TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

RELATORIO SOCIAL

Por:   •  1/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.455 Palavras (10 Páginas)  •  324 Visualizações

Página 1 de 10

RELATÓRIO SOCIAL Nº 001/2016

Referente a denúncia de maus tratos à criança.

Assunto: Antecedentes

Data: 12/05/2016

Local: Paranapanema/SP

Antecedentes:

Através de denúncia da professora Helena Cintra, da EMEF Campos de Holambra, local que a criança Marlene Corrêa estuda, levantou-se a hipótese de que a criança em questão estaria sendo vítima de violência e maus tratos, devido a apresentação constante de hematomas pelo corpo e mudanças de comportamento, estando sempre triste, reprimida e tendo um retrocesso em seu desenvolvimento.

Na data de 12/05/2016, às 10:00 horas, a Diretora da escola EMEF Campos de Holambra, Sra. Ana Godoy, solicitou ao Departamento Municipal de Assistência Social e ao Conselho Tutelar que profissionais fossem até o local para avaliar a situação.

RELATÓRIO SOCIAL Nº 001/2016

Referente a denúncia de maus tratos à criança.

Assunto: Entrevista

Data: 12/05/2016

Local: Paranapanema/SP

Identificação:

Criança: Marlene Corrêa

Idade: 11 anos

Nascimento: 10/01/2005

Escolaridade: 6º ano do Ensino Fundamental

Endereço: Rua das Paineiras, 171 – Centro – Paranapanema/SP8

Entrevista:

Na data de 12/05/2016, às 11:30 horas, nas dependências da EMEF Campos de Holambra, realizamos uma entrevista com a criança Marlene Corrêa para compreender e identificar a situação de possíveis maus tratos. Contamos com o acompanhamento da Conselheira Tutelar Sra. Fabiana Monteiro.

Fizemos um acolhimento e, durante a escuta e troca de informações criamos um vínculo de confiança com Marlene que por fim nos contou que é adotada, e é a caçula de três irmãs, filhas biológicas de Áurêa Corrêa e José Corrêa, Edna (casada, residente em Itapetininga), Roseli (casada, residente em Paranapanema) e Eliane (casada com Roque Almeida, moram na mesma residência e está grávida). Marlene conta que a mãe e a irmã não trabalham fora, são donas de casa, o cunhado Roque trabalha em um escritório, e colabora com as despesas da casa. Marlene diz que não tem problemas de relacionamento com o cunhado. Conta que o pai, Sr. José Corrêa, trabalha como motorista, sai de madrugada e só volta à noite, quando Marlene já está dormindo, mas ele sempre a tratou muito bem.

Marlene conta que tem poucos brinquedos e não tem tempo para brincar, a mãe não gosta que se espalhe nada pela casa. Diz que a mãe tem mania de limpeza e organização, tudo tem que estar nos seus nos seus lugares certinhos.

Conta que tem muitos afazeres domésticos e tenta dar conta de todos, mas nunca consegue deixar a mãe satisfeita, a mãe fala que tudo está mal feito, a chama de porca, diz que ela não serve para nada, que nunca vai ser gente e assim começam os xingamentos que evoluem para agressões.

Nos relatou que faz uns três anos que sofre maus tratos por parte de sua mãe, e que foram aumentando de intensidade com o passar do tempo. São várias surras com chinelos, cintas, tapas, chutes e socos, além de sofrer constantes ameaças de ser jogada na rua.

A mãe fala que sua mãe biológica era uma prostituta e que com certeza ela será também, fala que a tirou do lixo e, portanto, ela deveria ser eternamente grata por isso, fala que Marlene não vale nada, e que sua mãe biológica já imaginava isso e a “deu embora”. Marlene conta que apanha da irmã Eliane também, reclama para a mãe, que mal a ouve, e sempre dá razão à irmã.

Conta também que a mãe “enche a cabeça” do pai contra ela, e quando há uma discussão entre o casal o pai afirma que não queria que “pegasse ninguém para criar” e a mãe fala que vai devolvê-la para “o lixão de onde ela saiu”.

A mãe a proíbe de brincar com as outras crianças, de receber amigos na casa e de contar qualquer coisa que aconteça a pessoas de fora, ameaça com mais castigos se o fizer.

Marlene ressalta que gosta muito de sua mãe e que gostaria de fazer as coisas que a agradassem, mas não sabe como, sente falta de carinho e abraços e tem ciúme da irmã grávida porque a mãe dá toda atenção a ela.

Relata que muitas vezes ao deitar para dormir chora muito, pois acha que ninguém gosta dela, se sente culpada e abandonada.

RELATÓRIO SOCIAL Nº 001/2016

Referente a denúncia de maus tratos à criança.

Assunto: Visita Domiciliar

Data: 13/05/2016

Local: Paranapanema/SP

Identificação:

Mãe: Áurêa Corrêa

Data de Nascimento: 22/09/1950

Idade: 65 anos

Estado Civil: Casada

Escolaridade: 1º ano primário

Endereço: Rua das Paineiras, 171 – Centro – Paranapanema/SP

Visita Domiciliar:

Na data de 13/05/2016, realizamos Visita Domiciliar à Sra. Áurêa Corrêa. Chegamos à residência às 14:00 horas e fomos atendidas pela mesma.

A casa possui seis cômodos, é ampla, arejada, mobiliada de forma simples sendo tudo muito limpo e organizado, não se vê nada fora do lugar. A filha Eliane, que está grávida de quatro meses, estava em um dos quartos, veio nos cumprimentar e saiu para uma consulta no Posto de Saúde. A criança Marlene tinha ido à casa de sua irmã Roseli, que mora em um bairro próximo, para levar um remédio, e depois iria ao supermercado a pedido da mãe.

A Sra. Áurêa manifestou curiosidade em saber o que queríamos, nos apresentamos, expusemos que fomos visitá-la, pois na data de 12/05/2016 a Sra. Helena Cintra, professora de sua filha Marlene Corrêa ficou preocupada com os hematomas apresentados pela criança relatando

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.9 Kb)   pdf (110.5 Kb)   docx (17.6 Kb)  
Continuar por mais 9 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com