil e sua relação  na família, bem como os desafios postos.

O Estatuto do Idoso, aprovado em 2003, traz um novo e compreensivo olhar em relação ao idoso, o qual passa a ser visto como sujeito de direitos (ou, pelo menos, deveria ser visto como tal). Acontece que uma gama de preconceitos rodeia o envelhecimento em nosso país (Whitaker, 2007) e a sociedade precisa ser educada para compreender o envelhecimento sobre esse novo prisma.

Impactos do crescimento populacional dos idosos para a sociedade

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o envelhecimento da população brasileira, segue em ritmo acelerado, apontando que, em 2050, 60% das pessoas em idade ativa terão mais de 45 anos. A Matéria foi divulgada pela Agência Brasil. A preocupação do Ipea é que esse envelhecimento ocorre conjuntamente com a redução do crescimento populacional. Segundo a técnica de planejamento e Pesquisa do Ipea, Ana Amélia Camargo, que estuda o envelhecimento populacional, “Se, por um lado, cresce o segmento idoso, que vai demandar Previdência, e outros cuidados, gastos de saúde, por outro lado diminui a população trabalhadora que é a que contribui para pagar esses custos. Então você tem uma balança desequilibrada.(Ipea)

O século XXI e o século do conhecimento, educação e tecnologia que necessita de uma população jovem, porque quando se fala em inovação vem dos jovens que tem mais estímulos que os idosos. Todavia estamos em um século XXI, desfavorável onde a população de idosos está crescendo e a taxa de fecundidade diminuindo, que é o pior fator, menos crianças e jovens contribuindo para garantir renda, significa mais pessoas recebendo benefícios, e menos pessoas contribuindo, a outra questão que podemos destacar é que o Brasil não esta investindo na educação, preparando os jovens para dar conta dos desafios sociais e econômicos. A maior agenda a ser enfrentada em relação ao crescimento da população idosa é a de ordem fiscal aumento dos gastos com a saúde, previdência.

Outra questão que podemos destacar é , menos gente no mercado, baixa produtividade mais custos, segundo a pesquisa do Ipea os idosos poupa menos assim reduz a poupança. Em ralação as políticas públicas as ideias e inovações serão mais conservadoras sabendo que os idosos tem dificuldade em inovar sendo está uma característica própria dos jovens, o país perde em desenvolvimento e tecnologia.

Temos uma estimativa segundo Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada que essas crianças que vão nascer nos próximos 20 anos 70% serão crianças pobres, então requer educação de qualidade, saúde e políticas públicas para preparar estas crianças para um futuro que elas terão que produzir muito, levando em consideração a baixa taxa de fecundidade e o aumento da população idosa, isto significa pouca gente contribuindo.

 Uma das questões colocada pelo Ipea é repensar a idade media no Brasil, trabalhar mais para pagar as contas, porque só reduz a pobreza gerando riqueza, para investir nas crianças e jovens que vão pagar está conta no futuro.

Envelhecimento como expressão da questão social

A velhice como categoria construída socialmente tem sido vista e tratada de maneira diferente, de acordo com períodos históricos e com a estrutura social, cultural, econômica e política de cada povo. E apontam para a possibilidade de haver sempre uma nova condição a ser construída, para se considerar essa etapa da vida do ser humano.

Os valores intrínsecos a representação que uma sociedade  tem da velhice serão os norteadores responsáveis pelas ações que vão possibilitar ou não a proteção e inclusão social de seus idosos, bem como qualidade das relações.

O Brasil está sendo surpreendido por uma “revolução demográfica” e não esta estruturada para receber um contigente tão grande de idosos. Mudanças profundas afetaram essas configurações sócio-históricas. A queda nas taxas, tanto de mortalidade quanto de natalidade, alterou aquela pirâmide demográfica, que, aos poucos, foi perdendo sua forma piramidal, e fez surgir maior expectativa de longevidade para toda a população brasileira.

As formas de envelhecer são uma expressão da questão social, pois materializam as desigualdades econômicas, culturais, de classe e gênero. Entendendo que a questão social expressa, portanto pelas desigualdades políticas, econômicas,, culturais das classes sociais, mediatizadas por disparidades nas relações de gênero, etnia, colocando em causa amplos segmentos da sociedade civil no acesso aos bens da civilização (IAMAMOTO, 2010,p 160)

O reconhecimento do envelhecimento como uma expressão da questão social, e um desafio para as políticas públicas, não se deve apenas ao declínio biológico dos sujeitos ou ao crescimento demográfico, apesar desses fenômenos aumentarem as demandas por serviços públicos, em especial para aqueles que dependem desses serviços para sobreviver. Considerando as transformações nas famílias contemporâneas que as inviabilizaram como espaço de proteção social e de cuidados, a vulnerabilidade em massa dos trabalhadores, principalmente quando perdem o valor de uso para o capital, desprovidos e rendas e de propriedades, dos meios de produção e acesso a riqueza produzida, capaz de proporcionar uma velhice digna. Mesmo o idoso, tendo maior incidência de doenças nessa faixa do ciclo de vida, em grande parte, se devem a trajetória, aos hábitos, e as condições de vida e de trabalho do sujeito, ás oportunidades de acesso a saúde, educação, trabalho, que desfrutaram em outros momentos da vida. (Texeira, 2008, p 77)

Sem dúvida, a longevidade é um avanço. No entanto há diferenças, entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento, como o Brasil. Nos países desenvolvidos, o envelhecimento ocorreu associado às melhorias nas condições gerais de vida da população. Já nos países em desenvolvimento, este processo, acontece de forma mais rápida, sem muito tempo para uma reorganização social e da área da saúde.

O envelhecimento populacional é um grande desafio do mundo atual.No final do século XX, eram estimados 590 milhões de pessoas nessa faixa etária. Para 2025 está projetado , um montante de um bilhão e duzentos milhões, atingindo dois bilhões de idosos, em 2050, segundo a Organização das Nações Unidas(ONU). O número de pessoas com mais de 60 anos já corresponde a mais de 12% da população mundial. E se estima que até a metade do século XXI, se chegue a 20%. Esse fato deve-se principalmente aos avanços tecnológicos na área da saúde, a redução das taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade e ao aumento da expectativa de vida.

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